Um ano após a morte do mito Michael Jackson, tive o prazer de assistir a "This is It". Simplesmente isso. Ou "é isso!". Madrugada de domingo para segunda, deitada no meu ninho, não consegui desgrudar da telinha.
Sim, fiquei com preguiça de ir ao cinema e esperei que a Rede Globo ou GNT fizesse este favor. Pois é... Me arrependi. Mas enfim faz parte da vida dar uns "moles". Mas, assim como eu, vc aproveitou a oportunidade? Não? Então, corra para ver. Corra. Alugue ontem. Porque até quem não apreciava o menino-homem que virou o rei do pop ficou boquiaberto. Palavras de um outro amigo que na segunda-feira não conseguia parar de comentar o filme.
Um casal de amigos queridos e frequentadores deste espaço.com já tinha me avisado sobre o quanto fenomenal é o filme (ou o show?) do mais famoso integrante do Jackson Five , mas sinceramente fiquei admirada. Espantada. Boba... Não consegui me desligar e vi tudinho até a subida dos créditos. E num domingo isso não é tão fácil assim...
MJ realmente era uma grande estrela. É só o que posso dizer. Cantor sensacional, bailarino indefectível, pessoa doce. Pelo menos foi o que vimos.
A edição não é das melhores, mas vale pelo espetáculo, pela viagem pelos tempos da discoteca, do pop-rock, da música lenta para dançar junto. Acredite: vai te dar vontade de imitar o "Moonwalk", acompanhar a coreografia de Thriller ou vestir um sapato preto e deixar a meia à mostra.
This is it!
Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Na forma da lei
Fiquei bastante curiosa com a estréia de "Na Forma da lei". Mais ainda quando soube da impossibilidade de assistir ou por outros compromissos ou pelo cansaço na edição seguinte. Fato é que consegui assistir ontem.
Que Wolf Maia aprendeu direitinho a fazer cenas de ação com os nossos amigos norte-americanos, não há dúvida. E que o texto é bem amarradinho tb. Ponto desta vez para Antônio Calmon. Ter Paulo Miklos no elenco de ontem, então, é um luxo só, pq o cara dá baile sempre... A história é que achei meio bobinha, caricata, bocó... mesmo tendo Ernani Moraes como bandido - o que para ele não deve ser difícil pq sempre o achei com cara de mau.
Agora, sobre o elrnco, para mim, o seriado - que tem toda a pinta de ter sido criado no rastro das séries do Tio Sam, como Law & Order - apresenta as duas mulheres mais bonitas da tv brasileira, ambas boas atrizes e principlamente que cresceram muito com o tempo: Ana Paula Arósio e Luana Piovani. Mas a história da promotora (Arósio) que perde o marido e vive da lembrança dele com um grupo de amigos em busca de justiça é meio inverossímel. A delegada gente boa, mãe de duas filhas, tb não tem a ver. E a carinha da Piovani não leva ninguém a crer q ela seria capaz de atirar como ninguém. Menos, Calmon, menos...
Aprovei as carinhas novas e os mais "cascudos". Aqui, leia-se Leonardo Machado e Samuel de Assis, na primeiras categoria, e Luis Melo e Marcio Garcia, na segunda. performances que prometem dar o que falar.
Vamos aguardar.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Copa IV
O Agamenon de hoje tá sensacional e aqui eu replico sua dúvida: começa hoje a fase de mata-mata na Copa para o Brasil. Vamos ver se o Dunga nos matará de raiva ou de alegria...
Eu quero muito que seja de alegria!
Eu quero muito que seja de alegria!
Copa III
E por falar em Argentina tenho q registrar o que ouvi no sábado à noite de um conhecido do meu digníssimo. Segundo ele, ontem, no domingo, ele e os amigos se encontrariam para fazer uma "corrente para trás". lembram da corrente para frente brasileira? Pois é... O objetivo dos caras é fazer o movimento contrário.
Muito bom!
Muito bom!
Copa II
Tb fiquei com medo dos juízes bundões e cegos. Deus do Céu! Tudo bem que já fomos beneficiados por um deles, mas no caso da Inglaterra foi surreal. Tô vendo a hora de sermos lesados tb...
Copa
Vi os jogos do fim de semana e é fato que a Copa das Zebras terminou na primeira fase do campeonato mundial. Agora, é vai ou vai mesmo. A Argentina é meio babaca mesmo, mas os caras estão afiados. Mas o que me chamou mais aatenção foi a Alemanha. Tá de dar medo.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
E segunda?
E segunda-feira que venham os chilenos.
Será q vai rolar de a gente mandar eles de volta para casa para tomar o vinho barato deles??
Ufa, tomara...
Será q vai rolar de a gente mandar eles de volta para casa para tomar o vinho barato deles??
Ufa, tomara...
Solidária? Eu?
E hoje, hein?!... Eu, crente que os portugueses iam voltar para o seu país com gostinho de toucinho do céu na boca para esquecer a amargura de uma goleada, me deparo com este joguinho de merda da turma do Dunga. Vou te dizer: eu tô do lado do cara, mas deste jeito tá foda de ser solidária.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
É nóis contra os portuga!
Amanhã é dia de comer bacalhau! E que venha o Cristiano Ronaldo... Vamos colocar o menino de volta para casa pq lugar de homem bonito é nos ensaios de revista. E tenho dito.
Cliente bom é cliente morto
Mais de uma vez já usei a frase que dá nome a este post para desabafar num momento de irritação. Mas confesso que a cada dia tenho mais certeza disso. Já não é um chavão após um mau dia. pense bem: não existe bom cliente, né? Uma exceção à regra, vá lá, mas de resto... Cruzes.
Eu mesma como cliente tento ser o mais simpática, a menos pentelha, a melhor de todas as criaturas. Afinal, minha vida é passar de um lado para outro deste balcão. E, vou te dizer, como é difícil isso.
Poucos sabem, por exemplo, que já fui vendedora de loja. E lembro bem o que falávamos quando um cliente trolha nos deixava a ver navios ou nos tratatava com grosserias. Hoje, acreditem, sou jornalista e tenho as mesmas dificuldades. O curso superior não mudou muito esta realidade.
Não sei se o problema é mesmo o mundo em que vivemos. O cliente , na verdade, não é simplesmente um ser que detém a grana para nos pagar. Ele é um ser humano - mesmo que não pareça (rsrs!). E como nós, seres humanos, estamos em franca crise (digo nós pq é a mais pura verdade) de identidade, imagino que isso repasse para todas as nossas relações. Por que seria diferente com a vendedora, com a recepcionista, com a assessora, com a secretária, com a advogada que só está tentando te ajudar num dado momento da sua vida? Ela que se foda.
Cheguei à conclusão que tendemos a despejar nossas frustrações qdo somos clientes, sabe? E isso é culpa do Código de Defesa do Consumidor. Ajudou em algumas coisas e piorou em outras. Por exemplo, em algum momento, disseram que o cliente pode tudo e nós (sim, nós) passamos a acreditar nisso. Aliás, pegamos isso como uma máximo de vida e "podemos tudo" a qualquer hora.
Opa, opa, opa, minha gente! Tudo, não!
Tem que haver um mínimo de educação e respeito pelo outro. Se não for pela ocupação dele naquele momento, pelo menos como pessoa. Tem que parar para pensar um minuto que aquela criatura tá ali para te servir, sim, mas não para aguentar seu mau humor e sua falta de amor. Tem que saber que é preciso ter limites. Tem que entender que se continuar agindo como um louco vai chegar um momento em que a mesma pedra que você jogou vai ser atirada contra você.
Enfim, momento desabafo.
Já estou pronta para outra. Tentando sempre ser uma cliente melhor, ou muito além disso, ser uma pessoa melhor.
Eu mesma como cliente tento ser o mais simpática, a menos pentelha, a melhor de todas as criaturas. Afinal, minha vida é passar de um lado para outro deste balcão. E, vou te dizer, como é difícil isso.
Poucos sabem, por exemplo, que já fui vendedora de loja. E lembro bem o que falávamos quando um cliente trolha nos deixava a ver navios ou nos tratatava com grosserias. Hoje, acreditem, sou jornalista e tenho as mesmas dificuldades. O curso superior não mudou muito esta realidade.
Não sei se o problema é mesmo o mundo em que vivemos. O cliente , na verdade, não é simplesmente um ser que detém a grana para nos pagar. Ele é um ser humano - mesmo que não pareça (rsrs!). E como nós, seres humanos, estamos em franca crise (digo nós pq é a mais pura verdade) de identidade, imagino que isso repasse para todas as nossas relações. Por que seria diferente com a vendedora, com a recepcionista, com a assessora, com a secretária, com a advogada que só está tentando te ajudar num dado momento da sua vida? Ela que se foda.
