Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Aff....

Na boa, fora a trilha do Roberto Carlos e o Rodrigo Lombardi (que mesmo assim tá meio bobão), o que a Glória Perez tá esperando desta novela? É fato que quem tinha que retratar uma comunidade pacificada era o João Emanuel Carneiro, que entende muito mais de classe C. Aliás, o cara tem uma mãop que é capaz de nos fazer amar os personagens, q muitas vezes agem iguais aos nossos vizinhos que detestamos. No caso da nova novela, é o contrário. Acho a Morena uma arrogante. Não é problema da Nanda Costa. O problema é o papel, é o texto, é o clima.
Até para ser favelada tem que haver um certo carisma, não é , não? Senão o personagem (ou a personagem) cai numa caricatura louca. Eu adorava quando a família do Tufão falava sem parar e aos borbotões à mesa. Normalmente, acho isso o cúmulo da falta de educação.
Enfim...
Eu suspendi a tv aberta pelso próximos oito meses.
Aff...

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O perdão e a novela das oito

A nobreza do perdão não é para qualquer um. A grandiosidade do esquecimento, na minha opinião, pertence aos perfeitos de alma, entre os quais não estou inserida. Após assistir a mais de seis meses às desventuras de Carminha no horário nobre e à sua derradeira cena ao lado de Nina (ou Debora Falabella), vi que não faço parte realmente deste mundo cor-de-rosa. Também não sou o tipo de bater no peito e, feliz, berrar aos quatro ventos que não sou capaz de perdoar, ou seja, não é algo do qual me orgulhe, mas também não me envergonha.

Para entender do que falo, basta dar uma clicada no You Tube e rever as cenas em que exemplarmente Adriana Esteves vive uma das maiores megeras que a telinha já mostrou. Sim, tem um toque de bom humor – que bom! Mas de um modo geral ela é covarde, dissimulada, cruel, fdp mesmo. É capaz de amar? Sim. É alguém que gerou gente do bem? Claro. Pode ter sentido piedade e/ou ter sido solidária em dados momentos? Sem dúvida. Porém, nada disso apaga dela a sombra do quanto ela fez as pessoas sofrerem com suas falcatruas.
O perdão é lindo, mas realmente é para poucos. Você conseguiria desculpar uma mãe que passou o tempo todo te fazendo passar por louco só para não ser desmascarada? Foi o caso do Jorginho. Você perdoaria uma mulher que te traiu e roubou seu dinheiro durante 12 anos dentro da sua própria casa com seu cunhado? O Tufão que o diga. Você conseguiria passar por cima das lembranças de sua infância, que teriam como cenário um lixão para onde sua madrasta te enviou quando ainda era uma criança? A Nina é uma heroína...
Não estou aqui levantando bandeira para nenhum dos lados em questão. Até admiro quem consegue superar as dificuldades inerentes às relações humanas e desculpar o outro, seja qual for a situação. Só não acho que quem não é tão evoluído a este ponto deva ser massacrado. Ter gerado este debate em torno do perdão é uma característica da novela de João Emanuel Carneiro que por si só já a faz entrar para a história. Mesmo que não concordemos com o fim que ele escolheu para suas personagens principais, vale a tentativa de mobilizar o público mais uma vez. E nisso ele foi mestre.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Sentimentos demais*

Vamos ser francos: nosso problema não é sexo. Isso se arranja com facilidade. O que nos exaspera são as relações que estabelecemos a partir do sexo, ou apesar dele. O que nos sufoca é aquilo que se faz antes e depois de transar. A pessoa que fica ali – ou que gostaríamos que ficasse, mas não fica – constitui nosso maior problema, e talvez nossa única solução. Estar com alguém mais do que ocasionalmente, porém, constitui um desafio insolúvel – tanto quanto um prazer imensurável.
As pessoas têm manias, têm temperamento, têm hábitos que nos incomodam. Elas reclamam de tudo, pateticamente. Elas se enfurecem com tudo, histericamente. Elas têm problemas, opiniões, desejos, amigos. Elas são lindas e nos causam ciúme. Elas são controladoras e nos irritam. Elas podem ser frívolas e indiferentes. Frequentemente mergulham nelas mesmas e nos deixam entregues às apreensões e receios. Às vezes queremos que sumam, morram, pelo-amor-de-deus desapareçam. No outro dia acordamos sem elas e o coração perde duas batidas, de medo.
Na verdade, sofremos de sentimentos demais. Eles transbordam, excedem, afogam. Seria infinitamente mais simples se fôssemos como os outros. Veja o casal do elevador, o professor de natação e a namorada dele.
Obviamente felizes, simples, calmos. Trocam duas palavras e um olhar entre o quinto e o térreo. Gente bem resolvida. É impossível que ela chore de noite por temer que ele não a ame. Evidentemente ele não se isola diante da televisão e tenta aplacar os nervos vendo um filme inútil. Eles certamente nunca se metem em discussões dolorosas. Sabem o que fazer deles mesmos e do seu amor. Eles têm as respostas. As criaturas esquisitas somos eu, você e os nossos parceiros. Eles, os outros, são simples e felizes. Gente bem resolvida.
Os sentimentos são o nosso principal problema, claramente. Estamos encharcados deles. Sentimentos de toda espécie, misturados. Você olha para aquela pessoa que abriu a porta e eles afloram, conturbados. Quanta aflição não esconde um abraço? A gente então conversa, e a confusão reflui. A gente espanta o assombro com a nossa voz e o nosso riso. A trivialidade nos resgata como um bote salva vidas. Nos olhos
da mulher que a gente ama há uma praia tranquila onde a gente ancora – até que o mar no interior dela se agite e a paz efêmera se perca. De novo.
Gostaríamos que não fosse assim, claro. Preferiríamos ser gente simples, composta, direta. Em vez de todas as memórias dolorosas que trazemos conosco, paz. Em vez da confusão de planos e aspirações, clareza. Nada de turbulência submersa, nenhuma recordação inconfessável, apenas superfície indevassável e tranquila, como um lago.
Imagine deslizar a mão pelo corpo macio dela sem que a cabeça esteja tomada por ideias conflitantes. Que genial fazer amor sem que nele se projete, num rosnado, o velho arsenal de ressentimentos que parece ter nascido conosco. O sexo então seria puro, biológico, em vez de uma batalha épica entre o bem e o mal, entre o público e o privado, entre o certo e o errado que nos habitam. E, depois do prazer, enrolar-se cheio de ternura e de angústia agridoce naquela criatura que ofega. Sentir-se pai, filho, irmão, apaixonado, opressor-filho-da-puta, canalha, marido. O que mais?
Os sentimentos não nos largam, indecifráveis. O carro trafega a 40 km por hora, numa alameda ensolarada, e a lembrança de um certo olhar pungente quase nos leva às lágrimas. De onde vem essa emoção? Certamente da música, um samba travesso de Chico Buarque que nos conecta a tudo e a todos, num momentâneo abraço cósmico pós-eleitoral. Somos todos irmãos, ela me ama, a morte mora numa toca no fim da eternidade, tudo é lindo.
Sejamos francos: nosso problema não é sexo, é amor. Encontrá-lo, conquistá-lo, torná-lo parte da nossa vida e, ao final, talvez, detestá-lo. Nosso problema é preservar esse amor em meio à tempestade de trovões dos nossos sentimentos. Cuidar para que o fascínio físico dos primeiros dias não se perca, evitar que a confiança que vem depois não nos cegue de tédio. Nossa tarefa, gigantesca, é fazer com prazer – e com o mínimo de sanidade – as coisas que se fazem antes e depois de trepar. A pessoa que fica ao nosso lado nesse intervalo é nosso maior problema, e talvez a única solução.

