Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

sábado, 19 de julho de 2008

Nunca foi tão chato

Muitas coisas acontecerem nesse tempo em que fiquei out: despedida do Renato Augusto e Marcinho (que a torcida chamou de 'pegador' no último jogo), a permanência do Caio Junior e do Ibson... Mas o fato mais marcante, que mais me impressionou, foi outro.

Desde a Libertadores que não ia ao Maracanã. Aproveitei o raro momento de folga no último domingo para assistir ao clássico Flamengo e Vasco. É óbvio que eu estava ciente que o consumo de bebida alcoólica está proibido dentro do estádio, mas achei que uma cervejinha ou outra rolasse lá dentro. Assim como não pode fumar maconha e o que não falta é gente fumando um nas arquibancadas.

Enfim, como de costume cheguei cedo e encontrei os amigos no Russo. E foi aí que o meu mundo quase veio abaixo: eles confirmaram que ninguém mais bebe durante o jogo. É isso mesmo, porque já que não pode cerveja, eles também não vão encher a barriga de água ou refri. Até aí ok! Bebi umas cervas e entrei no jogo.

A partida começou, a garganta ficou seca, uma vontade de beber uma cervejinha e nada. Começou a me dar um sono, o Flamengo não fazia gol, só pensava na falta que a cervejinha estava fazendo. E não era só eu, mesmo os amigos já acostumados volta e meia soltavam uma piadinha. O segundo tempo foi melhor. O sono deu uma trégua e consegui curtir mais o jogo. Mas não posso negar que não via a hora de comemorar a vitória do Mengão com uma gelada! E essa não era apenas uma vontade minha.

Foi só o juiz apitar o fim do jogo para os amigos começaram a cantar: vamos beber, vamos beber, vamos bebeeeeeeeerrrrrr. Nunca foi tão chato ir ao Maraca! Cerveja combina com futebol e é quase um crime proibir os torcedores de beber uma cervejinha enquanto assistem seu time jogar.

Não posso negar que nunca saí tão limpa também. Imagina só, três gols no Vasco, com certeza teria ido embora com aquele cheiro de cerveja com suor seco e o cabelo grudado. Quer saber, preferia ter saído assim!

4 comentários:

Anônimo disse...

Well done for this wonderful blog.

Karla Rúbia disse...

adorei a crônica. seja bem vinda de volta, amiga rubro-negra!

Anônimo disse...

MORREU NA PRAIA
"Morrer na praia" significa liderar todo o campeonato e perder nas últimas rodadas ou no final. Vencedor do primeiro turno, Taça Guanabara, o Flamengo teve uma ótima chance de disparar no segundo turno. Ganhava do Botafogo por 3 X 1, faltando menos de 3 minutos. Mas levou dois gols naquele espaço curtinho de tempo. Foi um 3 X 3 que deixou o Botafogo ainda com chances na Taça Rio. Deixou o Botafogo voltar à luta e até a poder ganhar o segundo turno. Mas o Botafogo jogou a chance fora empatando com o Bangu na última rodada. Bastava então ao Urubu ganhar do Vasco, fazer um jogo-extra pela Taça Rio e ser campeão direto ou entrar com vantagem de um ponto na melhor de três. Levou 2 X 1, perdendo o ponto de vantagem. E depois, pra completar o fiasco, empatou o primeiro e perdeu o segundo jogo das finais com o Botafogo por 1 X 0. Vice-campeão de 89 depois de ter tido nada mais nada menos do que duas chances de fechar o campeonato e uma de entrar com vantagem na final. Deu um belo exemplo de sua reconhecida condição de time de chegada, somando mais um vice em sua gloriosa história de maior detentor carioca desse título.

Carolina Bellei disse...

Sacaneator, aposto q estava com saudade de mim. Não é? Ainda bem q vc também voltou (rsrs)!