Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Por um país melhor

Já faz tempo que não tenho a menor intenção em convencer ninguém de nada. Quando se trata de política, então, menos ainda. Cada um tem a sua história, suas impressões, sua ideologia. No frigir dos ovos, a verdade é que cada um sabe onde seu calo aperta.
A diferença é que daqui a quatro dias vamos eleger o presidente do Brasil. Aí, não dá para ficar de fora. Nem como jornalista que sou, mas principlamente como cidadã.
Lá em casa, a maioria quer anular o voto. É fácil num dado momento se anular - e o voto nulo é um pouco disso. Mas não me vejo sendo neutra em relação ao futuro do país em que vivo e onde pretendo criar meus filhos. Afinal, alguém ocupará aquela cadeira. Se pelo menos ela ficasse vazia diante do meu "voto de protesto"?!...
Não acredito muito nesta teoria de que "todos estes caras aí são fdp!"; "Não tem um que preste!"; "é tudo ladrão!". Vamos escolher o menos pior. Se não, há ainda a possibilidade de vc mesmo ser candidato. Quem sabe?!... Assim, teremos um bom representante.
Entre os que estão, cada um tem sua preferência. Nunca votei na direita, mas como já sou da época em que esta divisão é meio nebulosa, não posso mais usar este argumento. O que posso dizer é que passou o tempo em que eu tinha ilusões sobre príncipes encantados - na vida, no dia a dia, no trabalho, na política. Sei bem que o que vivemos em nossos micro-universos é facilmente repetido (e numa dimensão muito maior) nos macro-universos, ou seja, precisamos mesmo fazer média, baixar a cabeça, conviver com gente do mal, fechar os olhos para conseguir alcançar nossos objetivos.
Ou seja, tô longe de querer eleger o ser humano perfeito para o posto mais importante da nação. Eu mesma não sou perfeita. Quero alguém do bem, que oriente o Brasil para o caminho do desenvolvimento, que olhe pelos mais necessitados, que nos dê esperanças de um mundo mais justo.
Apesar de não ter uma excelente situação financeira, sei que minha posição é muito acima da maioria da população. Moro numa das maiores capitais do país, tenho meu apê e fiz curso superior. Só por aí já dá para ver que não sou a maioria - estou naquela faixa do povo que se convencionou chamar de classe média. E, como sempre, esta faixa nunca foi beneficiada. Desde sempre, sei que a faixa que mais lucra no país é a de cima, a micro classe alta.
Enfim...
Tudo isso para dizer que este é o primeiro governo que vejo que alguém além desta faixa foi beneficiada. E isso é o que me motiva a pedir pela continuidade da atual gestão. Os mais pobres finalmente estão sendo assistidos. E isso me obriga a parar de olhar para o meu umbigo e dar um voto de confiança.
Pesquisei sobre o tema, ouvi argumentos mil, vi depoimentos que me tocaram. São 23 milhões de brasileiros que saíram da linha de pobreza. No gestão FHC, foram 2 milhões, pouco menos de 10% disso nomesmo período de tempo.
Curioso é saber que isso se deve a um plano do governo passado, porém só agora o projeto chega à ponta. O Bolsa Família resgata vidas da fome. A gente não quer só comida, é fato, mas tb queremos comida. Primeira ela. Sem ela, não há educação. Como estudar de barriga vazia? Como ter saúde sem ter feijão no prato?
Enfim, como declaração de voto virou moda, declaro para os devidos fins que meu voto é de Dilma. Não por ela. Mas pela continuidade do governo, que ainda aposto que mudará a vida do brasleiro.
Decepções? Já tive muitas. E isso já se sabe que é superável. Posso vir a ter novas? Claro, sempre. Mas ainda acredito. E acho que este é um princípio fundamental para quem busca um país melhor.

Comer, rezar, amar

“Comer, rezar, amar” chegou às telas na última sexta-feira (dia 1º). Tô curiosa. Me falaram muito bem do livro, mas não o li. No filme, a atriz Julia Roberts, no papel da autora Elizabeth Gilbert, e Javier Bardem, para o seu par romântico, o brasileiro Felipe.
A história é baseada em fatos reais e conta a trajetória de Liz que, apesar do sucesso profissional e pessoal, sente-se vazia. A escritora decide reencontrar os seus prazeres perdidos, como o gosto pela boa comida. Ou o conforto de uma religião, principalmente uma exótica para os ocidentais. Por isso, ela escolhe visitar a Itália e Índia, respectivamente. A Tailândia é escolhida para que Liz possa se reencontrar com um guru, que tinha previsto que ela voltaria. Mas lá ela encontra o terceiro caminho desse tripé, ao conhecer Felipe.
Vou conferir!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A melhor hora do dia...

