Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pela volta da boa e velha Ana Maria

Tô de saco cheio desta uniformização dos programas nas manhãs da tv aberta. Eu estava adiando para falar sobre o assunto, mas não aguento mais. Puxa, quem me conhece sabe o quanto gosto de tranqueira e programa de mulherzinha logo de manhã é prato cheio para começar meu dia. Me divertia muito em ver as bobagens de Ana Maria Braga ao acordar, acompanhar as receitas, rir com o Louro José. Mas agora, por conta da concorrência, só tem notícia sinistra. Ratinho perde... Um saco. Impossível tomar café assistindo a acidentes causados por gente embriagada, brigas de meninas delinquentes na escola e animais que passam por maus tratos. Quero ter opções. #prontofalei

Boa viagem

Minha amiga querida renata Victal embarcou hoje rumo às suas férias. A moça vai fazer muita falta, mas tô feliz em saber que ela está feliz. Serão cinco dias em Roma e 15 dias com o namorado na Austrália. Vai com Deus, amiga, e divirta-se por mim. Na volta, bebemos umas juntas.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

"Um Dia": Sou Dexter!



Depois de meses de expectativas, fui assistir “Um Dia”. Tive a sorte de ter como companhia metade do grupo que não tinha lido o livro e a outra metade estava na mesma situação que eu – o livro do David Nichols foi o melhor q li nos últimos tempos. Romance rasgado, mas com uma precisão cirúrgica para falar das dores e amores de cada fase da nossa vida. Bem, ao contrário da crítica, não senti tanto o mau sotaque de Emma (Anne Hathaway), mas sim a velocidade com que o roteiro foi costurado. Os diálogos são inteligentes, como na publicação, mas não consegui acompanhar o amadurecimento de cada personagem, seu crescimento como pessoas e profissionais, as mazelas do dia a dia. Fiquei meio assim-assim, confesso.
Para os que não leram o livro, notei a alegria em ver um filme tão delicado e cheio de nuances. Um amor que sobrevive ao tempo. E mesmo com a surpresa do fim todos ficaram bem impressionados. Diante disso, cheguei a conclusão de q o problema é sempre a expectativa. Preciso riscar esta palavra do meu dicionário. Quanto maior ela, mais frustrante pode ser o resultado. Mesmo que ele seja bom. Isso quer dizer: depois que inventaram o excelente, o muito bom perdeu valor.
O que posso sugerir: se vc não leu, vá ver o filme. É emocionante. Se vc leu, faça como eu. Pague para ver, depois comente aqui.
PS.: Sim, Anne vai ficando mais linda conforme o tempo passa e o ator escolhido para ser Dexter (Jim Sturgess) é um fenômeno.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Amar é para poucos*

Ivan Martins é aquele cara q escreve o q não temos capacidade nem de escrever, nem de ler, nem de demonstrar de qq maneira. Mas pensamos. E este é o grande lance. Neste artigo, Ivan consegue dizer exatamente o q penso. Mais um dele... Vale a pena ler.
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Você já esteve apaixonada por alguém incapaz de gostar?

A capacidade de amar, assim como a coragem ou a inteligência, não é do mesmo tamanho em todos nós. Eu sou forçado a lembrar disso todo vez que converso com S., uma amiga de Brasília que é, possivelmente, a mulher mais apaixonada do mundo.
Quando falamos, na semana passada, ela estava em preparativos para um novo casamento. Conheceu o rapaz há poucos meses, está profundamente envolvida e, sem temor aparente, se prepara para iniciar uma vida comum. Não é a primeira vez que ela faz isso e é provável que não seja a última, mas, assim como no passado, avança para o casamento com a convicção tranquila de que, se alguma coisa der errada, não será por falta de amor, lealdade e dedicação da parte dela.
Ao contrário da minha amiga, que tem uma facilidade até exagerada de se vincular, muitos de nós sofremos do oposto: uma enorme dificuldade em criar ligações profundas e verdadeiras. O sintoma mais comum é que vivemos atormentados por dúvidas sobre a intensidade e a profundidade dos nossos sentimentos. Quem tem uma conexão emocional profunda não se pergunta a todo o momento se deveria seguir em frente ou tentar com outra pessoa.
Muitos acham difícil construir mesmo essa ponte precária em direção aos outros. Há pessoas para quem o ato de se entregar emocionalmente nem existe. Elas sentem-se de alguma forma isoladas mesmo sendo parte de um casal. Gostam, compartilham, respeitam, transam intensa e prazerosamente, mas não se sentem vinculadas. Há uma barreira invisível de privacidade que jamais é rompida. Persiste a sensação de que o outro é fundamentalmente um estranho. A delícia de sentir-se íntimo, que na minha amiga é natural como respirar, nunca foi experimentado de forma duradoura por milhões de pessoas.
Quando penso em mim e nas pessoas que conheço intimamente, me parece que existe uma progressão que vai dos apaixonados incondicionais às pessoas que não conseguem se vincular – e que a maioria de nós se encontra emocionalmente em algum ponto entre esses dois extremos. Temos graus variáveis de dificuldade para amar e sair de nós mesmos, mitigados por períodos de entrega e arrebatamento.
De qualquer forma, a ideia de que somos todos iguais diante do amor, e que a única dificuldade está em encontrá-lo, me parece falsa – ou pelo menos exagerada. Postos diante da possibilidade do amor, uns não conseguirão reconhecê-lo e outros terão impulso de afastar-se. Poucos serão capazes de abraçá-lo assim que ele virar a esquina. Somos diferentes também nisso.
Se pensarmos na dificuldade de se vincular como um problema, ele talvez seja mais comum entre os homens (embora eu conheça mulheres que também preferem manter-se a uma distância emocional segura). Quantos caras você conhece que trocam periodicamente de parceiras sem estabelecer um vínculo real com qualquer uma delas? Esse tipo de comportamento pode ser tanto o resultado de uma opção social quanto de uma deficiência emocional. Talvez haja alguma verdade no clichê rancoroso sobre “homens incapazes de amar”.
As causas dessas dificuldades são, para mim, insondáveis, mas me parece óbvio que o caos interior e a ansiedade em que boa parte de nós vive não ajuda a gostar de ninguém. Como criaturas tão atormentadas por seus próprios demônios conseguiriam reunir a atenção e a generosidade que o amor exige? É fácil proclamar-se apaixonado ou apaixonada a cada esquina, de forma imaginária e histérica. Mas manter um afeto duradouro na vida real exige mais do que pirotecnia e rock and roll. Exige sentimentos profundos que alguns de nós não são capazes de oferecer.
As consequências da dificuldade de amar são óbvias. A primeira é o sofrimento que ela impõe aos parceiros. É duro lidar com alguém que não está 100% ali. É chato confrontar-se com a hesitação de quem não sabe o que sente. Dói lidar com a aspereza de quem não consegue se coloca na pele do outro – ou não permite que o outro entre sob a sua própria pele.
É evidente, também, que gente com dificuldade em se entregar não tem relações satisfatórias. Para que elas existam, os laços afetivos têm de estar ancorados em algo mais sólido do que os nossos desejos imediatos, que variam de um dia para o outro. Mas a criação de laços duradouros não se faz por um ato de vontade. É preciso ser capaz de gostar, amar e confiar. É preciso sentir-se parte de algo – e alguns de nós, muitos de nós, não conseguem sentir-se parte de coisa nenhuma.
* De Ivan Martins, editor da revista Época

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

É amanhã

Amanhã estreia "Um Dia". Com Em & Dex. Há tempos não fico tão ansiosa por um filme...