Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Sem ser profundo...

Eu adoro comédias românticas. E às vezes até choro com elas, acredita? Não que elas sejam profundas, mas o amor me emociona. Juro... Deixo meu lado bocó de lado e explico: assisti neste finde a "A Proposta", a maior bilheteria de estreia de Sandra Bullock nos Estados Unidos. A comédia romântica mostra a quarentona atriz como Margaret Tate, uma editora cheia de poderes, que bota medo em todo mundo, que tem Andrew Paxton (Ryan Reynolds, o Deadpool de X-Men Origens: Wolverine) como seu assistente. Num dado momento, Margaret, canadense, tem seu visto negado e está prestes a ser deportada dos Estados Unidos e precisa de Andrew para casar-se com ela.
Num vai-e-vem de cenas, ele aceita casar para ganhar uma promoção e ela tem q conhecer a família dele e acabam se apaixonando. Sim, os roteiros são sempre bem parecidos. Neste filme de Sandra (que aliás passou por um situação horrenda com seu ex-marido há poucos meses, não posso deixar de citar), porém, o contato com a família é doce, pois é representado pela avózinha dele de 90 anos. O dia a dia com o animal da casa, um cão fofo, também é engraçado. O clima família tb é gostosinho... Então... Chorei.
Fora isso, Sandra Bullock é uma bela atriz de comédias. Fica nua e tudo nesta especificamente, mas realmente este não é o ponto alto. Aliás, não há pontos altos.
Compre sua pipoca, enfie-se embaixo de um edredon e relaxe. O filme é para isso mesmo, sem nenhum outro objetivo mais profundo.

As "evidências" enganam

Ter Samuel L. Jackson como protagonista não é para qualquer filme. Ainda mais se estiver acompanhado de Ed Harris e o charme de Eva Mendes (tá bom, acho a boca desta moça muito feia, mas ela é interessante). Junte uma trama instigante e uma profissão que vc nunca pensou existir e taí uma bom roteiro.
Mais ou menos...
Confesso que esperava mais da película. Assisti-a no finde e sinceramente quando acabou tive a impressão de que ficou faltando desenvolver mais determinados trechos. Dá para assistir, mas não vá com tanta sede ao pote.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Atchimmm!

Após dez dias de muita correria e tensão, a alergia me pegou - na persona de uma bronquite e tudo o mais q se tem direito. Resumo da ópera: falta de ar, espirros mil, coceira pelo corpo todo, dor de cabeça... Me conheço bem. A imunidade baixa fácil, bastando apenas sair um pouco do dia a dia que já não é tranquilo.
Além disso, a temperatura não ajuda. Quem é alérgico como eu sabe bem que o outono no Rio é lindo (como diria Ed Motta), mas acaba com nossos anticorpos. Um dia é quente, com tarde fria. Outro dia é frio com noite morna. E assim vai até que a natureza se dê conta de que é inverno.
E aí toma corticóide!
Para piorar a situação, confesso que quando estou doente fico mais carente. Isso acontece com todo o mundo ou só comigo que fui uma filha mimadíssima (e bastante doentinha qdo criança)? Quero carinhos, colo, atenção. E se não tenho, é mais um motivo para aborrecimentos, que geram mais alergia.
Alérgicos são pessoas sensíveis. Imagina que somos capazes de sentir que a casa está empoeirada, que o ambiente está carregado demais de ácaros, que o carpete do trabalho merece ser lavado. É tanta sensibilidade que irrita e aí... começa o ciclo de novo. É claro que não é voluntário, mas os espirros, a coriza, as coceitas denunciam isso. O corpo fala... Às vezes, até demais.
Há tempos não tenho crises febris, mas já cheguei a queimar de febre durante noites seguidas. É claro que colinho e mimos sobraram por todos os lados e me ajudaram a me recuperar, mas foram momentos de pesadelo. Hoje, as crises reduziram a força, mas são constantes. Tenho uma amigo alérgico que vive com anti-alérgicos no bolso. Duvida? Só quem passa é que sabe...
Mas enfim é chegado o fim de semana e, quem sabe, com uma boa canja de galinha e um edredon macio consigo melhorar.
Ai... O corpo pede, mas acho sinceramente é que a alma é que tá mais pedinte.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Robin Hood?

