Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Marley, eu e Roni


Há algum tempo, um querido amigo (e não por acaso ele e a esposa são dois dos meus sete leitores) me deu o livro de John Grogan, "Marley e Eu". Além da capa gracinha, o texto é bem gostoso, porém, não preciso dizer que - em função da correria e da preguiça do dia-a-dia - não terminei de lê-lo. Guardei-o, no entanto, como todos os livros que ganho com muito carinho.
A trajetória do cãozinho simpático e fanfarrão como todo bom labrador me pareceu de cara com um roteiro para cinema.
O romancezinho água-com-açúcar ganhou status de um blockbuster cativante. Só por causa do cachorro... E, sim, ele chegou às telonas mais rápido do que imaginei. Como não poderia deixar de ser, aproveitei a temporada em casa para me esparramar na cama com meu Roni e curtir as travessuras da criaturinha e as mudanças que ele foi capaz de fazer numa família norte-americana.
Quem cuida do bebê durante nove horas enquanto ele chora? Marley. Quem corre pela casa abanando o rabo como um potente espanador? Marley. Quem come o sofá ferozmente? Marley. Quem é que encosta a cabeça nos joelhos da dona, compadecido da dor da perda do primeiro filho? Marley. Quem é o voraz devorador de mangas no quintal da família? Marley. Quem espera pelas crianças na volta da escola? Marley. Quem é o protagonista de divertidas colunas escritas por seu dono no jornal? Marley. Quem manda na casa? Marley.
Marley é o triunfo deste filme. É o professor fiel e dedicado sobre os caminhos do amor ao próximo. É a graça que faltava, um ator cômico em potencial que acaba deixando até a bonitinha Jennifer Aniston no chinelo.
Se você gosta de cães, não pode perder. Se não gosta, faça uma forcinha e reserve só duas horinhas para Marley. E vou te dizer: vai querer correr a uma pet (ou à Suipa, quem sabe?) e adquirir um. De cara, posso te prevenir: não esqueça dos lenços de papel. Eu chorei feito criança e depois enchi meu bichinho de dengos.
E me prometi nunca deixar de conviver com estes animais que tanto nos ensinam. Afinal, como diria Grogan, ele mesmo um jornalista de carteirinha, quem mais além de um cão seria capaz de nos fazer nos sentir tão especiais, tão únicos, tão importantes?
Depois dele, sua vida nunca mais será a mesma.

Nenhum comentário: