Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Cazuza vive

Há 20 anos morria o grande poeta da minha geração. Depois dele, só Renato Russo. Aqui, porém, não cabem comprações, até pq são poetas com linhas tão diferentes, pensamentos tão distintos diante da vida. Cazuza era a acidez em pessoa, a alegria contagiante, a vontade de viver. E indenpendente de qq dor, vamos em frente. Talvez este tenha sido seu maior legado. A mensagem que ficou. Maior talvez do que sua própria obra, recheada de um sarcasmo e uma ironia fina nunca antes nem depois obtidos por outro.
Naquele sábado, dia 7 de julho de 1990, me lembro bem da notícia. Assistia ao Jornal Hoje. Tristeza absoluta na música brasileira, na juventude brasileira. O que dizer diante da estupidez da morte? Ele sairia e tomaria um porre. Nós preferimos chorar - não temos esta mesma veia extremista. Exagerado.
Rapidamente nos demos conta, porém, do tamanho de sua grandeza. Impossível ser diferente. Nas nossas tvs, nos nossos rádios, nas nossas vidas, no nosso dia a dia. Dono de canções que nos embalarão para todo o sempre. A nós e aos que virão...
Cazuza vive. O poeta está vivo mesmo, 20, 30, 50 anos depois.

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