*By Ivan Martins

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Eu amo a rotina

Não, não sou organizada. Meu canto é uma zona, mas é meu canto. E aqui leia-se a minha casa ou minha mesa no escritório. Curiosamente, sei exatamente onde tudo está. Conheço minha bagunça organizada, onde cabem desde eu e meu cãozinho até minhas quinquilharias, meus textos mais primorosos e canetas sem tinta. Esta sou eu. Esta é a minha rotina.
Gosto de saber que as coisas ficaram onde deixei ontem. No trabalho, sei a hora q posso chegar e sair, posso ficar até mais tarde - até sozinha, como acontece inúmeras vezes, posso levar marmita e comer
sossegada na mesa, rearrumar (ou não) o meu dia do meu jeito, posso levar meu cafe ou deixar para filar o pão alheio, tenho o meu computador com as minhas fotos, minhas gavetas com minhas coisas. Ali, eu crio minhas regras e meu dia a dia. É o meu espaço e sei até onde posso ir. É massacrante viver às cegas.
Na minha vida pessoal, no dia a dia, tb sou assim. Acho q bem ao contrário do que a maioria dos mortais... rsrs... adoro saber q tenho uma família mala (como tantas outras), mas q me apóia, uma cama quentinha no fim do dia de trabalho, amigas para me emprestar um ombro, ginástica para fazer pelo menos duas vezes por semana (sim, eu tô indo...), um amor que seja meu parceiro e faça sexo gostoso, um cãozinho q sei q vai lamber minha cara para me acordar pela manhã... Gosto de saber q às terças tem Tapas e Beijos, que nos findes como bolo pela manhã, q meu namorado me ligará 900 vezes durante o dia. Amomuitotudoisso. É a minha vida, minha rotina.
E, embora possa parecer q não goste de mudanças, é justamente o contrário. Sou totalmente a favor delas – contanto que não venham embaladas com o papel do inesperado. Gosto da rotina e amo saber q posso sair dela vez ou outra e depois voltar quando quiser. É tão reconfortante. Comer pizza todos os sábados? Pq não? Viajar sempre ao mesmo lugar... Não vejo problema se lá é bacana. Mas tb quando quiser ir para um destino exótico, não me cobrem coerência. Estar durante anos com a mesma pessoa? Se for gostoso, até o fim da vida... Qual é o problema?
É, realmente, sou uma pessoa bem previsível... rsrs...
Porém é bom saber que cheguei à idade dos sábios, na qual sabemos exatamente onde estamos e quem somos. E amamos o que vemos.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Ah, o amor...

"Se me perguntarem qual o sentimento que considero mais bonito ou mais importante, vou abrir um sorriso e dizer: o correspondido!"
(Martha Medeiros)

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Pequenas felicidades

Ainda falando sobre felicidade, me lembrei que Martha Medeiros, minha cronista favorita, escreveu um texto gracinha na revista O Globo. Chama-se "Pequenas felicidades". Diante da lista dela de coisas tão simples que trazem tanta alegria, resolvi incrementar com as minhas. Belo exercício.

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Pequenas felicidades


- Cachorro-quente.

- Na esteira de bagagens do aeroporto, sua mala estar entre as primeiras a aparecer.

- Receber notícias de um amigo de que você gosta muito e que andava sumido.

- Ter recebido de presente a série inteira de Mad Men (PARA MIM, PODERIA SER SEX AND THE CITY) para assistir atirada no sofá.

- Numa loja de CDs usados, por um preço irrisório, encontrar discos de Keith Jarret, Tom Waits, Chet Baker e Miles Davis (EU COLOCARIA TRILHAS DE NOVELAS) que você já teve em vinil e estupidamente se desfez.

- Livros. Encantar-se por um autor que você não conhecia.

- Num restaurante com os amigos, a última rodada ser brinde da casa.

- Dentro do cinema, não haver ninguém conversando e fazendo barulho com papel de bala e saco de pipoca.

- Revistas TPM, Lola, Bravo, Elle, Vogue, Joyce Pascowitch – revistas de moda, cultura, entretenimento e decoração são sempre um luxo acessível, uma fantasia necessária.

- Lareira (E/ OU FOGUEIRA COM MÚSICA EM VOLTA).

- Sair bem na foto.

- Passar um fim de semana no Rio (OU FORA DELE).

- Um bom programa de entrevistas (CULINÁRIA) na tevê.

- Uma consulta altamente proveitosa na terapia.

- Flores, folhagens, jardins, árvores, montanha.

- Acertarem no presente.

- Taxista que não corre (NEM FALA DEMAIS).

- Prazos de validade bem visíveis nos produtos perecíveis.

- Banho quente (PREFIRO FRIO). Sem pressa pra sair.

- Declaração de amor de filho (OU DE MÃE).

- Declaração de amor do seu amor.

- Conversar longamente com sua melhor amiga (PARA MIM, MELHORES AMIGAS). Tomando um vinho tinto (OU UM CHOPE!), melhor ainda.

- Alguém encontrou e devolveu a carteira que você havia perdido com todos os documentos dentro.

