Descobri neste finde que se achamos que a indústria cinematográfica está em crise em função da falta de bons roteiros não conhecíamos os problemas da indústria cinematográfica especializada em filmes de ação. Posso dizer que tenho visto sete de 10 filmes novos que estão nas prateleiras nesta área. Cruzes!! São de doer. O negócio é tão fraco que nem me lembro do primeiro de quatro fitas que assisti, sendo as duas primeiras de ação.
... Lembro que comecei com "Revolver". Um filme do Guy Ritchie (é o ex da Madonna??) que dá tristeza.
... Depois, fiquei na companhia de "Cash, o grande golpe". O roteiro parecia bom, mesmo sendo francês: um famoso vigarista de Paris tem um esquema de falsificação, mas ele quer partir para algo mais lucrativo na Riviera Francesa: diamantes. O problema é que ele possui um rival à sua altura e o fato pode gerar diversos problemas. Assim, todos se envolvem em um jogo que alia traições e muito dinheiro, no qual alguém, fatalmente, sairá perdendo.
Pois é. Bola fora. É na verdade uma reprise de tudo o que vc já viu - só que está no Supercine - aquela sessão de sábado à noite, saca? Tem uma certa graça, mas nem a presença de Jean Renno - o ator que mais faz filmes de ação na França - é o suficiente para segurar a onda. A surpresa do fim não surpreende ninguém.
... Tb assisti a "Sete Vidas", o politicamente correto de Will Smith. Vá lá. É bacana, o cara é bom ator, o roteiro é meloso, mas inteligente. Mas... Sinceramente, não tenho paciência para estes filmes chorosos, destes que apelam para suas lágrimas. O fato de terem me dito que eu choraria horrores - como é de costume - me impediu de derramar uma lágrima. Ou seja, dá para quebrar um galho.
... E por fim assisti a "Foi apenas um Sonho", com Leo di Caprio e Kate Winlet, o casal 20 de Titanic. Desta vez, eles são um casal nos anos 50 às voltas com frustrações e mágoas mal resolvidas. Eles interpretam April e Frank Wheeler num drama dirigido por Sam Mendes, atual marido da atriz. Pode-se dizer que o tema é o mesmo do filme que consagrou Mendes, Beleza americana (1999): a vida medíocre da família suburbana americana, a rotina de um casal e a dificuldade de superá-la. O roteiro é bacana e os diálogos nos levam a crer q realmente tem que haver gente especializado neste troço para dar liga como se fosse vida real. Vale a pena ver, porque trazemos um pouco do filme para o nosso dia-a-dia, questionamos o que é a felicidade para cada um e o peso que abrir mão de sonhos pode refletir no futuro. Porém, também não surpreende no fim.
Detalhe: Léo Di Caprio continua liiiiiiiiiiindo!
Kate Winslet (minha querida) levou Globo de Ouro de melhor atriz pelo filme.
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