Se vc espera assistir a mais uma aventura do nobre e famoso arqueiro que roubava dos ricos para dar aos pobres, não vá assistir a "Robin Wood". Este mesmo que está em cartaz com o delicioso (e quase maduro) Russel Crowe. Não, esta realmente não foi a intenção do fantástico Ridley Scott. Em sua quinta investida no cinema com seu ator preferido, Scott faz uma mistura muito doida entre "Gladiador", "A Cruzada", "O Resgate do Soldado Ryan" e "O Senhor dos Anéis". Vc consegeu imaginar? Nem eu. Mas está lá nas telas. E quer saber? Eu até gostei.
Tá longe, é claro, do filme que eu esperava assistir, mas me diverti. Para mim, o problema é linkar a história com a do fora-da-lei da Idade Média e seu bando de ladrões. Porque, na verdade, esta película é muito mais um roteiro sobre um cara q volta da guerra, depois de servir ao fracassado Ricardo Coração de Leão, encontra um soldado que está morrendo, que pede a ele que entregue a seu pai a espada que este o deu. Ao atender o pedido, ele se depara com Lady Marion (uma Cate Blachet liiiinda, mas muito parecida com "A Rainha Elizabeth") e se apaixona por ela. O resto é romance, guerra e drama.
O filme é longo - mais de duas horas, porém tem uma produção incrível. As cenas de batalha, os cenários e o figurino são muito impressionantes. Palmas para os atores: o excelente MaxVon Sydow (o pai) e o querido William Hurt, que faz muita falta na telona (só me lembro dele em "Os Filhos do Silêncio").
O filme acaba onde esperamos que ele comece: "aqui começa a lenda", diz a mensagem do final. Ou seja, a partir dali, iniciaria a história de Robin Hood a que estamos acostumados a ouvir falar.

Passione?

Tá bom, tá bom... Não falei nada sobre "Passione". Mas aguardem...

De volta...

Peço desculpas aos meus nove leitores assíduos. Tenho estado meio relapsa qto a espaço ponto.com. É a correria do trabalho e a falta de paciência para determinadas coisas. Mas estou aos poucos voltando à rotina.

Cartão postal

Hoje comprovei que tem todos os motivos do mundo o imbróglio legal entre o Porcão Rio´s, um ícone entre as churrascarias da cidade, e o pessoal do Restaurante Garcia e Rodrigues. Já tinha ouvido uma dúzia de coisas a respeito e ainda não tinha entendido bem a causa de tanta desavença. Nesta tarde, por conta de trabalho, fui almoçar na Porcão, que fica debruçado sobre a Baía de Guanabara, no Aterro do Flamengo, aqui no Rio. Putz, é um cartão postal!! Uma vista fantástica do Pão-de-Açúcar, daquele mar calmo, as pessoas caminhando numa atitude zen...
Não tem um restaurante mais bacana durante o dia para se levar um gringo, um sócio ou alguém a quem se queira impressionar. Lindíssimo!
Ou seja, só pela vista, o local já vale os milhões que estão sendo negociados.
Nem precisa a comida ser boa.........

segunda-feira, 24 de maio de 2010

In a bad mood

Uma mistura de cansaço, com chateação e mau humor. Assim comecei minha semana. Tão promissora... Aliás, começar é modo de dizer, porque nem terminei a anterior. Emendei o trabalho no finde, fazendo uma viagem para uma entrevista fora da cidade. Para completar, dormi pouco e minha garganta dá sinais de inflamação.
Ou seja, esta semana tem tudo para me foder a vida...
Pela agenda, há trabalho para dar e vender. E eu luto contra o sono, que insiste em se instalar.
Preciso de um clone.
É fato: todas as benesses das férias já se esvaíram e eu ralmente não estou com vontade de mudar meu estado... Tô precisando de férias do mundo, talvez...
Ok, ok. Quem não quiser ficar ao lado, tem a opção de picar a sua mula.
Ficar mal tb faz parte da vida - há dias cinzentos mesmo.
Só tô a fim de ficar na minha, sem ninguém enchendo meu saco, sem mais problemas na cabeça.
E tenho dito.


quarta-feira, 19 de maio de 2010

Dar......

