Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Elixir da juventude

E não é que o tempo agiu como um elixir da juventude para o Paulo Ricardo! Já ouvi dizer que o rock rejuvenesce, mas dê uma boa sacada na foto ao lado. Ou o cara toma formol na veia ou fez pacto com o demo. Ontem, em frente à minha tv, embolada no meu edredon, assisti à sua apresentação no Faustão e fiz uma viagem até a minha pré-adolescência, suspirando...
Entre tantos caras do Rock Brasil que embalaram minhas noitadas nos bailes lá dos cafundós de Caxias (quando neles ainda tocavam pop rock e MPB), o meu maior sonho de consumo era o PRM do RPM. Eu confesso: fiz parte daquela legião de fãs histéricas que queriam arrancar a roupa do cara nas filas do gargarejo, que chorava nas portas dos hotéis, que colecionava figurinhas e beijinhos enviados de longe.
Estou sinceramente aliviada em ver o quanto a passagem dos anos fez bem a ele. Quarenta e cinco aninhos de pura travessura. Isso ninguém pode negar. Deve ser frustrante ver seu ídolo careca, barrigudo, com pêlos saindo pelo nariz, com uma calça e paletó para esconder as gordurinhas. Soube que ele ficou meio decadente, casou com uma socialite paulistana, começou a fazer showzinho em festa de rico, mas, graças a Deus, os ombros ainda são irresistíveis e a voz rouca (que muitos já execraram) ainda é de dar arrepios.
Apesar de tudo isso, tenho que confessar q estou receosa com a volta da banda. Sim, pela enésima vez (e isso digo de coração aberto), assisto a este retorno e não tenho boas memórias. O grupo acabou por vaidade, por muito uso de droga, por falta de maturidade. Será q está preparado para voltar? O box lançado ontem em mídia nacional (rendeu até Faustão porque o Schiavon é diretor musical do programa) já tem lugar cativo na minha prateleira; Paulo Ricardo já tem lugar cativo nos meus devaneios... Mas e o som? Será que continua o mesmo? E olha que eram os mais avançados tecnologicamente, os mais integrados com a sonoridade feita pelos roqueiros fora do Brasil... É ver para crer. De qualquer forma, vale pelo menos para pendurar de novo o pôster do “cara” no quarto.

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