- Barulho de chuva antes de dormir (ANINHADA NAS PERNAS DE QUEM SE AMA).

- Dia de sol ao acordar.

- Massagem.

- Receber um elogio profissional de alguém que você admira muito.

- Subir na balança e descobrir que emagreceu (MESMO QUE SEJA SÓ UM POUQUINHO).

- Check-up que não acusa nenhum distúrbio de saúde.

- Lembrar detalhes de um sonho bom.

- A vibrante pulsação de um show ao vivo.

- Biografias bem escritas de personalidades interessantes.

- Praia com mar de cartão postal.

- Festa boa.

- A luz voltar.

- Um dinheiro extra que você não estava esperando.

- Beijo (E ABRAÇO).

- Sair do dentista ouvindo a recomendação de voltar só dali a um ano.

- Uma noite bem dormida (OU COCHILO NO MEIO DA TARDE).

- Ter concluído satisfatoriamente todas as pendências da semana.

- Seu time fazer o gol decisivo no último minuto do jogo – é preciso sofrer um pouquinho na vida.

- Coca-Cola (ZERO!). Bombom. Pão com manteiga. Queijo. (PIPOCA!)

- Chorar de rir.

- Quitar uma dívida.

- Rever as obras de um pintor de que você gosta muito.

- Seu cachorro de estimação. Seu gato aninhado em seu colo.

- Identificar suas próprias pequenas felicidades e, mesmo nem tudo dando certo, gostar da vida que leva.


E AINDA:
- CASA CHEIROSA
- GOZO COM O NOSSO AMOR
- ROUPA QUE CABE UM NÚMERO MENOR
- COMIDA CASEIRA
- CARRO NOVO
- SORRISO DE CRIANÇA


terça-feira, 18 de setembro de 2012

35 anos para ser feliz*


Uma notinha instigante na Zero Hora de 30/09: foi realizado em Madri o Primeiro Congresso Internacional da Felicidade, e a conclusão dos congressistas foi que a felicidade só é alcançada depois dos 35 anos. Quem participou desse encontro? Psicólogos, sociólogos, artistas de circo? Não sei. Mas gostei do resultado.
A maioria das pessoas, quando são questionadas sobre o assunto, dizem: “Não existe felicidade, existem apenas momentos felizes”. É o que eu pensava quando habitava a caverna dos 17 anos, para onde não voltaria nem puxada pelos cabelos. Era angústia, solidão, impasses e incertezas pra tudo quanto era lado, minimizados por um garden party de vez em quando, um campeonato de tênis, um feriadão em Garopaba. Os tais momentos felizes.
Adolescente é buzinado dia e noite: tem que estudar para o vestibular, aprender inglês, usar camisinha, dizer não às drogas, não beber quando dirigir, dar satisfação aos pais, ler livros que não quer e administrar dezenas de paixões fulminantes e rompimentos. Não tem grana para ter o próprio canto, costuma deprimir-se de segunda a sexta e só se diverte aos sábados, em locais onde sempre tem fila. É o apocalipse. Felicidade, onde está você? Aqui, na casa dos 30 e sua vizinhança.
Está certo que surgem umas ruguinhas, umas mechas brancas e a barriga salienta-se, mas é um preço justo para o que se ganha em troca. Pense bem: depois dos 30, você paga do próprio bolso o que come e o que veste. Vira-se no inglês, no francês, no italiano e no iídiche, e ai de quem rir do seu sotaque. Não tenta mais o suicídio quando um amor não dá certo, enjoou do cheiro da maconha, apaixonou-se por literatura, trocou sua mochila por uma Samsonitee não precisa da autorização de ninguém para assistir ao canal da Playboy. Talvez não tenha se tornado o bam-bam-bam que sonhou um dia, mas reconhece o rosto que vê no espelho, sabe de quem se trata e simpatiza com o cara.
Depois que cumprimos as missões impostas no berço — ter uma profissão, casar e procriar — passamos a ser livres, a escrever nossa própria história, a valorizar nossas qualidades e ter um certo carinho por nossos defeitos. Somos os titulares de nossas decisões. A juventude faz bem para a pele, mas nunca salvou ninguém de ser careta. A maturidade, sim, permite uma certa loucura. Depois dos 35, conforme descobriram os participantes daquele congresso curioso, estamos mais aptos a dizer que infelicidade não existe, o que existe são momentos infelizes. Sai bem mais em conta.

* De Martha Medeiros, outubro de 1998



sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Novo crônicas

Após dois meses de tentativas, consigo finalizar o novo lay out. Sim, amigos, a ideia era uma cara nova para comemorar quatro anos de existência. Não deu para fazer antes, mas... Tardo, mas não falho. Uma carinha nova para este espaço querido que há longos quatro anos entrou na minha vida.
A ideia agora tb é renovar os textos. E nada mais óbvio que colocar mais crônicas no "Crônicas".
Espero que gostem!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Surpresa!!

Eu não acredito em bruxas, mas que elas existem, eu sei que existem. Ano passado, uma taróloga me disse que eu receberia um presente logo após meu aniversário. E que, embora naquele momento, isso fosse inimaginável, eu ainda ficaria muito feliz com a surpresa que o cosmos preparava para mim.
Hoje, faz um ano que a vida me surpreendeu...
Se todas as surpresas forem assim, que venham novas surpresas.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Léo

Magro ou gordo, jovem ou velho, a verdade é que tenho adoração por Léo Jaime. Muito longe da época em que era "Conquistador Barato" e/ ou vivia perseguido por "Sete Vampiras", o cara reapareceu há poucos anos e mostra-se cada vez mais atuante, ativo, dono de uma verve cômica e inteligente. Agora, o lugar dele é na "Malhação". Minha opinião? Se a galera vivia criticando a novelinha aborrescente, acho que a chegada do Léo tem tudo para dar um reviravolta na cabeça deles.

Batmannnnnn...

Você curte HQ? Então, não perca o novo filme do Batman. E mais não digo.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Poesia

Costumo dizer que fotógrafo vê poesia em tudo. Se for um cara sensível como o meu Marcelo, as coisas ganham uma dimensão ainda maior. Um passeio no Jardim Botânico rende traços, cores, detalhes nunca vistos. Como se já não bastasse a beleza do lugar. Com vocês, um pouco da sua arte...

