Estou convencida de que só nos damos conta da importância de alguém ou algo em nossas vidas quando a perdemos. Triste constatação, mas a mais pura verdade. Fico imaginando porque nós, seres humanos, dotados de tamanha inteligência, não somos capazes de dar valor aquilo ou aqueles quando estão ao nosso lado, partilhando do nosso dia-a-dia. Seríamos tão mais felizes.
E isso vale para tudo nesta nossa breve jornada. Um “bom dia” do porteiro, uma lambida do cachorro, uma ligação da mãe, um choramingo do filho, um “por onde vc andou?” do nosso amor. E também um All Star de cor diferente, que vc nunca conseguia combinar com nada; um cd muito pouco ouvido, que jamais saiu da prateleira do quarto; um jogo de copos de cristal, que só foi usado uma vez. Para ser o mais básico possível. Tudo começa a fazer falta a partir do momento em que não está mais ali, onde nós os deixamos um dia...
Pensa bem...
Basta você ter uma boa proposta de trabalho e sair da empresa onde há anos as pessoas achavam que você só fazia a sua obrigação que a sua chefe espalha para os quatro cantos o quanto você era competente. Aconteceu com uma amiga próxima. É só você começar a fazer novos programas que aquela sua amiga que estava sempre ocupada para te ouvir já reclama a sua presença. Já ouvi vários relatos a respeito. E se vc cansar de estar sempre disponível para aquele seu namorado que pensava que você era invisível, pode crer que ele descobrirá o quanto você era importante na vida dele. Já aconteceu comigo – algumas vezes.
Impressionante como somos imaturos e incapazes de valorizar o que está bem embaixo do nosso nariz. Enquanto podemos aproveitar a presença de coisas e pessoas, nos apegamos a questionamentos menores. E daí, mais tarde, ouve-se “bem que eu era feliz”. Será que não está na hora de sermos felizes agora? Dizem que a maior felicidade é quando nos tocamos que estamos vivenciando este momento mágico naquele exato instante...
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