Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sobre Norminha, Abel e outros bichos

Na onda da última semana de Caminho das Índias, confesso que passei a achar a novela de Glória Perez inteligente. Não só no tocante ao visível paralelo da nossa cultura com a indiana, mas pelo jopgo de cintura de tentar mudar um paradigma de uma sociedade - machista, como a nossa. A istória de Norminha e Abel é a mais moderna deste folhetim. Vc se lembra de um casal novelesco em que o cara é corno sabido e ele assume seu amor e seus chifres, tranquilamente. Melhor: os grupos de discussão pediram a volta da dupla. É claro que Anderson Muller e a fantástica Dira Paes têm muito a ver com esta empatia, mas é fato que a história replica um pouco do nosso dia-a-dia e , como tal, é aceita (e até é alvo de torcida) pelos espectadores.
É uma mudança de paradigma.
Eu sinceramente acho que não era sem tempo. Sempre vejo mulheres que aceitam as traições de seus maridos nas telinhas - por amor, vá lá! - mas nunca tinha assistido a nada igual. Em horário nobre. E o mais interessante - e acima de tudo - é que Abel é um personagem que não queria descobrir as traições de Norminha, ele era feliz daquela forma (bebendo seu leitinho com sonífero todas as noites) e até nocauteou o amigo que dedou as voltas que a mulher dava nele.
Muito bom!!
Na semana passada, quando fui ao salão, coincidentemente, o tema das conversas era traição. Uma das manicures contou uma historinha qu eestarreceu metade do local: uma vizinha (quarentona, mas bem gostosa ainda) dividia seu teto com o marido e o amante - 20 anos mais jovem. Quase caí para trás, mas achei digno de um reoteiro. É quase um "Eu , Tu, Eles" da vida real.
É o sinal dos novos tempos.
Enfim, ponto para Glória Perez.

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