Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Meu Reveillon

Amanhã começa o meu Ano Novo. Abandono o misto de sentimentos q me envolveu nos últimos dias e aproveito a dádiva de recomeçar. Agradecer nunca é demais, apesar de qq coisa. Tô feliz. Que venha o Reveillón!!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Acabei “Um Dia”

Quando li a primeira vez sobre “Um Dia” não sabia exatamente o que me esperava. Debaixo de uma saraivada de elogios, o livro emergia como um romance como qq outro. Será isso tudo? “Um Dia” virou meu foco quando soube que tinha rendido um filme a estrear em agosto. Por si só, o livro já foi criado roteirizado, fato que só constatei depois de lê-lo.
Renata, minha amiga de sempre, me disse que tinha parado de ler para não chegar logo ao fim, tamanhas as delícias de encará-lo. Me despertou curiosidade. Vinte anos de duas vidas. E, confesso, que a partir daí, grudei nele. E ele grudou em mim.
No início, o livro parece meio bobo, quase infantil. Depois me dei conta que num período de 20 anos é fato que os personagens comecem bem jovens. E como jovens temos pensamentos meio infantis, fantasiosos, inconseqüentes. Depois da juventude também, devo dizer, que isso não muda muito. Sim, é verdade, mas nossa capacidade de distinguir a realidade do sonho cresce. Quando Em e Dex (o casal protagonista) chegam na minha fase de vida, me surpreendi com a riqueza de pensamentos, de quereres, de sensações descritas de uma forma tão próxima a mim que chegaram a me sufocar. Era eu. Era eu e os meus. Era eu, os meus e os meus sentimentos.
Há momentos na adolescência que realmente somos muito felizes. Talvez nunca sejamos como naquela época. Hoje, porém, esta felicidade acachapante dá lugar a tranqüilidade, a uma paz interior, a uma serenidade que não têm preço. Melhor ou pior? Não é fazer juízo de valor, é simplesmente saber que a vida acontece. E cada momento é um só. Cada um com seu brilho próprio.
Após dias totalmente ressacados por conta da sensibilidade e da maturidade impressas nas palavras de David Nichols (salve ele!), estou naquele estágio entre aliviada e triste. Acabei “Um dia” ontem. Numa madrugada fria e cheia de interrogações. Meus sentimentos são contraditários: alívio por ter terminado o romance de que mais tenho ouvido falar e que me causou sincera revolução nos pensamentos, mesmo eu não estando nos meus melhores dias para leitura; tristeza por ter sido surpreendida com o final escolhido por David Nichols. Entendi o porquê de ser apontado como o “Love Story” dos nossos tempos...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O amor

Indicada pela Dé, minha amiga querida, conheci o blog "A melhor das intenções", pilotado pelo Bruno Acioli. Falando sobre uma coluna q muito me interessou na semana passada, o cara dá banho em muito marmanjo que acha que sabe tudo da vida. Fiquei impressionada com a visão e a transparência do texto.
Enviei para uma outra amiga, que adora o tema, e ela discordou. Aliás, com argumentos bem interessantes também. Afinal, o amor tem que ser fácil, fluido, tranquilo ou é mesmo uma batalha diária, cheia de altos e baixos?
Fato é que cada um tem sua maneira de viver o amor. Valeu o debate.
Segue o texto.
Virei fã.

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O amor é um buraco negro
03/07/2011