Cheguei à conclusão que tendemos a despejar nossas frustrações qdo somos clientes, sabe? E isso é culpa do Código de Defesa do Consumidor. Ajudou em algumas coisas e piorou em outras. Por exemplo, em algum momento, disseram que o cliente pode tudo e nós (sim, nós) passamos a acreditar nisso. Aliás, pegamos isso como uma máximo de vida e "podemos tudo" a qualquer hora.
Opa, opa, opa, minha gente! Tudo, não!
Tem que haver um mínimo de educação e respeito pelo outro. Se não for pela ocupação dele naquele momento, pelo menos como pessoa. Tem que parar para pensar um minuto que aquela criatura tá ali para te servir, sim, mas não para aguentar seu mau humor e sua falta de amor. Tem que saber que é preciso ter limites. Tem que entender que se continuar agindo como um louco vai chegar um momento em que a mesma pedra que você jogou vai ser atirada contra você.
Enfim, momento desabafo.
Já estou pronta para outra. Tentando sempre ser uma cliente melhor, ou muito além disso, ser uma pessoa melhor.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Pilates
Fiz uma aula experimental hoje de Pilates. Na minha eterna busca por me movimentar, soube de uma boa oportunidade - próximo ao trabalho e com professor exclusivo. Tudo o que preciso no momento.
Fui lá: achei sinceramente q é uma aula de musculação com equipamentos diferentes. Gostei algo mais por conta dos exercícios serem diferentes. Li que o resultado é bom: mais flexibilidade, autocontrole, músculos definidos, postura melhor. Acho que vou apostar nessa...
Fui lá: achei sinceramente q é uma aula de musculação com equipamentos diferentes. Gostei algo mais por conta dos exercícios serem diferentes. Li que o resultado é bom: mais flexibilidade, autocontrole, músculos definidos, postura melhor. Acho que vou apostar nessa...
Mistério desvendado
Vc acredita que fizeram o Jude Law ficar feio? Pois é... esta é primeira impressão que tive ao assitir Sherlock Holmes, de Guy Ritchie (é o ex-sr. Madonna?). Mas Sherlock não é só isso. Aliás, ele não é só isso e tb não é o que nós todos estamos acostumados. O personagem vivido por Robert Downey Jr. (em ótima forma) no cinema é modernoso, definido, metido a engraçadinho. Ok, e vai lá: interessante.
Com uma roupagem bem atual, o texto baseado em uma HQ inédita de Lionel Wigram e escrito por Michael Robert Johnson, Anthony Peckham e Simon Kinberg apresenta uma trama que fala um pouco do mundo esotérico, mas tem como pano de fundo a relação entre Watson e Holmes, óbvio. É legal, divertido.
Ritchie deita e rola com o personagem, explorando todas as suas facetas. O pensamento rápido é explorado com sequências de câmera lenta sensacionais, que antecedem as ações do detetive. O diálogo é veloz, rápido e desafiador. Eu mesmo tive q voltar algumas vezes para entender o bate-bola. Tudo o que Ritchie faz de melhor - e olha q eu nem gosto dele como diretor.
O que me incomoda neste filme, porém, é a necessidade de achar respostas fáceis para as histórias. Isso angustia. Holmes tem um olfato tão aguçado, tão aguçado, que tudo é explicado por meio desta sua qualidade. Isso não pode. Porém, para quem gosta de sair do cinema com o filme redondinho, entendendo tudo o q se passou na telona, é uma boa pedida. As cenas finais são voltadas a isso: à resolução da questão de forma bem didática. Para quem gosta, tá tudo lá mastigado. Ou seja, o mistério totalmente desvendado.
Com uma roupagem bem atual, o texto baseado em uma HQ inédita de Lionel Wigram e escrito por Michael Robert Johnson, Anthony Peckham e Simon Kinberg apresenta uma trama que fala um pouco do mundo esotérico, mas tem como pano de fundo a relação entre Watson e Holmes, óbvio. É legal, divertido.
