Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Gente como a gente

Às vezes, longo demais; com um figurino meio “over”; recheado de clichês. Tudo isso é a vida, tudo isso é Sex and The City – o Filme. Uma diversão para mulheres acima dos 30 e homens que queiram conhecer um pouquinho deste nosso mundo, uma película que prima pela amizade e pelo universo da moda, que mostra encontros e desencontros. Sim, sou macaca de auditório da série e até me identifiquei em determinados momentos. Eu e a mulherada do cinema, que vibrava com os personagens. Infelizmente, o mesmo não deve acontecer com a galera que não acompanhava as aventuras e desventuras das balzacas em Nova Iorque – como bem disse Martha Medeiros, minha ídola. É um filme para os fãs.
Sim, a fita tem defeitos, como já disse, mas é de uma sinceridade até constrangedora nas cenas que mostram os problemas enfrentados por Miranda em seu casamento ou o quanto ainda somos sonhadoras e, às vezes, egoístas, bem representadas por uma Carrie estonteante (que azul dos olhos!). E quem nunca passou por uma crise de identidade como Samantha (Kim Catrall segura até a morte) ou imaginou viver o conto de fadas que leram para a gente na infância, como Charlotte?
No roteiro, até nos momentos mais tensos há pitadas de humor, o que achei bacana, afinal até nas tragédias dá para dar uma risada – mesmo q meses depois. Os personagens ganharam uma “certa” profundidade e apontaram para o que chamo de “gente como a gente” mesmo. Gostam de modelos de vitrines, mas preferem pessoas de verdade. São independentes, mas ainda mantêm o sonho do véu e da grinalda. Mesmo que pareçam estar interessadas só em modelos Manolo Blaniks.
Valeu a espera! Se houver um segundo, estarei lá.

2 comentários:

Renata Victal disse...

Discordo completamente. Achei o filme raso e aquela comparação à la Cinderela no final, quando Big coloca um sapatinho no pé de Carrie, foi bizarro. Carrie não merecia passar por aquilo, nem nós. E isso pq ela fez questão de ressaltar no filme, em uma cena com a filha da Charlote, que nem sempre o príncipe aparece no final. O que concordo plenamente. Esperava um filme mais moderno, mais real, bem menos fantasioso. Uma pena.

Karla Rúbia disse...

Rê, para mim a cena, mais uma vez, veio fortalecer minha idéia de que racionalmente sabemos q princípes não existem, mas nossa busca emocional continua indo por este caminho... Dizer q somos independentes e bem resolvidas é fácil, mas internamente temos um sonho arraigado em nós... E isso só muitos anos de terapia são capazes de resolver.