Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

domingo, 19 de julho de 2009

Sexo ou amor?

Não sei quando foi que aprendi que amor e sexo não caminham necessariamente juntos, mas lembro que já faz tempo o suficiente. Já vivi os dois lados e sei definí-los muito bem, conheço a sua importância e o quanto cada um nos faz falta. Assistir a "O Leitor" me remeteu à esta questão. Hanna desejava Michael, não havia amor ali. Era uma questão química, de carne, de cheiro. Por outro lado, Michael desejava Hanna, sim, mas, acima disso, ele a amava.
É fato que não há como definir o que faz com que uma relação seja mantida, mas me pergunto se é possível mantê-la quando só há desejo ou quando há só amor. Acredito que havendo apenas um dos sentimentos e a total ignorância disso, é possível seguir. Porém, quando nos damos conta da falta de um deles, tenho dúvidas.
Amar e ser amado é o sonho de consumo de todo ser humano. Não há nada melhor, é fato. Mas sei que sempre queremos mais e também sonhamos com o fato de sermos aceitos, desejados, a última coca-cola do deserto para o outro. Mas esta é uma fórmula difícil de ser encontrada. Diria mais: é uma fórmula rara.
Será que devemos escolher qual deles seria o mais importante para cada um de nós? Tenho visto tantos casos de amigos e amigas meio perdidos em busca de amor. Sou daquelas que diz que sexo é fácil de ser encontrado, mas amor... Mais difícil de ser visto do que cabeça de bacalhau. Deixando de lado a visão romântica da vida, no entanto, sexo de qualidade também está complicado de ser encontrado, né?
Não sei.
Fico me questionando que, diante de uma situação dessas, como prosseguir? Para onde ir? E com que armas? Ao mesmo tempo, penso que ter apenas um já deveria ser o bastante neste mundo em que vivemos.
Realismo ou comodismo?
Diga aí vc.

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