Ritchie deita e rola com o personagem, explorando todas as suas facetas. O pensamento rápido é explorado com sequências de câmera lenta sensacionais, que antecedem as ações do detetive. O diálogo é veloz, rápido e desafiador. Eu mesmo tive q voltar algumas vezes para entender o bate-bola. Tudo o que Ritchie faz de melhor - e olha q eu nem gosto dele como diretor.
O que me incomoda neste filme, porém, é a necessidade de achar respostas fáceis para as histórias. Isso angustia. Holmes tem um olfato tão aguçado, tão aguçado, que tudo é explicado por meio desta sua qualidade. Isso não pode. Porém, para quem gosta de sair do cinema com o filme redondinho, entendendo tudo o q se passou na telona, é uma boa pedida. As cenas finais são voltadas a isso: à resolução da questão de forma bem didática. Para quem gosta, tá tudo lá mastigado. Ou seja, o mistério totalmente desvendado.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Morte e vida
Nem bem postei os nivers do meu irmão e de Chico, a notícia da morte do escritor português José Saramago caiu como uma bomba. Pois é, a vida é assim mesmo, cheia de alegrias e tristezas, muitas vezes simultâneas. Autor de livros sensacionais como "Ensaio sobre a cegueira" e o "Evangelho Segundo Jesus Cristo", Saramago deixa um grande legado: sua obra.
Frases dele:
Em entrevista ao jornal "O Globo", em 2009, na época do lançamento de seu último livro, "Caim":
"No fundo, o problema não é um Deus que não existe, mas a religião que o proclama. Denuncio as religiões, todas as religiões, por nocivas à Humanidade. São palavras duras, mas há que dizê-las."
"Para mim, a Bíblia é um livro. Importante, sem dúvida, mas um livro."
Em entrevista ao "El País", no ano passado:
"A morte é a inventora de Deus."
"Deus, o diabo, o bom, o ruim, tudo está na nossa cabeça, não no céu ou no inferno, que também inventamos. Não percebemos que, tendo inventado Deus, imediatamente nos escravizamos a ele."
"Há quem me nega o direito de falar de Deus, porque não creio. E eu digo que tenho todo o direito do mundo. Quero falar de Deus porque é um problema que afeta toda a humanidade."
Em entrevista a Edney Silvestre em 2007:
"Sim, tenho o Prêmio Nobel. E quê? Não que eu achava pouco ter o Prêmio Nobel, não, não. É que no fundo, no fundo, tudo é pouco, tudo é insignificante."
"As pessoas transformam-se em máquinas de ganhar dinheiro. Ou de tentar ganhar dinheiro."
"Mas então ninguém percebe que matar em nome de Deus é fazer de Deus um assassino?"
Entrevista à revista "Época", em 2005:
"Não consigo temer a morte".
Frases dele:
Em entrevista ao jornal "O Globo", em 2009, na época do lançamento de seu último livro, "Caim":
"No fundo, o problema não é um Deus que não existe, mas a religião que o proclama. Denuncio as religiões, todas as religiões, por nocivas à Humanidade. São palavras duras, mas há que dizê-las."
"Para mim, a Bíblia é um livro. Importante, sem dúvida, mas um livro."
Em entrevista ao "El País", no ano passado:
"A morte é a inventora de Deus."
"Deus, o diabo, o bom, o ruim, tudo está na nossa cabeça, não no céu ou no inferno, que também inventamos. Não percebemos que, tendo inventado Deus, imediatamente nos escravizamos a ele."
"Há quem me nega o direito de falar de Deus, porque não creio. E eu digo que tenho todo o direito do mundo. Quero falar de Deus porque é um problema que afeta toda a humanidade."
Em entrevista a Edney Silvestre em 2007:
"Sim, tenho o Prêmio Nobel. E quê? Não que eu achava pouco ter o Prêmio Nobel, não, não. É que no fundo, no fundo, tudo é pouco, tudo é insignificante."
"As pessoas transformam-se em máquinas de ganhar dinheiro. Ou de tentar ganhar dinheiro."
"Mas então ninguém percebe que matar em nome de Deus é fazer de Deus um assassino?"
Entrevista à revista "Época", em 2005:
"Não consigo temer a morte".
Nivers
quinta-feira, 17 de junho de 2010
O ideal
A idealização do outro é problema de dez entre dez seres humanos. Estamos sempre projetando no parceiro (ou em quem pretende ser) nossos desejos: queremos que ele seja perfeito e, se não o for, que pelo menos seja como nós. Quase perfeitos... Caso para psicologia mesmo...