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Nina X Carminha

Como sempre, estou eu absolutamente envolvida em mais uma novela do João Emanuel Carneiro. Sou macaca de auditório dele mesmo. Sim, houve uma barriga nesta, mas minha empolgação pelos personagens principais continuam aqui - intactos. Eu e metade do mundo, né?? Ontem, estamos eu e minha família no Galeria Gourmet jantando (em comemoração ao meu niver!) quando descobrimos que o telão não passava programação da tv aberta, só dvds. Desespero de causa. Ao se dar conta de que não conseguiria assistir ao capítulo de ontem, a galera (tinha umas 12 pessoas) da mesa ao lado começou a gritar em coro: "Carminha, Carminha, Carminha!". Em pouco tempo, o restaurante todo já estava em uníssono. Pena o Galeria não ter atendido aos pedidos - inclusive o meu. Resumo da Ópera: digam o que quiserem, mas Carminha e Nina viraram mania nacional.
E eu só fiquei mais tranquila quando me dei conta de q poderia assistir ao embate das duas pela internet hoje. Ufa...


terça-feira, 24 de julho de 2012

E como diria Ivan Lins...

No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
Pra que nossa esperança seja mais que a vingança
Seja sempre um caminho que se deixa de herança...

Novos tempos

Adentro os novos tempos - estou de idade nova desde ontem, jogando para fora todas merdas do ano que passou... Rsrs... literalmente. Se vc não sabe o que aconteceu realmente, prefiro não comentar em público. De qualquer forma, quero dar as boas vindas à minha nova idade, agradecer os muitos desejos de felicidade (ou feliz-idade!), me divertir um pouco nesta primeira semana e olhar para o horizonte. Sim, parece que o mundo me sorri...

terça-feira, 17 de julho de 2012

Falta pouco para o meu ano novo

A duas semanas do meu ano novo (pessoal e intransferível), tomei uma decisão muitíssimo importante para mim: cuidar do meu corpo. Passei os meus últimos anos cuidando da minha cabeça, dos meus sentimentos, da minha vida, agora tenho que tomar vergonha e ouvir esta maquininha que Deus me deu. É fato. Achamos que vamos usá-la por 70 ou 80 anos, mas não pensamos que precisa de manutenção, né? É como um motor de carro. Tem que colocar óleo, tem que lavar de vez em quando, tem que levar ao mecânico para fazer um check up. E, se necessário, trocar peças, aposentar outras. este é o meu momento: entrei na academia.
Eu sei que os que me conhecem dirão que está é a 18a tentativa. Eu sinceramente já nem me lembro. De qualquer forma, preciso tomar uma providencia - ou me cuido ou minha velhice não vai ser muito saudável, eu diria. Nada de ficar parecendo a Gisele Bundchen. Deurrrmelivre! Até porque quero ainda compartilhar da presença dos meus amigos numa mesa de chope, comer um bolinho gostoso no café da manhã de domingo junto com meu namorado, almçoar a comidinha da minha mãe sem culpa... na verdade, o que quero é caber nas minhas roupas - de tamanho bem mediano, como qualquer brasileira - e ter saúde.
Ok, a uma semana do meu grande dia, confesso meu cansaço. Tomar garndes decisões cansam a beça. Uma doidice. tenho acordado cedo, dormido pouco, com o corpo exausto da malhação. E da dieta, pq malhar sem comer decentemente não vale. Mas to feliz com a iniciativa. É bom pensar que às vezes a gente faz coisas boas por nós mesmos.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Amar dá trabalho


Cada dia estou mais convencida de que os tais livros de contos de fada só nos fazem mal. Sim, despertam o romantismo em nós, sentimento tão necessário para enfrentarmos o árduo dia a dia, mas em compensação nos despertam uma ideia absolutamente errônea sobre o mundo real. Esta história de “viveram felizes para sempre” passa a impressão de que depois que o príncipe beija a princesa todo um universo cor de rosa se abre e não é mais necessário fazer nada. Deus, com sua vara de condão, se encarrega de cuidar daqueles dois serezinhos ali q serão ícones de satisfação para sempre. Se fosse assim, seria fácil...
A verdade, porém, é que amar dá trabalho, minha gente. Há tempos não acredito mais neste sentimento que brota e se desenvolve sozinho. Amar é matar um leão por dia (ou pelo menos um gatinho), é fazer manutenção, é observar o outro e sentir o que pulsa nele. Sabe aquela história clichê de colocar água na plantinha diariamente? É fato que há plantinhas que não precisam disso todos os dias, mas se você passar uma semana sem “aguar” seu vaso pode ter certeza que o ser vivo que ali habita vai morrer. Não tem jeito. Só assim é possível ter um sentimento duradouro. E se não for este o caminho, eu não tenha ideia qual seja.
É aquele típico caso da moça interessante que casa magra e loira com aquele que ela acredita ser o homem de sua vida. Três anos depois, a moça está o dobro do seu tamanho inicial, com os cabelos igual a um mico-leão-dourado multicor, com um papo que não vai muito além das panelas em promoção na Ricardo Eletro. Pô, não há homem que resista. O contrário também é verdade. O cara tem uma cabeça ótima e os músculos em dia, é super carinhoso e parceiro. Depois de um ano de relacionamento, acha que não pode tirar um copo dágua do lugar, a cerveja diária faz sua barriga crescer e se mostra um machista convicto. Tá pedindo para ser corno. No mínimo...
Amar é um exercício diário. Tem dias que você não está a fim, mas, acredite, não é possível fazer disso uma rotina. Nós nos apaixonamos por personagens, é fato. Todos inventam um ser muito mais nobre na hora de cortejar o outro e o real só emerge aos poucos. Mas há de se ter consciência que se a realidade posterior for muitíssimo diferente do que nos conquistou inicialmente, este sentimento está fadado ao fracasso. E isso não é pessoal – é para todo o mundo. Quem não quer ter trabalho, que fique sozinho.

Eu recomendo...