Dar muito mais do que nos é pedido ou é suficiente para o outro é problema de nove entre dez mulheres. Estamos sempre aptas a embarcar, a amar sem limites, doar sem pudores, seguir adiante apesar dos pesares. Muitas são aquelas que morrem logo após a perda do parceiro; adoecem logo após o filho se recuperar de um doença grave; perdem o emprego pq a mãe estava tão deprimida que ela deprimiu tb.
É a nossa sina.
Quisera ser diferente e não ter tanto para dar. Quisera poder simplesmente oferecer o que me é exigido. E depois: "beijoetchau!". Cada um tem a sua vida, cada um tem seus problemas. Estou ao lado, mas não sou responsável pela dor do mundo. Mas eu não. Não consigo ser assim. Compro a briga; assumo a questão como se fosse minha. Alguns podem até dizer que isso é nobre, mas sinceramente nunca busquei a nobreza. Só quero ser feliz. E para isso basta ser humano. De carne e osso.
Às vezes, vejo que o outro até me pede menos atenção, menos amor, menos empenho. Porém, está além de mim. Quero participar, partilhar, dividir.
Mas vou tentando... Não dizem que a vida é uma eterna tentativa?
Tô nessa.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Blog do Refri

Ontem, revi um amigo que há muito não encontrava. Na verdade, nunca fomos amiiiigos, mas por tê-lo acompanhado durante anos em seu trabalho pelo rádio passei a me sentir "da casa". Acho que é isso que acontece com os artistas tb, né??? Pois é... O repórter aéreo da JB, Claudio Carneiro (quem diria?), passou a trabalhar na empresa que por anos fui funcionária. E aí mesmo distante - depois que saí - foi criado um laço.
Reencontrei o amigo ontem depois de tempos sem o ver e descobri que ele tb está nesta empreitada gostosa de blog diário. Postando sem parar na grande rede, com um espaço só seu. Um barato.
Segundo ele, há uns dois meses está com o seu www.blogdorefri.blogspot.com , divertindo-se à vera. O tema, como o próprio nome já diz, é refrigerante. Mas agrega sucos, chás e qq coisa do gênero. Interessantíssimo!
Vale a pena conferir.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Na Europa....

Amo os meus amigos e faço questão de acompanhar cada passo deles. Se tiver um blog, então, melhor ainda. É uma maneira de vc estar diariamente com eles - mesmo que virtualmente. A Débora Thomé é uma querida trazida pelo Marcio Mará, outro amigo. Ou seja, casal de amigos, destes q mesmo distante está sempre por perto.
A dupla dinâmica se embrenhou numa viagem foda de férias pela Europa. Neste momento, estão na França, depois de passar pela Escócia e Londres. A trip pode ser acompanhada pelo blog da Dé, que sinceramente é um dos melhores que eu já li. O texto é ágil, com sacadas divertidas, fotos up to date... Sem contar que as dicas são imperdíveis.
Eu - me coçando inteira de inveja - já pedi para eles anotarem tudo, pq no ano que vem - se Deus permitir - estarei visitando o Velho Mundo.
Se vc quer dar boas risadas e acompanhar o dia a dia destes dois brasileiros numa viagem pela Europa, corre lá. Eu recomendo!
http://deborathome.blogspot.com/

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sofrível

Costumo escolher os filmes que vejo pelos atores. Parto do princípio que um medalhão do cinema não fará uma titica. É fato que me dou mal de vez em quando. Mas a possibilidade de dar certo é bem maior, acredite.
Neste finde, peguei uma pseudo-comédia com Adam Sandler: "Tá rindo do quê?". Sinceramente... dei uma única risada durante o filme que dura duas horas e meia. Ou seja, minha estratégia desta vez não funcionou.
Primeiro pq o filme não é uma comédia. Mas tb não é um drama. Ou seja, não dá para rir, não dá para chorar. Sandler me parece ser bom ator, mas o papel é chato de doer, tentando conta a trajetória de um humorista que revê sua vida quando tem diagnosticado um tipo de leucemia. Piegas............
Ah, como tem como pano de fundo as "stand up comedies" tão em moda aqui no Brasil, devo dizer que talvez os americanos tenham gostado. Como não li nada a respeito, não posso afimar, mas aquele tipo de piada escatogógica sobre masturbação, peidos e paus é a cara da galera nascida na terra do Tio Sam.
Enfim... Não perca seu tempo.
O filme podia acabar na primeira hora e mesmo assim seria sofrível.