"A Mulher Invisível" fala um pouco desta nossa necessidade, patológica ou não. É claro que com uma boa pitada de humor, o que não poderia deixar de ser. Afinal a intenção é fazer uma comédia romântica. Juntando um bom roteiro (assinado por Cláudio Torres, Adriana Falcão, Cláudio Paiva e Maria Luísa Mendonça), bela luz, figurino compatível, um elenco de primeira e direção segura de Claudio Torres, taí o que vc queria.
Pedro (vivido pelo indefectível Selton Mello) é um cara comum, que não pede muito da vida, apenas algum dinheiro e uma vida boa ao lado da mulher q ama. O problema é que a mulher que ele ama não é exatamente o que ele pensa que é. Vivida por Maria Luiza Mendonça, a moça fica grávida de gêmeos e o pai não é o marido, Pedro. Enquanto curte uma dor de cotovelo sem precedentes, Pedro conhece uma loira, linda e solitária vizinha, que toca sua campainha pedindo uma xícara de açúcar. Não é exatamente o que qq homem gostaria? A felicidade bate à sua porta.
Amanda (feita por uma Luana Piovani maravilhosa!) passa a ser seu objeto de desejo e o que é melhor: faz faxina na sua casa só de calcinha, prepara jantares deliciosos, adora fazer sexo, curte futebol até da terceira divisão e não liga a mínima quando ele sai com os amigos. É a mulher perfeita e, como tal, não existe. É a tal "mulher invisível", que só habita na imaginação de Selton.
Entre situações impagáveis, os conselhos cômicos do amigo Carlos (Vladimir Brichta) e a doçura da vizinha de verdade, Vitória (Maria Manoella), que é apaixonada por ele, Pedro mostra um pouco do que pode acontecer com quem sonha com o ideal (que, como o próprio personagem diz, é algo que habita o campo das idéias somente).
Bela pedida como diversão, o filme tb é oportunidade de reflexão sobre nós e nossos sonhos. O perfeito não existe. Não adianta construir um personagem dos contos de fadas e projetá-lo numa pessoa. O mesmo acontece em relação ao sexo oposto. O fim será sempre o mesmo: a decepção. Afinal, ninguém consegue atender uma expectativa deste tamanho por muito tempo.
Quem quer ser feliz deve pensar nisso e rever seus conceitos. Amar gente real, de carne e osso, que tem problemas e defeitos, dá trabalho, mas é muito mais prazeiroso, palpável eu diria.
"A Mulher Invisível" fala um pouco desta nossa necessidade, patológica ou não. É claro que com uma boa pitada de humor, o que não poderia deixar de ser. Afinal a intenção é fazer uma comédia romântica. Juntando um bom roteiro (assinado por Cláudio Torres, Adriana Falcão, Cláudio Paiva e Maria Luísa Mendonça), bela luz, figurino compatível, um elenco de primeira e direção segura de Claudio Torres, taí o que vc queria.
Pedro (vivido pelo indefectível Selton Mello) é um cara comum, que não pede muito da vida, apenas algum dinheiro e uma vida boa ao lado da mulher q ama. O problema é que a mulher que ele ama não é exatamente o que ele pensa que é. Vivida por Maria Luiza Mendonça, a moça fica grávida de gêmeos e o pai não é o marido, Pedro. Enquanto curte uma dor de cotovelo sem precedentes, Pedro conhece uma loira, linda e solitária vizinha, que toca sua campainha pedindo uma xícara de açúcar. Não é exatamente o que qq homem gostaria? A felicidade bate à sua porta.
Amanda (feita por uma Luana Piovani maravilhosa!) passa a ser seu objeto de desejo e o que é melhor: faz faxina na sua casa só de calcinha, prepara jantares deliciosos, adora fazer sexo, curte futebol até da terceira divisão e não liga a mínima quando ele sai com os amigos. É a mulher perfeita e, como tal, não existe. É a tal "mulher invisível", que só habita na imaginação de Selton.
Entre situações impagáveis, os conselhos cômicos do amigo Carlos (Vladimir Brichta) e a doçura da vizinha de verdade, Vitória (Maria Manoella), que é apaixonada por ele, Pedro mostra um pouco do que pode acontecer com quem sonha com o ideal (que, como o próprio personagem diz, é algo que habita o campo das idéias somente).