E por falar em gostar de dor, acredito que esta tara não é só do meu querido. A academia, quanto mais próximo estamos do verão, mais vai enchendo. O banheiro é disputado a tapa. E os comentários são do mais alto nível:
"Minha bunda já tá ficando durinha... Na semana q vem, já troco de série."
"Agora já tô pegando 500 quilos em cada panturrilha..."
"Estou há quase três horas puxando ferro. Olha meu braço..."
"Ah, só uma horinha não dá para nada!"
Ufa...
Só de olhar dá preguiça de existir. Não rola de fazer amizade em academia, né?
Eu, por exemplo, ia conversar o quê? Que quanto mais rápido eu fugir dali mais fico satisfeita?!... rsrs
Sim, é um mal necessário. Então, eu vou. Ainda não inventaram uma pílula que nos faça saudáveis e magras de um dia para o outro. Então, eu malho a minha hora, faço a minha parte e fico feliz da vida, suando em bicas e com a cara vermelha como um tomate. Mas realmente não me vejo passando 1/3 do meu dia trancafiada ali.
Trato de tomar minha ducha e caio fora.
esta, sim, é a melhor hora do dia...

Progredindo...

Continuo afirmando que não sei mesmo que bem todo é este que dizem que os exercícios fazem ao corpo. O meu dói sem parar há dias. Quando não é a lombar, é a bunda, quando não é a bunda, é o pé, quando não é o pé, é a asa, quando não é uma coisa é outra. Cruzes credo!
Meu namorido (tb passando por uma fase geração saúde) chegou a me confessar que gosta desta "dorzinha". Eu , não! Deus me livre... Sou uma mulher que gosta de se sentir bem. Este negócio de dor não é a minha praia...
Sim, sim, dá uma sensação de dever cumprido com a gente mesmo, mas paro por aqui. Tb tá bom, né?
para quem só fazia levantamento de copo, até que estou progredindo...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

"You are so beautiful..."

A comunidade solidária realmente me comove. E me diverte vez ou outra. Hoje, estava eu saltando do meu transporte próximo ao meu trabalho quando, sem prestar atenção, quase fui atropelada pelo entregador de água que vinha de bicicleta. Culpa minha! Imagina, uma tragédia em frente à empresa onde trabalho, onde conheço todo o mundo, logo pela manhã, numa sexta-feira.
Se fosse eu, teria no mínimo xingado aquela fdp, à toa, lesada que não presta atenção em nada logo de manahã: euzinha aqui. Bem, em vez disso, o entregador freou a bicicleta quase em cima de mim, abriu um sorriso e começou a cantar aos berros:
..."YOU ARE SO BEAUTIFUL... TO ME..."
..."YOU ARE SO BEAUTIFUL... TO ME..."
Não preciso dizer que toda a população em volta começou a rir, inclusive eu.
Detalhe: o rapaz só tinha dois dentes.
rsrs...
Ganhei o dia!

Festival do Rio: começa hoje!

É hoje. Finalmente começa no Rio o Festival do Rio 2010. A 11ª edição do evento tem mais de 300 filmes de 60 países, sendo 87 brasileiros. Entre os filmes escolhidos estão blockbusters, mas tb tem umas coisas que ainda nem chegaram a grande circuito. E tem para todos os gostos.
Todo ano eu me preparo para ir. Não dá para comparecer em tudo - óbvio! - mas dá para curtir e com pouca grana, pq muitas exibições são baratinhas, baratinhas.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Variações sobre o mesmo tema