Dá sono...

Adoro Mark Ruffalo (Ensaio sobre a Cegueira; brilho Eterno de Uma mente sem lembranças; E se fosse verdade) e este é o único motivo para que eu indique aos meus nove leitores que vejam "Redes do Crime". Realmente, assisti á película no finde e... decepção total. O filme é bem fraco, lento e perde-se no emaranhado de outros roteiros vários a que já vimos na telona. A história, baseada em fatos reais, conta a história de dois meninos delinquentes, que tornam-se adultos marginais.
Brian tem uma bela esposa e dois filhos, mas o seu vício em drogas e álcool deixam ele longe de ser um bom pai. Paulie (Ethan Hawke, de quem tb gosto muito) está determinado a fazer um grande roubo, para de uma vez por todas se "aposentar" e abandonar de uma vez por todas a vida do crime. Mas, seus planos vão por agua abaixo quando um policial finalmente os pega em flagrante e os manda para a cadeia. Anos mais tarde, ao retornar para casa, Brian terá que enfrentar a terrível verdade de que o crime faz parte da sua vida e, por mais difícil do que pareça, tentará mudar esta realidade.
Vc já viu isso em algum lugar? Provavelmente. Ou seja, mesmo Ruffalo tendo uma bela atuação, dá sono.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Pau que bate em Chico...

Tantas coisas para fazer nesta semana que fiquei dias sem passar por este espaço pontocom. Não que eu não tenha me angustiado com o caso das mães que tiveram seus filhos trocados e agora destrocaram as crianças, nem muito menos com a tal procuradora com cara de bruxa má (e totalmente desequilibrada) que batia numa menina de dois anos como se fosse uma adulta. É que minha atenção foi captada por outras questões que andaram me rodeando. De qualquer forma, tudo leva a um só caminho: o do amor ou o da extrema falta dele.
Um amigo muito querido está passando por dificuldades financeiras. Há meses, aliás. A noiva, que se derretia por ele, o abandonou. E não perdendo tempo já colocou outro em seu lugar. Coincidência? De repente, o amor acabou, o companheirismo pediu o chapéu, o tesão saiu fora? Esquisito. Um outro amigo - estou rodeada deles, graças a Deus - também está numa situação difícil. Nada que não tenha volta, mas aqueles períodos confusos da vida de todos nós em que pensamos para onde estamos indo. Em seu caso, teve sorte. A namorada, mais madura, mais consciente, está firme e forte o apoiando, acompanhando, fortalecendo. O amor permanece, independendo de quanto triste, ausente, fodido está o outro. E isso faz parte da vida de um casal.
Qual é a diferença entre os casos? Não sei, mas me pergunto que sentimento estranho é esse que ocorre nas pessoas e as fazem abandonar quem amam (?) nos momentos críticos. E isso vai desde o término da relação à simples falta de interesse para dar um telefonema quando o outro tem problemas.
Continuo achando que isso só é possível com pessoas insensíveis ou muito magoadas pela vida. Será que as pessoas pensam que suas vidas vão seguir em céu de brigadeiro e que nunca precisarão de um ombro amigo?
Cada um no seu quadrado. Não estou aqui para julgar ninguém. Costumo dizer que cada um sabe onde seu calo aperta. Mas acho que refletir sobre suas próprias fraquezas é um bom começo para todos. Afinal, somos feitos de carne e osso e, como diria uma querida, "pau que bate em Chico tb bate em Francisco".

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Corra e assista "Avatar"!