Li recentemente em um post na internet que o suposto amor decente é aquele que vem fácil, sem conflitos, sem intrigas, que nasce naturalmente, que agrega. O autor, um respeitado jornalista de um grande veículo brasileiro, apura as diferenças entre os sacrifícios que se faz em um romance nascido à duras penas, além das brigas e lutas que travam os que se amam, e os amores que acontecem e se sustentam por acaso. Sou fã desse cara e adorei o texto, mas tenho — como todos os amigos esperavam –, um contra-argumento. E aviso: amor é um buraco negro.
Em tempo, não sou o mais velho dos jornalistas, tampouco conheci todas as mulheres do mundo. Gostaria, mas não. De qualquer forma, observo, ouço, pergunto, vivo e compartilho experiências pessoais sobre o que é amar e estar em um relacionamento amoroso. Seja ele curto ou longo. E não é nada fácil, amigo.
Desde que me entendo por gente, tive facilidade para negociar com o sexo oposto. Diferente da maioria de meus amigos, mulheres nunca me assustaram. Isso, obviamente, tornara-se meu trunfo, com o passar dos anos. Em suma, nunca fiquei sozinho. Pelo contrário, estive sempre muito bem acompanhado. Mesmo assim, essa facilidade para atrair moças interessantes não pacificou os romances que vivi com cada uma. A princípio, compartilhávamos coisas boas, sentia o frio na barriga de todo começo de relacionamento e, por pressuposto, assim como o autor do texto sobre amores fáceis, acreditei que essa fosse a saída para o coração apaixonado. Mas, com o tempo, descobri que amar é alimentar o serial killer que existe dentro de você. Porque amor é exigente, é cobrador, apesar de sempre ou quase sempre ser iniciado de um esbarrão na escada do prédio, no elevador, de uma conversa despretenciosa na fila do banco. Alimentar um amor é, na maioria das vezes, viver de sacrifício. E onde existe sacrifício, existe expectativa. Não à toa, as pessoas mais interessantes tendem a morar em outros estados ou países. Ou são totalmente o nosso oposto. Vai dizer que você nunca se deparou com uma pessoa maravilhosa, mas que tinha um único defeito capaz de destruir todo aquele encanto? Olha o sacrifício aí. Até que ponto você iria por um amor? Pergunte-se isso. E quando esse ciclo não é satisfeito pelo objeto amado, o sujeito da oração é invadido por ondas e ondas de sentimentos conflitantes: ciúme, insegurança, a própria insatisfação, às vezes, ira.
Ora, acho ótimo que exista um ou mais cases de sucesso em que o amor é agente pacificador em um relacionamento, em que a cobrança é quase mínima ou que, como diz a música, o acaso proteja os pombinhos distraídos. Isso estimula, dá fé, mas aqui fora, na vida real, amar é lutar. É suar, é surpreender, é desgastar a mente, o corpo, a alma, se possível. Planos, sonhos, investimentos, bens materiais. Tudo para experimentar a adrenalina correndo nas veias que só um amor desses de cinema pode injetar.
Quando duas pessoas se amam e encontram obstáculos, os sacrifícios vêm aos montes. Por que você acha que Romeu e Julieta são o casal mais famoso da literatura mundial? Porque eles representam a guerra por amor. A proibição das famílias, a dificuldade de manter um caso que, até então, era considerado como errado. Mais além, recorde a letra de Eduardo e Mônica. Imagine o que ambos passariam — se a história fosse real –, para ficarem juntos. Quantas diferenças não teriam que relevar, quantas complicações e atritos? E, adivinhe só, existem milhares de Eduardos e Mônicas por aí, que relevam, diariamente, dúzias de características por um bem comum: o amor. Diamante bruto que precisa ser lapidado pela tolerância, paciência, argumentação e outras necessidades básicas que sim, tornam-se sacrifícios quando se trata de uma terceira pessoa. Penso que esse amor tranquilo que todos curtem, que todos querem, é muito lindo, mas utópico. Também gostaria de uma relação em que eu não precisasse abrir mão de meus planos pessoais, meus trejeitos, meus mimos e mesmo assim, ainda ter a mulher que amo ao meu lado. Entretanto, lutar e batalhar por cada pessoa que imagino merecer meu amor e por quem nutro um sentimento mínimo de carinho sequer, me torna cada vez mais maduro e consciente, corajoso e crente nas coisas boas que o ser humano pode oferecer. Amor sofrido é resistente. Amor combatente é merecedor. Se alimenta de esperança, de esforço, de lágrima, de trabalho em equipe.
O buraco negro, assim como esse amor que vos falo, é , segundo os astrônomos, um fenômeno intrigante e avassalador, mas não deixa de ser um espetáculo bonito e necessário para a continuação do universo e, nesse caso, da vida a dois.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Quatro anos

Há quatro anos exatamente nascia o Crônicas de Saias. Tinha outra configuração, uma outra cara, outra proposta. Mudou neste período. E que bom que as coisas sejam assim: mutáveis. Cada dia fico mais feliz em ter estabelecido este espaço como meu, na grande rede. Foi o primeiro passo em direção aos textos próprios, a exposição de um pouco do q anda por esta cabeça, que embora às vezes pareça meio oca tem é muito o que pensar. E tem pensado.
Quero agradecer aos meus 10 leitores por este tempo de paciência. E de parceria. De presente, para mim e para vcs, em breve rola um novo lay out.
Aguardem!