Nem quem não é fã de HQs vai se decepcionar com "O Espetacular Homem Aranha". O filme, que estreou neste finde aqui no Brasil, é blockbuster para ninguém botar defeito. O herói, o meu preferido, está afiadíssimo, magérrimo e mais ágil que nunca. E eu que pensei que sentiria a ausência de Tobey Maguire... Que nada! O tal do Garfield dá conta do recado, auxiliado luxuosamente pelo charme da fofa Emma Stone (namorada do rapaz na vida real).
Dizem que o Aranha 4 já estava fechado - com o mesmo elenco, inclusive, porém não foi possível chegar a uma conclusão sobre o roteiro de continuação. O estúdio resolveu começar do zero. E o roteiro agora abre uma brecha para falar do passado do herói, onde o foco é o sumiço dos pais. Confesso que achei o vilão meio chato e lugar comum, mas os efeitos são sensacionais. Impossível não curtir e voar nas teias do cara.
Um detalhe: o filme foi filmada em 3D e IMax. Ou seja, não tem como errar. É blockbuster para ninguém botar defeito.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Na moral

Na moral, o programa do Pedro Bial é melhor do que o da Fatima Bernardes. Mesmo sem ter tido toda a divulgação da primeira, o cara bolou uma maneira de discutir temas polêmicos bem interessante. Nem podia não ser interessante. Ontem, na estreia, o tema foi "O politicamente correto". É fato que a formatação ainda não é das melhores e o Bial ainda lembra aquele apresentador do BBB, mas acho q é questão de tempo.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Inferno astral?

Meu inferno astral chegou. Ao contrário do último ano, porém, não me sinto com a vida de cabeça para baixo. Sim, eu sei... É um período especial e comprovadamente problemático. Meu ano começa daqui a menos de um mês, mas confesso que tô tranquila, cheia de planos e com um dedinho de curiosidade sobre o que me espera. Culpa do Prozac, das férias que mal acabaram ou da maturidade? Não sei. Talvez uma mistura de tudo isso, somado às minhas últimas escolhas na vida. Deus sabe sobre o que eu falo e tenho certeza de que isso tem se revertido em serenidade. Já não era sem tempo.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Eu na Rio + 20

Muito feliz em fazer parte do maior evento na área de sustentabilidade dos últimos tempos. Mas que negócio cansativo... Afffff!

No cinema...

Férias também querem dizer "cinema". Pura e simplesmente. Enlouquecidamente. "Mi amor" tb é fanático e aí - juntamos a fome com a vontade de comer. De cara já me lembro de três filmes q vi nas últimas semanas: "MIB - Homens de Preto III", "Branca de Neve e o Caçador" e "Os Vingadores". Deve ter havido outros, mas sinceramente não me veio à memória neste momento.
O primeiro foi menos do que eu esperava. Uma pena, pq como já disse aqui filmes em 3D para mim são experiências únicas. Achei tudo meio repetitivo.
O segundo me marcou pela atuação da "monstra" Charlize Theron. Lindaaaaaaaaaaaaa e muitíssimo eficiente como a madrasta. Não preciso falar sobre o novo Brad Pitt - o Caçador vivido por Chris Hemsworth. Bonito, sim, mas nada muito além disso. Da protagonista, q parece mais a Mortiça do que a Branca de Neve, realmente nem tenho nada a dizer. A moça foi apagada pela Charlize eu espelho mágico...
E, por último, a história dos superheróis que se juntam numa espécie de SuperAmigos. Incrível. Os efeitos são tão geniais que chega assustam aos espectadores. O figurino é perfeito e o roteiro justinho, além, é claro, do elenco que é de tirar o chapéu. Não esper para ver em casa, pq assistir na telona é muito mais emocionante. Este, sim, dou nota máxima!

Ai, as férias...

Não existe nada melhor na vida do que férias. Não, não inventa nenhum argumento. Não há realmente... E obviamente tudo o mais que vem com ela: dias relax, tranquilidade, família, amigos, pilequinhos, cochilos à tarde, casa em ordem, vida em ordem, viagens, passeios... Enfim...
Neste ano, me dei de presente uma casa reformada e duas peqeunas viagens - uma para a Região dos Lagos, aqui no Rio mesmo, e outra para Buenos Aires. A primeira, uma espécie de jornada desaceleradora em companhai dos meus. A segunda, uma revisita a Europa latina. Explico: fui a BsAs em 2000 a trabalho e desde então vivia pensando em voltar. Ainda mais agora q a coisa tá mais barata...
Arrumei minha smalas e parti sozinha por três dias, sabendo q "mi amor"  me encontraria para mais quatro dias em terras portenhas. Lá, encontrei com Clarice e Rodrigo, casal amigo e parceiro q fizeram as honras da cidade. Amei tudo mais uma vez. A companhia, o clima, as compras, a comida, os passeios.
Viajar é uma grande paixão. É o que me alimenta e revigora.
Já penso nas próximas férias.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

terça-feira, 17 de abril de 2012

Nada como viajar

Nada como viajar. Conhecer novos lugares, povos, culturas. Posso dizer que viajar é uma das minhas maiores paixões. Há um ano eu embarcava rumo à Itália, uma viagem de 20 dias esticada até a França. Uma delícia...
Ir a Europa e não conhecer a Itália para mim era impossível. Por isso, fiz questão de incluir no roteiro o basicão da terra de Nero (Roma), depois Florença (uma maravilha estudantil), seguida de Veneza (o romance personificado). Sensacional.
Quem nunca foi, umas dicas:
- os italianos não são educados. Pelo contrário. Uma das lembranças mais fortes q tenho é o fato de não falar uma palavra em italiano e ser quase inviável me comunicar. Eles não querem saber se vc fala inglês, espanhol, francês ou qq-coisa-do-gênero. Não fala italiano - tá fora! Isso quer dizer, tenha paciência.
- em Roma, tudo é grandioso - como Nero, o megalômano. O Coliseu é impressionante mesmo.
- os sorvetes são deliciosos - de verdade. Todos so dias se puder experimente um sabor novo.
- não achei a comida incrível. Nem os italianos bonitos.
- ir a Torre de Piza é diversão garantida. Mas na cidadezinha só tem isso. Nada mais.
- Florença é um charme - pequeno, fervilhante, gostosinho, simpática. Se vc não tiver grana para ver Davi de perto, pode se contentar com aquele mesmo em frente ao museu. Ah, e não perca os espetáculos nas praças. Uma graça.
- se vc gosta de supermercados como eu, não deixe de ir a um italiano. São imperdíveis, gigantes, com uma variedade de babar.
- em Veneza, faça piqueniques à beira do rio. E caminhe... muito.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Feliz...