Bela pedida como diversão, o filme tb é oportunidade de reflexão sobre nós e nossos sonhos. O perfeito não existe. Não adianta construir um personagem dos contos de fadas e projetá-lo numa pessoa. O mesmo acontece em relação ao sexo oposto. O fim será sempre o mesmo: a decepção. Afinal, ninguém consegue atender uma expectativa deste tamanho por muito tempo.
Quem quer ser feliz deve pensar nisso e rever seus conceitos. Amar gente real, de carne e osso, que tem problemas e defeitos, dá trabalho, mas é muito mais prazeiroso, palpável eu diria.
Veríssimo!
Peço licença ao meu idolatrado Luis Fernando Veríssimo para replicar aqui, neste espaço.com, sua crônica de hoje, veiculada no Globo e mais um sem número de veículos pelo Brasil. O cara tá na Copa, passando um frio duca e mesmo assim não perde a veia afiada. Sensacional!
O DUNGA DO DUNGA
Quando jogava o Dunga se impunha pelo seu jeitão tosco mas efetivo e pelo seu comando. Não era raro ralhar um companheiro ou exigir dos outros a mesma garra com que jogava. A seleção campeã da Copa de 94 nos Estados Unidos se organizou em torno do núcleo duro do time, que era o Dunga. A de 98, na França, também, e só não venceu de novo por um conjunto de circunstâncias misteriosas – a síncope do Ronaldo, os gols de cabeça do Zidane – que nunca mais se repetiram. A única vez, depois do jogo final Brasil x França de 98, em que o Zidane deu uma cabeceada com sucesso foi no peito daquele italiano que xingou sua mãe, na final da Copa de 2006. Mas pode-se dizer que o Brasil chegou à final na França, em grande parte, devido à
liderança do Dunga dentro do campo.
Está faltando um Dunga na seleção do Dunga. Ou talvez ele já exista mas ainda não se identificou. Ninguém do nosso meio-campo atual parece ter a mesma imposição sobre o time que tinha o Dunga. Talvez o próprio Dunga tenha decidido que um Dunga fora do campo dispense um Dunga lá dentro. Talvez esteja, vaidosamente, protegendo seu legado: ninguém mais depois dele pode ser Dunga, nem como metáfora. Não sei. O fato é que fica a pergunta. Quem é o Dunga do Dunga?
Depois de ontem o apelido da seleção espanhola precisa ser revisto. Em vez de “fúria”, “raiva”. Perder para a Suíça tem que dar raiva. Equivale a ser atropelado por um patinete. Pior do que a dor física é o constrangimento moral, e o que você vai dizer em casa. Se bem que... A Suíça, apesar de não ter uma grande tradição futebolística, produz bons jogadores, com muita ajuda da sua mescla de culturas e da imigração. (Fui olhar a lista de jogadores inscritos da Suíça e dei até com um Tranquillo Barnetta). O Gelson Fernandes, autor do único gol da partida de ontem, tem mais pinta de centro-avante da Nigéria do que de qualquer variedade de suíço. E, como muitos outros do time, joga no exterior. Assim a Espanha não pode alegar que o frio alpino que está fazendo na África do Sul ajudou os suíços. Seu único consolo é que o time da Suíça não é exatamente um patinete.
Os fatos mais comentados da noite de terça foram, pela ordem: o frio, o frio, o frio, o gol do Maicon, o gol do Robinho, o casacão do Dunga e o frio. Pela primeira vez na minha vida senti algum tipo de identificação com o mundo inanimado. Me senti como um picolé.
O DUNGA DO DUNGA
Quando jogava o Dunga se impunha pelo seu jeitão tosco mas efetivo e pelo seu comando. Não era raro ralhar um companheiro ou exigir dos outros a mesma garra com que jogava. A seleção campeã da Copa de 94 nos Estados Unidos se organizou em torno do núcleo duro do time, que era o Dunga. A de 98, na França, também, e só não venceu de novo por um conjunto de circunstâncias misteriosas – a síncope do Ronaldo, os gols de cabeça do Zidane – que nunca mais se repetiram. A única vez, depois do jogo final Brasil x França de 98, em que o Zidane deu uma cabeceada com sucesso foi no peito daquele italiano que xingou sua mãe, na final da Copa de 2006. Mas pode-se dizer que o Brasil chegou à final na França, em grande parte, devido à
liderança do Dunga dentro do campo.
