Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

domingo, 19 de julho de 2009

O Leitor

Kate Winslet, para mim, sempre foi uma criatura interessante. Admiro mulheres que têm coragem de quebrar tabus e quando li um depoimento dela dizendo que não era uma esquálida como qq atriz de Hollywood (e exaltar isso!) passei a considerá-la mais do que a maioria. Imagina a importância disso para quem vive lutando contra a balança. Kate, linda de viver, é quase minha ídola.
Partindo disso, me rendi ontem (madrugada adentro) aos encantos de "O Leitor". O filme já tinha sido excessivamente bem recomendado - até meu digníssimo chorou (logo ele q não é disso!), mas havia um empecilho: eu sabia o fim. E vou te dizer que acho que isso fez toda a diferença, embora não me impeça de assistir à película.
Fato é que fiquei ainda mais apaixonada por ela. Está maravilhosa, forte, bonita na medida exata como Hanna Schmitz, a alemã mais velha que se apaixona por um adolescente (David Kross, gracinha) e juntos guardam um segredo que os une por anos a fio. O silêncio ali é o pano de fundo e ambos estão perfeitos na tentativa de não revelá-lo para preservar a dignidade da heroína. É um drama de tribunal que discute ética e lança um novo olhar sobre as questões da 2a Guerra.
Porém, devo dizer que o casal de protagonistas e a química entre eles são o que mais me chama a atenção no filme de Stephen Daldry (leia-se As Horas).
Foi o fato de já saber o que viria?? Não sei, mas é certo que o roteiro em si - apesar de ter um pano de fundo interessante - é bastante previsível. O ritmo também é arrastado, quase me deixei ser arrastada por Morfeu. A maquiagem é capenga (Kate Winslet envelhece muito mal). Não me admira que, apesar de ter sido indicado em algumas categorias (no Oscar, foram Filme, Diretor, Roteiro Adaptado e Fotografia), o filme só tenha abocanhado os prêmios para Kate, que aliás também ficou com o Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante (?).
Aqui, vale uma curiosidade: a primeira opção do diretor Daldry para a personagem Hanna era Kate Winslet, que não pôde aceitá-la devido a conflitos de agenda - afinal ela tb protagonizou "Foi Apenas um Sonho" (o próximo da minha lista). Nicole Kidman foi então contratada para o papel, porém engravidou em seguida e gerou um certo atraso nas filmagens. Juliette Binoche foi a segunda opção, mas tb não aceitou. E aí o destino entrou na história e Kate pode, enfim, acertar sua presença no filme.
Há coisas que têm que acontecer e pronto!
Bela Kate! Bela Hanna!

2 comentários:

Dani disse...

Bonitona ... é mais fácil vc ver uma maratona disputada entre o Saci Pererê e o Curupira do que acreditar que o seu digníssimo chorou com um filme... Bjo, bjo e vamu-ki-vamu!!!

Karla Rúbia disse...

rsrs...
tá com vergonha de assumir, né?? Homens...