Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Morte e vida

Nem bem postei os nivers do meu irmão e de Chico, a notícia da morte do escritor português José Saramago caiu como uma bomba. Pois é, a vida é assim mesmo, cheia de alegrias e tristezas, muitas vezes simultâneas. Autor de livros sensacionais como "Ensaio sobre a cegueira" e o "Evangelho Segundo Jesus Cristo", Saramago deixa um grande legado: sua obra.

Frases dele:

Em entrevista ao jornal "O Globo", em 2009, na época do lançamento de seu último livro, "Caim":

"No fundo, o problema não é um Deus que não existe, mas a religião que o proclama. Denuncio as religiões, todas as religiões, por nocivas à Humanidade. São palavras duras, mas há que dizê-las."

"Para mim, a Bíblia é um livro. Importante, sem dúvida, mas um livro."

Em entrevista ao "El País", no ano passado:

"A morte é a inventora de Deus."

"Deus, o diabo, o bom, o ruim, tudo está na nossa cabeça, não no céu ou no inferno, que também inventamos. Não percebemos que, tendo inventado Deus, imediatamente nos escravizamos a ele."

"Há quem me nega o direito de falar de Deus, porque não creio. E eu digo que tenho todo o direito do mundo. Quero falar de Deus porque é um problema que afeta toda a humanidade."

Em entrevista a Edney Silvestre em 2007:

"Sim, tenho o Prêmio Nobel. E quê? Não que eu achava pouco ter o Prêmio Nobel, não, não. É que no fundo, no fundo, tudo é pouco, tudo é insignificante."

"As pessoas transformam-se em máquinas de ganhar dinheiro. Ou de tentar ganhar dinheiro."

"Mas então ninguém percebe que matar em nome de Deus é fazer de Deus um assassino?"

Entrevista à revista "Época", em 2005:

"Não consigo temer a morte".

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