Está faltando um Dunga na seleção do Dunga. Ou talvez ele já exista mas ainda não se identificou. Ninguém do nosso meio-campo atual parece ter a mesma imposição sobre o time que tinha o Dunga. Talvez o próprio Dunga tenha decidido que um Dunga fora do campo dispense um Dunga lá dentro. Talvez esteja, vaidosamente, protegendo seu legado: ninguém mais depois dele pode ser Dunga, nem como metáfora. Não sei. O fato é que fica a pergunta. Quem é o Dunga do Dunga?
Depois de ontem o apelido da seleção espanhola precisa ser revisto. Em vez de “fúria”, “raiva”. Perder para a Suíça tem que dar raiva. Equivale a ser atropelado por um patinete. Pior do que a dor física é o constrangimento moral, e o que você vai dizer em casa. Se bem que... A Suíça, apesar de não ter uma grande tradição futebolística, produz bons jogadores, com muita ajuda da sua mescla de culturas e da imigração. (Fui olhar a lista de jogadores inscritos da Suíça e dei até com um Tranquillo Barnetta). O Gelson Fernandes, autor do único gol da partida de ontem, tem mais pinta de centro-avante da Nigéria do que de qualquer variedade de suíço. E, como muitos outros do time, joga no exterior. Assim a Espanha não pode alegar que o frio alpino que está fazendo na África do Sul ajudou os suíços. Seu único consolo é que o time da Suíça não é exatamente um patinete.
Os fatos mais comentados da noite de terça foram, pela ordem: o frio, o frio, o frio, o gol do Maicon, o gol do Robinho, o casacão do Dunga e o frio. Pela primeira vez na minha vida senti algum tipo de identificação com o mundo inanimado. Me senti como um picolé.
Duelo de titãs
É hoje o dia do grande encontro entre Totó (Tony Ramos) e Beth Gouveia (Fernanda Montenegro). O capítulo de "Passione" promete... Não perco por nada.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Pausa para filme mulherzinha II
Aliás, cá entre nós, a verdade nua e crua é muito doída, né? A verdade nua e crua machuca. E muitas vezes descamba para a falta de tato, de respeito e até de educação.
Não há nada que me chateie mais do que gente que faz questão de bater no peito e dizer que é verdadeira, sincera, que fala tudo na cara. Coisa mais non sense.
Conheço uma dúzia de pessoas que não aguentariam que alguém chegasse e dissesse a verdade na cara delas - ou seja, "vc sabia que isso que vc faz é extremamente desagradável e, por conta desta sua pseudo-sinceridade, um monte de gente pode estar sofrendo?". Um pouco do próprio veneno para quem o aplica...
Prefiro que sejam gentis, sutis, carinhosos comigo. Sempre. Receber um afago quando vc recebe uma notícia ruim é muito menos penoso. Ganhar um abraço quando sabe de algo que machuca não tem nada igual.
Vou além. Acho mesmo que há coisas que não devem ser ditas. Vc pode chamar de covardia, mas eu chamo de "os benefícios da ignorância". Se determinada informação não vai somar em nada na vida de quem conta, nem de quem desconhece, para que divulgá-la? Para mim, é simples crueldade.
Para que saber que seu filho foi morto num acidente, esmagado entre as ferragens feito um pastel, com os órgãos à mostra? Para que saber que seu marido tinha uma amante e que a abasteceu de todo o tipo de jóias, roupas caras e mimos mil enquanto vc fazia uma poupança sofrida para um projeto a dois? Para que saber que sua melhor amiga no trabalho é uma traíra e inventou isso, isso e isso de vc para sua chefe só para te roubar a posição?
Detalhe sórdidos... para quê?
Há maneiras mais humanas de dizer a "verdade".
Verdade "nua e crua" é uma ova.
Não há nada que me chateie mais do que gente que faz questão de bater no peito e dizer que é verdadeira, sincera, que fala tudo na cara. Coisa mais non sense.
Conheço uma dúzia de pessoas que não aguentariam que alguém chegasse e dissesse a verdade na cara delas - ou seja, "vc sabia que isso que vc faz é extremamente desagradável e, por conta desta sua pseudo-sinceridade, um monte de gente pode estar sofrendo?". Um pouco do próprio veneno para quem o aplica...
