Brasileiro já está acostumado com o cagaço de seus atletas. Quantas vezes – na reta final – o país inteiro acompanhou, vibrou, torceu, chorou, sofreu e, na reta final, viu seu atleta amarelar? Não sei se é só uma sensação, mas penso sempre que acontece com a gente com maior frequência do que com qualquer outro país. E, como diriam os mais sábios, “ter a sensação de” é o mesmo que “ser”. Afinal, o que conta é o nosso feeling mesmo.
O que isso quer dizer? Não que os caras sejam maus preparados fisicamente, mas sim psicologicamente. Veja a seleção do Bernardinho. Uma exceção retumbante! O bicho leva o time na coleira com mãos de aço e os meninos são disciplinados em saber que só vale ser campeão. Afinal, no Brasil, ser vice é o mesmo que ser o último. Se ele faz lavagem cerebral, eu não sei, mas que funciona, funciona.
Agora, imagina um time de meninas adolescentes ou recém-saídas desta fase que dependem de um técnico gringo que caga sobre suas cabeças dia e noite? É uma bola de neve. Ele caga na cabeça delas e elas respondem: cagando na final. Tô falando deste ucraniano, que deve ter sangue alemão nas veias, treinador da equipe de ginástica olímpica. O cara foi um dos grandes responsáveis pelo crescimento do esporte no Brasil – por causa dele tivemos o título mundial de Daiane dos Santos no solo em 2003 e o quinto lugar por equipes em 2007 – mas hoje detona suas pupilas. Nem a Jade, nem a Daiane, nem a Daniele Hipólito. Ninguém vai trazer porra nenhuma de Pequim, em sua opinião.
Caracas, se antes era missão impossível, depois do seu depoimento é certo. As garotas não vão conseguir nada. Que falta de sensibilidade! Este bobo alegre até pode entender tudo de ginástica olímpica, mas não sabe nada de mulher ou nunca foi adolescente. Ou os dois.
Um comentário:
Eu prefiro o Batman!
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