Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Descendentes

Gosto da sinopse do filme "Os Descendentes (The Descendants)", de Matt King, que concorre aos Oscar. Gosto de como o filme começa, com o personagem de George Clooney afirmando que todos os seus amigos acham que, só porque ele vive no Havaí, sua vida é uma alegria só, regada a surfe, bebidas e hula-hula. “Eles são loucos? Acham que somos imunes à vida?”, ele pergunta. Gosto do ator, que além de lindo mostra nesta película que estava absolutamente iluminado nesta atuação. E só.
Sou cinéfila e, como tal, me coço toda todos os anos para assistir a todos so filmes que concorrem a estatueta maior do cinema mundial, mas ou ando bem desanimada ou realmente comecei mal a minha saga entre os concorrentes. Não que "Os Descendentes" seja ruim. Além do citado acima, há uma fotografia interessante, outros bons atores, um roteiro interessante, mas a maneira como a história é contada é muito devagar, c ansativa, beirando até a chatice.
Minha expectativa não era de um dramalhaõ mexicano, embora tudo leve a crer que é disso q se trata o filme. Afinal, a esposa de Matt, Elizabeth, sofreu um acidente de barco e está em coma somente esperando pela morte. Sua família está às voltas com a venda de um imenso terreno que vale uma verdadeira fortuna, herança de um parente distante na árvore genealógica, e Matt é o responsável por escolher o comprador ideal. Sua filha mais velha é uma garota problemática no colégio em que estuda, enquanto Scottie - a mais nova - é uma menina precoce, que solta palavrões com uma facilidade incrível. Para piorar a situação, ele descobre que a esposa tinha um caso no qual estava apixonada, pensando inclusive em divórcio.
Bom roteiro, não? Não. É aquele tipo de filme em que vc passa o tempo todo esperando a grande virada do protagonista, que nunca vem. Rubens Ewald Filho disse que é um filme bom, sem ser excepcional... Não sei, tenho minhas dúvidas. Mas vale por Clooney, que consegue simplesmente nos fazer esquecer do galã que é... Vale o Oscar.



Os Descendentes é um belo filme, em que, mais do que a trama, que poderia muito bem ser a de um dramalhão mexicano, tem todo o seu destaque focado nos atores. George Clooney entrega sua melhor performance, em uma atuação cuja sinceridade comove e, se o mundo for justo, vai ganhar o Oscar. As meninas Shailene Woodley e Amara Miller dão show, apesar da pouca experiência em tela. E Judy Greer, que tem apenas três cenas como a esposa do amante de Elizabeth, brilha como nunca.