Lá vou eu me assanhar a palpitar sobre futebol. Na verdade, só me atrevo a falar de novo - depois de passar por diversas pitos - pq este é um assunto que se refere às relações humanas e não só ao esporte mais popular do país. Falo de Neymar.
Tenho acompanhado o problema do ídolo adolescente e me espanta que as pessoas estejam tão surpresas quanto às suas reações. Ah, gente, Neymar é um aborrescente que veio da pobreza e se viu de repente dono de tanta grana e poder que nem sabe mais como lidar com eles!... E só.
Para mim, o mau jeito, os palavrões e a falta de educação do moço em campo são reflexos da falta de maturidade da idade somada a um egocentrismo imenso, típico da época. É claro que tudo isso temperado pela fama é demais para a cabecinha de qualquer um que não tenha tido uma base muito sólida. Ainda mais depois da saída de Robinho, que era parceiro e já era mais crescidinho...
Culpa do futebol? Não sei.
Fato é que o tema vem sendo discutido desde a época de Romário e Edmundo e ganhou força nos últimos meses por conta do caso Elisa Samúdio e a possibilidade do goleiro Bruno (ex do Flamengo) estar envolvido. Estes meninos não têm estrutura para segurar esta onda de fama, grana, mulheres, mundo aos seus pés... tem que haver alguma consciência dos clubes em relação a isso. Terapia seria uma boa opção para todos, quem sabe?
Em vez disso, o que tem sido feito? Nada.
O caso do técnico Dorival Junior - do Santos (que foi demitido depois de suspender Neymar, que bem merecia não só um castigo quanto umas boas palmadas na bunda) é prova disso. Não importa o jogador, o que ele vai fazer, como vai se portar. O que importa é o resultado para o clube e, de certa forma, Dorival sabia disso quando afirmou em coletiva que sua atitude "talvez" não fosse boa para o clube, mas para o Neymar ia surtir bom efeito.
Resumo da ópera: o menino mimado tinha que ser colocado em seu lugar. Mas isso não gera lucros, o clube vai contra.
E assim será... Sempre. Pelo menos até q os cartolas do futebol se toquem do mal que eles fazem também para a sociedade que vêem seus ídolos como referência.

Um beijo

Quero dar meu abraço apertado e um beijo estalado - mesmo que virtuais - no meu amigo e ilustre leitor deste espaço.com, Marcio Mará. Jornalista esportivo de primeira, pessoa sensível, amigo até debaixo d'água...
Feliz aniversário, queridão!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Em pandarecos...

Muito cansaço nesta semana. Trabalhei feito um camelo. Trabalhei na maior feira de petróleo da América Latina. O nome é pomposo, né? E as distâncias dentro dela correspondiam à sua grandiosidade. Tô cheia de calos, com a lombar em pandarecos.
Ou seja, estou exaurida.
Que bom que a programação do finde conta com namorado, casa, cachorro e chope com amigos queridos.
Ufa!!

O pior da novela das oito

Ouvi dizer, feliz da vida, que a personagem Diana, vivida por Carolina Dieckman na novelas das oito vai morrer. Ufa, graças a Deus! Talvez assim o núcleo que a envolve fique mais interessante. Para mim, é o pior de toda a novela, que asssisto todos os dias, diga-se de passagem.
Sou noveleira convicta mesmo e estou para escrever há tempos sobre o tema, por isso aproveitei o momento. Cá entre nós, a moça é insuportável. Papelzinho escroto esse! Ainda não sei dizer se gosto menos da personagem por conta da história mesmo ou se a própria Carolina não me agrada e por isso desconto em Diana.
Acreditem: quando surgem as cenas dela com Mauro - de Rodrigo Lombardi - saio da sala. Não concordo com o fato da personagem ter todo aquele ar de boa moça e ter trocado um amigo pelo outro e ter se casado em toque de caixa. Depois resolve gostar do anterior e tem um caso com ele na casa em que mora toda a família, ou seja, embaixo do nariz de todos. Esta coisa de menininha vivida por Dieckman que já ultrapassa os 30 chega a ser brincadeira com o espectador. Ou seja, não colou mesmo.
Soube inclusive que a personagem não agradou nos grupo sde discussão e o autor resolveu eliminá-la. Ou será que isso já estava previsto? Não sei... Mas estou contente com a decisão.
Rodrigo Lombardi, coitado, tb não teve sorte com seu Mauro. O papel é inconsistente e insiste num lado moralista que tb não tem nada a ver com suas atitudes. E a amiga? Tão mal vivido que nem lembro o seu nome. E ainda tem o Gerson, de Marcelo Anthony. De doer.
Enfim, já vai tarde...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Niver

Querida avozinha,
por onde quer que vc ande, saiba que não esqueci seu niver. Festeira como eu, sei que vc gostaria de saber isso. Feliz aniversário. Paz, amor e luz para ti.
Com amor,
K.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Vamos votar!