Não deixe de ver "Avatar"!
Não há nada que eu diga aqui sobre o filme que valha a pena mais do que isso.
Assista-o.
Se vc for preconceituoso com blockbusters, ainda assim vale a pena. Se vc não gostar de James Cameron e de seus devaneios megalômanos, vá simplesmente pelo salto (de verdade!) que o cinema como um todo dará a partir desta película. Se vc não é chegado a ficção científica, acredite: o filme tem de tudo um pouco - romance, comédia, drama.
Infelizmente, não fui ao cinema ver a mais recente criação do diretor de Titanic. Fiquei meio implicante com a questão do excesso de mídia e acabei esperando. Muita gente teve a mesma reação. Me arrependi. Queria ter assistido aquele espetáculo em 3D. Uma história de tirar o fôlego não deve ser vista em casa, só, numa tv micro. Mesmo tendo 2h30 de roteiro. Tenha certeza: vc não vai nem sentir o tempo passar.
"Avatar" nos faz viajar a um mundo distante e deslumbrante, a cinco anos do planeta Terra, num futuro longíquo, onde um ex-fuzileiro embarca numa aventura entre monstros terríveis e árvores mágicas em prol de um povo. Jake Sully, o protagonista cadeirante (sim, ele é cadeirante!) sai do nosso planeta no lugar de seu irmão, um cientista que morreu quando estava prestes a engrenar em um projeto que consiste em explorar um minério no planeta Pandora - a anos-luz de nós - o qual fará a Terra solucionar a questão energética. Para isso, foi instalada uma estação em Pandora. Ali, como a atmosfera é tóxica, foi criado o Programa Avatar, em que “condutores” humanos têm sua consciência ligada a um avatar, um corpo biológico controlado à distância capaz de sobreviver nesse ar letal. Os avatares são produzidos a partir do DNA humano e DNA dos nativos locais, os Na’vi. Renascido em sua forma avatar, Jake consegue voltar a andar. Este é o primeiro momento emocionante do filme - se imagine nesta situação, se for possível. Cameron mostra uma sensibilidade ímpar. Jake recebe a missão de se infiltrar entre os Na’vi, que se tornaram um obstáculo à extração do precioso minério. Após se perder neste novo mundo, Jake é salvo por uma bela Na’vi, Neytiri - tá aí a primeira virada do filme.
Ele é acolhido pelo clã dela e aprende a ser um deles. Apaixona-se pelo povo, pelo lugar onde moram, pela jovem Neytiri. A partir disso, Cameron mostra um herói dividido entre ser um humano no maior sentido da palavra e lidar com as questões práticas que envolvem sua presença no lugar. Juntos, eles protagonizarão uma história de arrepiar, uma trama em que a defesa da natureza é o pano de fundo.
Pode-se dizer que o roteiro não é sensacional, afinal é recheado de lugares-comuns. Mas a tecnologia empregada no filme - é fato! - vai ficar para sempre. O povo Na'vi vive numa floresta, onde está a maior parte do minério. Este mundo - que foi construído a partir da imaginação da equipe de Cameron - é de babar! Como são seres muito ligados à floresta e teoricamente evoluídos em termos espirituais, tudo foi imaginado de uma maneira lúdica e muito bem feita. Dá vontade de estar lá. E em 3D pelo o q me disseram isso era quase possível. Há uma área com árvores fluorescentes, “insetos helicópteros” que lembram águas-vivas, cipós brilhosos e folhas no chão que acendem ao pisar de cada personagem, além de montanhas flutuantes. Sensacional.
É impossível não fazer um link: Pandora é uma Amazônia estilizada. Linda. Intocada.
Outro marco é a perfeição das feições das criaturas do filme. Tudo e todos são expressivos - desde os exuberantes animais até os Na´vi, que utilizam arco e flecha e possuem forte ligação com a sua terra, bem parecidos com os indígenas brasileiros. É uma conquista do cinema que não há como negar.
Bem, é fato que posso ter ficado ainda mais impressionada por, neste momento, estar escrevendo um livro sobre uma reserva florestal quase virgem. Parte da Mata Atlântica que ainda nos resta, a qual visitei durante uma semana. Ficar mais perto da natureza nos desperta para a importância do meio ambiente em nossas vidas.
E, sim, "Avatar" traz esta mensagem. Uma mensagem de amor ao mundo em que vivemos temperada com muita tecnologia.