Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Considerações de uma espectadora

Apesar da minha ignorância “futebolística”, não posso me calar diante da decisão de ontem. Eu especialista? Claro que não, mas como dizem que todo brasileiro é meio técnico, vou usar e abusar do meu direito. Por isso, aliás, peço licença aos meus dois amigos mais apaixonados pelo Flamengo – Carolzinha e Edu Aveiro – para dizer: por uma noite, meu coração rubro-negro desde criancinha (meu pai sabe disso) ganhou três cores. E – Ave Maria! – torceu ferozmente pela equipe pilotada por Renato Gaúcho.
Eu sei, posso ser apedrejada. Afinal, uma filha de urubu não deveria se deixar contagiar e até apelar para a gozação da cara dos adversários (a recíproca seria verdadeira, tenho plena consciência), mas, diante de um jogo tão bonito, de uma equipe que demonstrou uma raça poucas vezes vista, tenho que me curvar à sua atuação. Aliás, a Seleção Brasileira deveria fazer curso com eles. Dizer que eles não mereciam o título é quase sacanagem. E neste exato momento deixo falar o espírito de brasileira que ainda habita em mim. Afinal, perder para o Equador... Ninguém merece.
É fato que os caras da LDU são talentosos, senão não teriam chegado à final. E eles correm muito – tô convencida de que o treinamento inclui fuga de leões, mas daí a ter o direito de ganhar de nós, pentacampeões... Permito-me questionar ainda se devemos levar em conta um campeonato que é vencido nos pênaltis. Sempre achei tão injusto. É como definir na moeda. É sorte. Me lembro que meu ídolo maior do Flamengo, Zico, também perdeu pênalti na Copa 86. E quem arriscaria dizer isso antes daquele jogo fatídico contra a França?
Enfim, quero encerrar dizendo que um preconceito meu caiu por terra. Cansei de dizer que flamenguistas são conhecidos por ser a maior torcida do Brasil e por buscar confusão quando são perdem. Sim, somos (e aí me incluo) passionais demais. Mas ontem, diante de uma situação pessoal, vi que isso não se restringe a nós. Ou seja, não importa o manto sagrado que você vista – o que importa é o que você pensa, o que você é como pessoa. Usar o futebol para extravasar frustrações dá merda, é certo. Sacanear o perdedor faz parte do jogo e cabe a nós aceitarmos isso. Afinal, um dia depois do outro. Pela paz no futebol. Por um futebol mais bonito.

6 comentários:

Anônimo disse...

Cara, sacanear faz parte do jogo, claro que faz!
Eu mesmo adoooooro sacanear flamenguista que cai na pilha, né, Carol! Hahahah
Mas, pô, sacanear é uma coisa, mas gozar com o pau dos outros é coisa de... Deixa pra lá... Hahahaha
Foi foda... Não me conformo que meu time, que jogou pra caraaaaaaaaaaalho, perdeu assim.
Surreal.
Mas eu já sabia... O Flu nada, nada, nada e morre na praia. Já estou acostumada.
Um beijo, meninas!!

Anônimo disse...

Aí, fica na tua seara e deixa que a Carol escreve sobre futebol, ok?

Anônimo disse...

ANO DO CENTENÁRIO OU DO SEM-TER-NADA
Em 1995, depois de incontáveis percalços ao longo do caminho, o Flamengo deu a sorte de conseguir sobreviver e completar 100 anos de medíocre existência. E nada melhor pra comemorar esse aniversário tão especial do que grandes vitórias e principalmente títulos. Chegaram até a criar uma camisa comemorativa com o número 100 estampado. Montaram um time que era pra eles o verdadeiro dream team (time dos sonhos). Até músicas foram compostas em homenagem ao centenário do clube, com especial destaque para uma que dizia “vai Flamengo, balança a rede do adversário, vai Flamengo, comemorando seu primeiro centenário”. Mas, infelizmente para eles, os versos da música não ajudaram muito e o timinho passou em branco nesse ano tão importante pros burro-negros. Não conquistaram nenhum título e, o que é pior, foram vice-campeões duas vezes, da Supercopa e do Campeonato Estadual, com o famoso gol de barriga do Renato Gaúcho que deu o título ao Fluminense aos 42 minutos do segundo tempo. Enfim, cada um tem o presente de aniversário que merece.

Karla Rúbia disse...

Dri querida, não fique chateada. Às vezes, ganha-se; às vezes, perde-se. É isso mesmo. Faz parte...

Sacaneator, q surpresa vc por aqui!!!

Anônimo amigo, que bonitinho vc... não precisa sacar da sua espada e como herói salvar Carolzinha das garras da Karla Malvada. Eu pedi - como boa menina que sou - e ela "deixou" q eu escrevesse sobre esporte. Portanto, não há motivo para preocupação. Se o problema for um mau texto, é só se restringir aos textos dela, ok? Bjo na testa.

Carolina Bellei disse...

Mais uma lembrança incrível do nosso amigo Sacaneator, mas que poderia aderir ao pseudonimo de Enciclopédia (muito mais apropriado!).
Anônimo, vc é demais! Tá me defendendo agora tb?! Mas deixa a Karlota escrever os posts dela... Nesse blog todos têm direito de escrever. Vc não vê o nosso amigo Enciclopédia?
Dri, não é nada pessoal, por favor!!! Mas vc sabe q uma das melhores coisas do futebol é sacanear o adversário. Não é?!
Karlota, não vira-casaca não vale, hein!

Karla Rúbia disse...

Carolzinha... Imagina... se tenho uma característica pulsante em mim é a fidelidade... KKK! Como boa leonina q sou, morrerei rubro-negra, o q não me impede de vez em quando estar encantada por outros times. Mas o nmeu manto continua da mesma cor. rsrsrs