A duas semanas das férias, não vejo a hora de jogar o chapéu. Vontade de relaxar, de me afastar do cotidiano, curtir família, namorado, amigos. Há um ano eu fazia este mesmo caminho. Realizei um sonho. Neste ano, optei por realizar outro. Muiiito diferente, mas tão importante quanto... Ou mais. Estou em plena reforma da casa, que acompanha a reforma do meu espírito, do meu coração. Ao mesmo tempo que raspo e pinto as paredes, ganha novas cores a minha alma. Espano a poeira q insistia em ficar pelos cantos - meus e da casa. Compro móveis e prateleiras, rearrumo as prioridades. Novos sentimentos, novas louças.
Investi em mim e no meu ninho. É o melhor lugar do mundo e onde a guerreira aqui descansa. Não podia ser diferente.
Tudo isso tem me trazido muita satisfação - é a tal chegada da tranquilidade. Tão esperada. Passei maus bocados, mas finalmente a paz me encontrou. To mais calma, mais centrada, mais focada. Depois da tempestade, vem a Bonança (olha aí, minha amiga!!). De posse de mim mesmo, estou me sentindo mais Karla. Engraçado, né?
Explico: quando a gente está desorientada, longe do nosso rumo, a gente fica fora de si. A chegada da tranquilidade vem num pacote embalada por laços de fita que abraçam ainda a calma, a perseverança, a certeza de dias melhores. E ouso a dizer q ouço minha voz, meus impulsos, meus desejos. Sou uma mulher na constante busca pelo meu equilíbrio e estar neste momento me deixa tão feliz... tão feliz...

Toca Raul!!!!!!!!!!

Não existe brasileiro que não conheça uma canção de Raul Seixas. Se vc é sambista, funkeiro, curte MPB, reggaeiro ou seja lá o que for, com certeza, saberá pelo menos cantarolar uma música do pai do rock. Raul é isso: faz parte de nossa memória musical para todo o sempre. E olha q nunca fui bicho grilo... A liás, a história de Raul não tem a ver simplesmente com um cara louco, bicho-grilo, drogado e alcoolatra. Nãããoooo... Ele é a alma do Rock Brasil, dono de versos incríveis e sacadas geniais. Ou vc acha q alguém mais conseguiria ser tão sarcástico a este ponto? "Eu devia estar feliz pelo Senhor/ Ter me concedido o domingo/ Prá ir com a família/ No Jardim Zoológico/ Dar pipoca aos macacos.../ Ah! Mas que sujeito chato sou eu/ Que não acha nada engraçado/ Macaco, praia, carro/ Jornal, tobogã/ Eu acho tudo isso um saco...". Sim,"Ouro de Tolo" de isso mesmo q vc está pensando: sensacional.
Na semana q passou tive o privilégio da companhia de grandes amigas ao assistir ao filme "Raul: o Começo, o Fim e o Meio" e me vi rindo e chorando ao mesmo tempo diante de uma existência tão bacana. Totalmente desvairada, mas de uma coerência absurda dentro do que ele se propôs fazer da vida dele.
Raul era uma estrela. E isso inclui todos os prós e contras desta realidade. Mulherengo, largado, inteligente pacas, bonito e feio ao mesmo tempo, drogado, bêbado, inquieto. Maluco beleza... Totalmente. E dá pena quando a gente se depara com esta figura nos abandonando. Sim, até o fim ele seguiu os próprios preceitos e isso o torna ainda mais sublime, mas dá dó. Afinal, perdemos uma mente absolutamente rica, fértil, cheia de contradições e coisas bonitas a serem ditas.
Enfim, Raul é isso. E não é por acaso mesmo que em qq show - seja lá onde e de quem for - sempre ouvimos uma voz: "Toca Raul!!". Ele era o cara!

quinta-feira, 22 de março de 2012

A perda da inocência

Uma câmera furiosa, diretores nervosos. Soma-se aí um magnífico ator e um roteiro polvilhado de ação. O resultado disso é adrenalina pura. Eu que não sou de filmes de ação, mas a cada dia dia assisto mais, fiquei de cara com o frenesi de "Protegendo o Inimigo". Sim, eu adoro Denzel Washington e acho q só pela sua franquia já vale o ingresso, mas este é especial. Especial como "Dia de Treinamento" (aliás, dizem q este é um cover) e "Chamas da Vingança". Uma raridade que une história bem amarrada com boas doses de correria. Recheada de porrada e tiros, é claro.
A ideia central é mostrar que sempre existem dois lados. E a CIA está no núcleo desta peleja, representada por um Denzel vivendo um ex-agente procurado por traições, com fala mansa e arroubos de violência, e o novato Ryan Reynolds, simplesmente um "zelador" de uma casa secreta da CIA na África do Sul, para onde são levados prisioneiros perigosos. Matt aguarda uma promoção para sair daquele lugar e casar-se com a namorada. Só q com a chegada de Denzel sua vida se transforma - e toma-lhe sustos, tiroteios, sangue por todos os lados.
O ritmo é tão acelerado que chega uma hora que o espectador perde o ar. E acompanha de perto as agrugas do jovem Matt (Ryan), vendo o sofrimento de quem perde a inocência. Fotografia muito bacana e cenas trêmulas. Sensacional.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Uma ode ao tempo

"És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo tempo tempo tempo
Compositor de destinos
Tambor de todos os ritmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo..."

terça-feira, 6 de março de 2012

Palmas para Rodrigo Santoro

Entre um lamento e outro pelo fim de "A Vida da Gente", esqueci de contar que fui assistir a "Reis e Ratos". Estava curiosa para ver Selton Mello, Otávio Miller, Rodrigo Santoro... Tudo junto: só podia dar samba. Reuni as amigas (ou elas me incluíram no programa delas) e fomos para o cinema. Fora uma senhora que não parava de rir alto pacas pouco atrás da gente, não ouvi muitas gargalhadas. O argumento é maneiro, mas o roteiro é confuso.
Apesar disso, não posso deixar de destacar as atuações, principalmente de Rodrigo Santoro (foto), que se mostrou a criatura mais nojenta que já vi num filme brasileiro - fora o Zé do Caixão - diga-se de passagem. O moço tá mostrando ao que veio. Dizem inclusive que seu Heleno de Freitas é sensacional. Vou ficar aguardando...

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

2012 chegou...

Detalhe que não pode passar despercebido: FELIZ ANO NOVO!!!!!!!!!!!!!!!!!