Tô impressionada com a quantidade de pessoas que tenho ouvido reclamar do fato de poder votar. Inacreditável. Votar no Brasil virou um fardo, um dia a menos de descanso (já que a eleição é dia de domingo), uma obrigação sem sentido, 50 minutos a mais de programação na tv tomado por esta corja de marginais (digo de políticos).
Lamento muito esta visão do brasileiro. Falo de uma maneira geral pq não acredito que esta sensação seja uma coisa restrita a determinado grupo. Votar é um saco para todos! Já ouvi isso no transporte, no elevador, nas filas de banco, em reuniões de bar, no trabalho... Ou seja, são grupos distintos de classes sociais diversas.
Uma pena.
O Brasil viveu anos e anos de ditadura nos quais o que mais se almejava era a democracia, a possibilidade de colocar no poder quem mais se identificasse com a nossa ideologia, a eleição de um governo de verdade. Muita dor e sofrimento foram gerados por conta disso. Vou além disso: teve muita gente que deu sua vida por esta opção.
E hoje só ouço gente reclamando... Uma pena realmente.
Na verdade, acredito que chegamos ao que somos hoje por conta deste período. No bom e mau sentidos.
Estamos num momento de transformação. Só agora estamos amadurecendo para o processo democrático, tendo uma imprensa livre, gente que se deu bem durante décadas sendo desmascarada. Demora? Claro que sim. Ainda somos um país jovem e desde o nosso nascimento há 510 anos somos vítimas de estirpadores. Não precisamos ir muito longe para ver isso: está tudo nos livros de História. Não é exatamente uma novidade.
Resultado desta época é a quantidade de gente que ainda compra voto em troca de chuveiros, ferros elétricos, panelas de pressão. E acreditem que isso não está somente nas localidades perdidas no interior do Norte e Nordeste. Na Baixada Fluminense tb há casos como esses - a cerca de 20 quilômetros da capital do Rio de Janeiro. Onde há falta de informação e pobreza, é propício a este tipo de negociação.
Acho realmente que voto não deveria ser obrigatório. Ainda acredito que em breve os governantes - em função da pressão popular - possam criar um lei que não obrigue que nós, eleitores, votemos sem não tivermos este desejo. De participar, de darmos nossa contribuição. Mas para isso precisamos votar. Talvez até escolhendo gente que pense da mesma maneira... Desta forma, na próxima eleição, quem sabe, quem não queria ir lá depositar na urna sua opção não precise ter todo este "trabalho". E olha que nem entro aqui na polêmica de que é muito fácil falar mal do governo frente o qual vc se mostrou neutro.
Desta forma, porém, sei que tb os votos nulos cessariam... Muita gente que conheço anula seu voto em protesto. Se sou contra ou a favor, não vem ao caso, mas acho mesmo que se lutamos tanto por este direito, pq não buscarmos uma maneira de fazer um país melhor para nós e os nossos? Não há bons resultados de graça, sem sacrifícios.
Ver o horário eleitoral, debater com os amigos, pesquisar candidatos. Isso realmente não leva tanto tempo assim. Depende de nós a democracia e o poder que melhor nos retrate.
Pense nisso...

Prozac na veia

Voltei à fluoxetina, ou como dizem, retornei ao uso da pílula da felicidade. Não adainta ninguém vir me policiar: é com acompanhamento médico. É qua andava tão ansiosa que estava a ponto de roer as paredes.
Ai...
Agora, me sinto melhor.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Um pouco mais de paciência

Começar a semana se sentindo estressada, meio pelas tampas não é bom sinal. Não mesmo. De qq forma, não posso evitar a sensação. Os motivos são vários: problemas meus, problemas dos meus. Enfim... Chega uma hora que dá vontade de sair correndo.
Minha reação tem sido ficar na minha, calada, olhando o tempo passar. E ele vai passar, eu sei. É um momento difícil, mas conheço bem tais situações.
Me sinto uma panela de pressão. Como resolver? Abaixe o fogo e deixe-a ali, cozinhando, lentamente. Assim, não há riscos de explodir, de ninguém se machucar. O resultado é sempre bom - a vida me ensinou.
A verdade é que acumulei coisas grandes e pequenas, preocupações antigas e atuais, chetações mil do dia a dia. Como diria Lenine, preciso de "um pouco mais de paciência".

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Enfim...

Ai, o finde.......
Enfim ele...

Irritando...

