Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Qual foi a Copa da sua vida?
Enquanto vejo todo o movimento em torno desta Copa, penso no quanto estes torneios mundiais fazem parte de nossas vidas. Nós, brasileiros, somos mesmo apaixonados por futebol. É o momento em que podemos mostrar nossa supremacia, nosso conhecimento, nosso talento. É quando nossa auto-estima está mais à flor da pele. Por isso, somos 110 milhões de técnicos. Nascemos sob a égide a gorduchinha mesmo.
Eu poderia contar minha trajetória através das Copas que vivi. Aliás, acho q qq brasileiro podia fazer isso. No ano tal, eu estava assim, assim. No outro, já estava mais velho e namorava fulano. Na seguinte, já estava casado ou com filhos. Enfim, é uma marca que carregamos.
A Copa de 82, para mim, foi uma das mais bonitas. É a primeira que tenho lembranças fortes. Foi quando ainda criança participei da festa no meu bairro, fazendo bandeirinhas e balões, pendurando-as por toda a extensão da minha rua, pintando muros e asfalto com as cores e os ícones daquele ano. Me lembro que o mascote era o Laranjito. Era uma seleção muito baseada no Flamengo, time de coração do meu pai - e lá estavam Zico, Junior (que é a cara do meu pai) e o Leandro. O técnico era o Telê. Me lembro bem de assistir aos jogos na sala de casa com meu pai... Mas não levamos esta.
A de 94 é a que mais me toca. Tb por conta da relação paterna. Me lembro de ter montado com um grupo de amigas uma barraquinha de festa junina no meu bairro. Éramos seis. A idéia era arrumar um dinheirinho para os findes. Uma tv foi colocada na barraca e dali assistimos a todo o campeonato. Lembro daquele jogo do Brasil contra a Holanda, em que Branco soltou uma bomba memorável. O gol do Bebeto oferecido ao filho recém-nascido. O Romário que não perdia uma na cara do gol. Éramos animadíssimas e meu pai sempre estava na farra com a gente. Nos jogos, não sabíamos se vendíamos os sanduíches na barraca ou se roíamos as unhas. Até usávamos uniforme: uma blusinha branca com a bandeira brasileira. O campeonato foi memorável. Um pileque entre amigos.
Em 2002, foi outro mundo. Para mim, a vitória da superação. Ronaldo Fenômeno, meu ídolo, deu show de bola, mostrou todo o seu potencial e o quanto ainda fazia diferença no time. Acordava cedo para ver os jogos. Fiquei tão empolgada com o sucesso daquela campanha, pilotada pelo Felipão, que no retorno da seleção fiz plantão na Cinelândia para vê-los passar e agradecer aquela alegria. Muito legal.
Este ano tb vai ter suas histórias, é claro. Minha programação é totalmente diferente das anteriores. O mundo é redondo, como uma bola. Muda muito rapidamente de posição. E a gente tb. Tô mais madura, mais confiante, mais crescida. Só o que não muda é a minha felicidade de poder assistir a mais um campeonato mundial. Não sei se seremos hexa, mas torço por eles. Torço pro nós. Afinal, é um momento especial. E nós, brasileiros, tb precisamos de alegria.
Pra frente, Brasil! Rumo a mais um evento que vai marcar nossas vidas...
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