Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A vida imita a arte

Tô muito emocionada com o movimento de "carioquice" que tenho visto nos últimos dias. O orgulho de ser carioca, de viver nesta cidade, de ser parte dela voltou. O Rio é a nossa casa, mas andava tão bagunçada q preferíamos jogar a sujeira embaixo do tapete e, por isso, cada vez mais íamos perdendo o amor por ele. Estranhamente, num momento de tanta violência, este sentimento ressurge. Com uma força nunca vista...
E isso se deve a um trabalho - que independe de sua linha política (e ele tem mesmo)- deveria ter começado há tempos. É um mopvimento de cuidado, de respeito com a cidade em que vivemos, de tratar as causas dos problemas cariocas, não os sintomas.
Me comove ouvir as pessoas falando bem da nossa polícia, do nosso governo, do Bope. E isso, é fato, deve-se ao sensacional filme de José Padilha. Ficção e realidade se confundem, mas é uma confusão do bem. Assim como em outros países em q o cinema elevou a auto-estima da população, aqui o filme "Tropa de Elite" eleva a esperança do carioca (e até do brasileiro) em dias melhores. Ver as pessoas acenando para o Bope passar, dando força às suas ações, acreditando no seu poder de fogo, não tem preço.
É a volta da esperança da população, já tão castigada pela violência, já tão vítima de maus políticos, já tão atingida por mazelas criadas pelas diferenças sociais. E este sentimento repercute do outro lado: é o apoio que estes soldados precisam num momento delicado como esse.
É de chorar... Acreditem...

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