Facebook, MSN, Google Talk é tudo arma do diabo. Putz! Ô, coisa chata!
Fico irritada quando a pessoa não me atende, sendo que - detalhe importante - nunca escrevo para perguntar nada. Porra, se o negócio tá ali para facilitar sua vida, pq não responder? Se tô chamando é pq preciso falar algo. Se não quer falar com ningém, desative aquela coisa e ponto.
Outra fonte de irritação: saca aquelas pessoas chatas que não têm o que dizer e ficam puxando papo? Poxa, diz logo q passou só para mandar um beijim e sai fora. Não fica alugando. Tudo bem, quando isso acontece, aviso que tô enrolada. Ou, como diz um amigo não leitor deste blog, "eu já coloco um nickname sugestivo". É verdade. Outro dia postei "Cuidado: TPM à vista", senão é impossível segurar.
Mais uma: tenho uma conhecida que reclama pq as pessoas não respondem seu e-mail no momento em que ela enviou. Putz, se é urgente, liga. Temos um manancial de novas ferramentas para contacatr as pessoas até em Marte ou em situações constrangedoras, o que quer dizer que há outros meios de falar com urgência.
Estamos precisando definitivamente de um curso sobre maneiras num mundo tecnológico.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Raridade

Tenho passado por dias em preto-e-branco. Sabe do que se trata? Quando não se vê muita cor em nada. Não estou exatamente triste, não. Estou pensativa, olhando o mundo ao redor, analisando gestos. Não, não é culpa simplesmente do cansaço por conta do trabalho, a correria para fechar projetos, o estresse de aguentar quem não entende nada do que faço e cisma em colocar um dedinho, a sua opinião, carimbar sua marca.
Eu sei, adoro me auto-medicar. Grave erro. Mas nunca - digo nunca mesmo - sugeri que o médico (especialista no assunto) me receitasse tal remédio ou pílula X. No jornalismo é diferente, né?
Fato é que estou na minha, meio de saco cheio das pessoas. Na verdade, estou desencantada (ou me desencatando) para ser mais exata. E como conviver com elas? Faço comunicação, ou seja, é impossível não ter contato com o mundo. Se ao menos tivesse escolhido ser artista plástica, cientista ou astronauta. De certa forma, tais profissões apontam para momentos mais íntimos, mais fechados, solitários até. Não é o caso.
O pior é que não me deparo com a dificuldade de lidar com qq pessoa. De repente, comecei a achar que os mais próximos estão perdendo um pouco a cor nas fotografias. Saca a questão? Comecei a vê-los mais reais, mais de carne e osso, mais humanos mesmo. Longe daquele ideal que eu mesma inventei para eles. E este processo realmente é muito dolorido.
Meu pai dizia que os amigos dele se resumiam às notas que tinha no bolso. Prefria a família. Sempre o achei radical neste sentido. "Talvez fosse a idade", pensava. Mas confesso q de uns tempos para cá passei a pensar na questão com mais atenção. Não estou falando de gente que se interessa pelo meu dinheiro. Isso, sim, seria uma piada. Uns poucos tostões no bolso não seriam o suficiente para atrair ninguém. Mas de uma maneira mais macro falo de gente que orbita em torno da gente só enquanto estamos bem, enquanto somos uma boa companhia, saudável, engraçada, de bem com a vida.
É triste pensar isso, mas é verdade. O ser humano em si é egoísta mesmo. É interesseiro. Um grande amigo, um dos nove leitores deste espaço.com, me disse q em 25 anos de carreira não fez 25 amigos. Eu acho que ele é otimista. Se ele tiver feito 10 deve agradecer a Deus. Talvez o restante seja colega, companheiros de noitadas, bons para jogar papo fora e beber umas(para quem bebe, é verdade!).
Já passei por momentos difíceis na vida e sou capaz de contar nos polegares quem continuou ao meu lado. Se eu deixei de vê-los? Sim, da maneira como era no passado. Mas de vez em quando ainda bebo umas com eles. Nada que me atinja. Só os rotulei corretamente passada a fase mais crítica.
Enfim, quem quer afinal uma pessoa chorona, derrotada, doente, triste ao seu lado? Só quem realmente for amigo. E isso, queridos, é coisa rara de se ver.
Raríssima...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Preguiça

Tem gente que dá uma preguiça de conviver...
Tem dias que dá uma preguiça de acordar...
Tem papos que dá uma preguiça debater...
Tem coisas que dá preguiça analisar...
Ai, preguiça...