O Artista

Curioso é um filme em preto-e-branco e mudo ganhar o Oscar. Diante da grandiosidade da indústria atual, isso deve sinalizar algo para aqueles envolvidos mais diretamente nas grandes produções. Vou assistir ao filme e depois comento.

3D

Fui ao cinema na última sexta-feira assistir ao Star Wars em versão 3D. Sim, sou cinéfila apaixonada pro estes efeitos recém-descobertos por mim. Só que descobri, bastante frustrada, que esta história de refazer o filme não funciona - os efeitos ficam muito aquém do esperado. Vi o trailer de Homens de Preto III e fiquei babando... Muito superior à saga de George Lucas.
Detalhe: o cinema estava cheio de pequenas baratas ao fim da sessão. é claro que não pdoeria deixar passar em branco e enviei um e-mail bem delicadinho para o UCI. Cinema não é coisa barata e o mínimo q os caras podem oferecer é limpeza.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Tô me guardando para quando o Carnaval passar...

Amigos se surpreenderam quando eu disse que neste ano estou absolutamente fora da folia momesca. Sim, é verdade. Estou exausta e não vejo a hora de sair da cidade, estar entre os meus, colocar minhas Havaianas e bebericar minha cerveja sem hora para acabar. A verdade é que, além do cansaço por conta do excesso do trabalho, meus últimos Carnavais foram frenéticos. De modo que no final da festa no ano passado já tinha decidido que em 2012 alguma coisa tinha que ser mudada. Blocos cheios, muito calor, pouca novidade.
É fato que até tracei planos de bailes e festejos que queria ter ido - poucos, mas bons. Ou seja, não esperava que a mudança fosse tão radical. Em função da rotina exaustiva das últimas semanas, porém, nada poderia ser melhor. Leio as matérias, assisto a tv, ouço os sambas e nada me anima. Realmente, a fase é de sombra e água fresca. Após cinco anos de absoluto frenesi, é chegada a hora do descanso do guerreiro.
E, para quem fica, muita alegria e confete.
Até a volta.

Descendentes

Gosto da sinopse do filme "Os Descendentes (The Descendants)", de Matt King, que concorre aos Oscar. Gosto de como o filme começa, com o personagem de George Clooney afirmando que todos os seus amigos acham que, só porque ele vive no Havaí, sua vida é uma alegria só, regada a surfe, bebidas e hula-hula. “Eles são loucos? Acham que somos imunes à vida?”, ele pergunta. Gosto do ator, que além de lindo mostra nesta película que estava absolutamente iluminado nesta atuação. E só.
Sou cinéfila e, como tal, me coço toda todos os anos para assistir a todos so filmes que concorrem a estatueta maior do cinema mundial, mas ou ando bem desanimada ou realmente comecei mal a minha saga entre os concorrentes. Não que "Os Descendentes" seja ruim. Além do citado acima, há uma fotografia interessante, outros bons atores, um roteiro interessante, mas a maneira como a história é contada é muito devagar, c ansativa, beirando até a chatice.
Minha expectativa não era de um dramalhaõ mexicano, embora tudo leve a crer que é disso q se trata o filme. Afinal, a esposa de Matt, Elizabeth, sofreu um acidente de barco e está em coma somente esperando pela morte. Sua família está às voltas com a venda de um imenso terreno que vale uma verdadeira fortuna, herança de um parente distante na árvore genealógica, e Matt é o responsável por escolher o comprador ideal. Sua filha mais velha é uma garota problemática no colégio em que estuda, enquanto Scottie - a mais nova - é uma menina precoce, que solta palavrões com uma facilidade incrível. Para piorar a situação, ele descobre que a esposa tinha um caso no qual estava apixonada, pensando inclusive em divórcio.
Bom roteiro, não? Não. É aquele tipo de filme em que vc passa o tempo todo esperando a grande virada do protagonista, que nunca vem. Rubens Ewald Filho disse que é um filme bom, sem ser excepcional... Não sei, tenho minhas dúvidas. Mas vale por Clooney, que consegue simplesmente nos fazer esquecer do galã que é... Vale o Oscar.



Os Descendentes é um belo filme, em que, mais do que a trama, que poderia muito bem ser a de um dramalhão mexicano, tem todo o seu destaque focado nos atores. George Clooney entrega sua melhor performance, em uma atuação cuja sinceridade comove e, se o mundo for justo, vai ganhar o Oscar. As meninas Shailene Woodley e Amara Miller dão show, apesar da pouca experiência em tela. E Judy Greer, que tem apenas três cenas como a esposa do amante de Elizabeth, brilha como nunca.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Um dia, um adeus...

Não, não sou boa de despedidas. Isso já sei há tempos. Talvez seja o meu legado na morte repentina do meu pai. Sou chorona, penso e repenso, personalidade totalmente em dúvida. Sempre. Hoje, por absoluta falta de vontade de continuar pensando, analisando, avaliando a minha vida e os caminhos q ela tomou tive coragem de bancar um abandono. Um abandono vindo de mim: dei um tempo da terapia.
Eu sei que já vinha cogitando esta possibilidade há meses, mas a coragem vinha e voltava. Cada dia uma novidade me fazia pensar melhor. Uma novidade e a certeza de que é muito difícil encarar a vida de frente sozinha. Absolutamente só. Sem ter a quem pedir uma opinião, sem ter aquela hora semanal para desabafar até cansar, sem ter certeza de que a estrada pode ser proveitosa.
Você vai pensar, nobre leitor, que a gente acaba criando uma dependência e que não há conselho terapêutico que seja certeiro, até porque analistas não são deuses. Mas aprendi que ter uma pessoa ao nosso lado que nos conhece muito e que estudou a psicologia por anos a fio, no mínimo, nos garante que mesmo se render uma grande merda em algum momento vc vai sair lucrando. Pelo menos é um alento...
Com o tempo, a terapeuta ganha uma importância monstruosa na vida de qualquer reles mortal. A minha se transformou numa amiga, numa confidente, numa quase-mãe - embora a minha ainda exista e eu a ame muito. Tudo isso num pacote embrulhado com os laços de fita do conhecimento. Ou seja, tristeza por deixá-la, alívio por parar de me deparar comigo mesmo.
Sim, a terapia é este momento. E cada um sabe "a delícia e a dor de ser o que é". Eu, absolutamente exausta dos meus questionamentos, jogo a toalha. Não aguento mais me olhar, não aguento mais buscar novos caminhos. Quero descansar um pouco. Eu sei: é um adeus temporário, mas necessário. Ao fim de sete anos, preciso simplesmente ser um barco à deriva e parar de me debater contra as ondas.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Ahn?!...

