Hulk: divirta-se com o gigante verde

Se vc é uma mocinha comportada e dada a maquiagens e coisas do gênero pode pensar: perder meu tempo assistindo à violência de um gigante verde raivoso? Nem fodeeendo... Ledo engano este seu. Dispa-se deste preconceito "de patrícia" e pode ir ao cinema assistir ao segundo filme da série Hulk, que você não vai se arrepender. É violento? Sim. É mal roteirizado? Às vezes. Não tem final feliz? É, realmente não tem, mas também não é nada que te faça sair do cinema verde de raiva. Embarquei nesta viagem chamada Incrível Hulk, ao lado de meus amigos de fé, Val e Léo, na última sexta e não me arrependi. Ah, sim, eu gosto de cinema. Melhor: eu gosto de qualquer cinema, sem preconceitos, eu diria.

O filme? Uma espécie de Tropa de Elite misturada ao King Kong com estilo. Parece estranho e é. Mas também é empolgante, acredite. Um corre-corre entre as ruelas pilotado por um charmoso Edward Norton (o novo Hulk) seguido por policiais iguais aos do Bope dá início ao filme. Detalhe: as ruelas são da favela Tavares Bastos, no Rio. Você começa a história já se sentindo em casa. Tiroteios são mesmo a nossa praia. Depois, se transforma e dá-lhe pesquisas científicas, a luta do bem contra o mal que existe dentro de cada um. esta mistura na tela enche os olhos, principalmente com a presença de Liv Tyler (coisa fofa!) e William Hurt (muito bem na foto).

Problemas? Sim. Três pelo menos me deram vontade de chorar:

- primeiro, a tentativa dos roteiristas de explicar o fato de que Norton usa roupas (beeeeem!) maiores para que quando o Hulk surja as peças não o deixem na mão. Afinal, o monstrengo deve ter uns três metros de altura por dois de largura. Tentativa inglória.

- Segundo, um vilão sem fim definido. Afinal, o que aconteceu com o antagonista? Morreu, assumiu o papel de cobaia, virou purpurina?... Sacanagem com o espectador.

- Terceiro, o Hulk não precisava atender à choradeira da mocinha e secar suas lágrimas com aquela mão verde imensa. O cara estava no filme errado! Só faltava um close focalizar o macaco monstruoso quase aos prantos.

Tudo isso, porém, não tira o brilho do filme, que cumpre sua missão - a de entreter o espectador sem presunção. Me atrevo a dizer que me diverti e, se vc embarcar na onda do grande homem verde com a roupa despedaçada, também vai se divertir. Boa viagem!