Desânimo é pouco.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Detalhes

Hoje acordei pensando que pouco nos damos conta da beleza do que está ao nosso lado. Uma cor bonita na fachada da casa do vizinho, um prédio diferente que surge a duas quadras, um outdoor que chama a atenção. Isso sem falar na beleza das coisas que não foram criadas pelo homem. Uma lua cheia, um céu azul, uma árvore diferente, um animal dócil.
Há anos passo na Av. Presidente Vargas no caminho para o trabalho. Desde ontem reparo nas árvores ao longo do rio que ganharam um tom verde limão neste verão atípico. Com copas imensas e muito redondas, seus caules fortes, galhos que parecem tentáculos que brigam por um pouco da luz do sol.
Detalhes que fazem a vida valer a pena...

Salada mista

Uma salada mista, com direito a troca de pares. É assim “O Amor e Outras Drogas”. É muito assunto para um filme só: é um romance, uma comédia romântica, um drama. Discute a indústria farmacêutica, a masculinidade, o Mal de Parkinson. Putz, chega uma hora q o espectador não sabe se ri ou chora... Graças a Deus, o filme tem Anne Hathaway (linda de viver!) e Jake Gyllenhaal (ai, ai, ai...), que seguram as pontas e mostram o que é ter tesão por alguém.
A história se passa nos anos 90. Jamie (Gyllenhaal) larga o emprego que tinha em uma loja de eletrônicos e, com o objetivo de ganhar dinheiro com seu charme, passa a trabalhar como representante de vendas de uma empresa farmacêutica. Só que em meio a suas andanças (que inclui muita galinhagem e jogo de charme!) conhece Maggie (Hathaway), uma bela jovem que sofre de Mal de Parkinson.
O boom da indústria farmacêutica dos anos 90, marcada pela alta dos antidepressivos e, mais tarde, do Viagra, é bem explorado, mas o restante fica muito mal explicado. Vale pelo casal de protagonistas e pela mensagem do fim: na verdade, a vida sempre nos surpreende.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Parábola

Um velhinho doente vivia há anos à beira de um lago reconhecidamente terapêutico. Há anos, suas águas eram procuradas por gente de todo o mundo que queria se curar de suas mazelas. Dizia a lenda que um dia específico a cada ano aqueles que entravam e se banhavam naquelas águas se curavam de toda e qualquer doença. O senhor assistia a tudo aquilo, impávido.
Sua cama ficava em frente ao lago e, embora bastante debilitado, por algum motivo, ele não acreditava naquela história e nunca... nunca mesmo o senhorzinho se entusiamou em mergulhar no lago, nem que fosse para comprovar ou não a veracidade daquela história.
...
Peço a Deus a disposição de mergulhar no lago que se abre à minha frente...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Se beber...

Quem nunca bebeu até o juízo e no dia seguinte teve uma amnésia? Comigo foi só uma vez e desde então elegi o espumante meu maior inimigo etílico. Maldito... rsrs... Só rio agora, é verdade, pq no dia seguinte não me pareceu nada engraçada aquela situação em que poderia ter acontecido qualquer coisa - e quando eu digo isso é qualquer coisa messsssmo! - e eu não me lembrar... mêda...
Mas isso foi há dois anos. Disso eu me lembro. O reveillon deste ano, porém, repetiu a dose. Não comigo, mas sim com meus amigos "piores". Já contei aqui que agora faço parte de um grupo que se autodenomina "OS PIORES"?? Imagina o perfil da galera... Pois é... No reveillon eles mostraram sua verdadeira cara. Uma loucura. Mas isso é papo de coxia.
Em homenagem a eles, eu e meu parceiro resolvemos rir um pouco e pegamos no dvd neste finde (que deveria ter sido chuvoso, segundo o Climatempo) o "Se beber, não case" - partes I e II. Ele já tinha assistido; eu estava debutando. Qualquer coisa que eu diga aqui vai parecer lugar comum, mas não posso deixar de comentar que minha barriga doía de tanto que ri. Principalmente na primeira parte desta saga de bebuns desmemoriados.
Putz, há tempos não me divirto tanto no cinema. A ideia não tem nada de excepcional, mas os absurdos do roteiro são sensacionais. Imagina acordar depois de uma noitada -a despedida de solteiro de um amigo em Las Vegas - em um apartamento totalmente destruído com uma galinha que transita entre os móveis, um tigre preso no banheiro e um amigo desaparecido? Talvez nem os Piores conseguissem tal façanha...
Além do roteiro, a fotografia é maneira, o trio de protagonistas é maravilhoso (Phil - Bradley Cooper (lindo de morrer!), Stu - Ed Helms, num personagem impagável - e Alan - Zach Galifianakis, em mais uma atuação hilária! - e Doug - Justin Bartha, o suficiente para contar sua história), as participações são bacanas (com destaque para Mike Tyson) e a direção tem pegada. Todd Phillips agarra o espectador mais desavisado de uma maneira indescritível. Sim, "The Hangover" - a Ressaca, em bom português - é a nossa cara.
Já a parte II, tenho minhas ressalvas. Os caras continuam os Piores (estes são famosos!!) e adoro revê-los. A situação também se repete (sim, exatamente igual), ou seja, é para rir mesmo, mas os clichês me incomodam, sem contar no peso da mão de quem escreveu as piadas. Achei meio apelação, embora os personagens continuem incríveis. Como no primeiro, eles viajam às vésperas de um casamento - desta vez é de Stu ( no primeiro era Doug) e a cerimônia será em um resort na Tailândia. Destaque para Heather Graham (no papel de uma stripper, recusado por Lindsay Lohan). Uma graça...
Minha indicação é pelo primeiro, mas se vc tiver tempo, vale a pena dar uma curtida no segundo - para não perder o hábito. É provável que vc se veja refletido na tela ou então simplesmente lembre de um amigo. Sim, eu me vi nas duas situações. E não poderia ser diferente: afinal, sou uma Pior. Rsrs...

Aos nove dias...

Aos nove dias de 2012, cá estou eu numa TPM duca. Não, ninguém reclamou deste meu estado de espírito mezzo irritadiço, mezzo deprê. Eu é q fico incomodada. Mas hoje tem terapia - a salvação dos reles mortais.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012