Prefiro que sejam gentis, sutis, carinhosos comigo. Sempre. Receber um afago quando vc recebe uma notícia ruim é muito menos penoso. Ganhar um abraço quando sabe de algo que machuca não tem nada igual.
Vou além. Acho mesmo que há coisas que não devem ser ditas. Vc pode chamar de covardia, mas eu chamo de "os benefícios da ignorância". Se determinada informação não vai somar em nada na vida de quem conta, nem de quem desconhece, para que divulgá-la? Para mim, é simples crueldade.
Para que saber que seu filho foi morto num acidente, esmagado entre as ferragens feito um pastel, com os órgãos à mostra? Para que saber que seu marido tinha uma amante e que a abasteceu de todo o tipo de jóias, roupas caras e mimos mil enquanto vc fazia uma poupança sofrida para um projeto a dois? Para que saber que sua melhor amiga no trabalho é uma traíra e inventou isso, isso e isso de vc para sua chefe só para te roubar a posição?
Detalhe sórdidos... para quê?
Há maneiras mais humanas de dizer a "verdade".
Verdade "nua e crua" é uma ova.
Pausa para filme mulherzinha
Em meio à Copa do Mundo, quem se atreveria a pegar uma comédia romântica para quebrar o clima? "Eu", digo. Afinal, ninguém é de ferro e ficar vendo aquele monte de brutamontes correndo atrás da bola com tanta coisa mais interessante para fazer tem que ter lá suas folguinhas. para suportar, só pegando um arzinho e assistindo a um filminho água com açúcar.
Para não fugir muito da seara, optei por "A Verdade Nua e Crua", afinal só o fato de ter Gerard Butler no papel principal já valeria a pena. E - cá entre nós - melhor do que ele só a Seleção da Itália. E olhe lá.
O que posso dizer é que realmente o filme é só ele. No começo, a película é até engraçadinha, com umas piadas mais picantes do personagen Mike Chadway (Butler), que vive um apresentador de um programa de televisão bem ao estilo Sexy Hot. Saca um marcos Mion melhorado? Pois é... A questão é que o carinha acha que consegue, sem rodeios, explicar às mulheres o que passa pelas "cabeças" dos homens. Ou seja, é bom, mas chega uma hora que cansa. Sua nova produtora, vivida por Katherine Heigl, é lindinha, mas caretaça, chata, sonhadora ao cubo e workaholic convicta.
Vc ja sabe onde isso vai dar? Pois é...
Se vc quiser dar uma aliviada depois de um jogo do Brasil em que a Seleção fizer cagadinha semelhante ao que fez ontem (fraca, fraca...), vale até a pena. Fora isso, fique com a Seleção italiana. Ou então, assista "PS. Eu te Amo", com o mesmo Butler, que aí, sim, o romance toma conta da tela e ele dá tudo de si. Ai, meu Deus...
É zebra!
Confesso que tive dúvidas quanto à Seleção de Dunga após o jogo de ontem. Dei uma brochada mesmo. Embora tenha ganhado o bolão entre amigos, o resultado do jogo não me agradou. Preferia ter perdido a aposta, aliás.
Diante da Espanha apática que assisti hoje, porém, comecei a ficar mais confiante. Parece realmente - como dizem os jornais - que todas as seleções estão sendo treinadas pelo Dunga. O que importa é ganhar - seja lá qual for o resultado. Isso, aliás, é a cara do Parreira, né? E o Dunga, como filhote dele, não poderia ser diferente.
Não sei, não, mas me pareceu que teremos que ter cuidado somente com a Alemanha, esta, sim, dona de um futebol com a nossa cara, cheio de ginga, de meninos com gás, doidos para vencer, com fome de bola.
De qq forma, vamos aguardar. Cantar vitória antes do fim do jogo não é a minha realmente.
Diante da Espanha apática que assisti hoje, porém, comecei a ficar mais confiante. Parece realmente - como dizem os jornais - que todas as seleções estão sendo treinadas pelo Dunga. O que importa é ganhar - seja lá qual for o resultado. Isso, aliás, é a cara do Parreira, né? E o Dunga, como filhote dele, não poderia ser diferente.
Não sei, não, mas me pareceu que teremos que ter cuidado somente com a Alemanha, esta, sim, dona de um futebol com a nossa cara, cheio de ginga, de meninos com gás, doidos para vencer, com fome de bola.
De qq forma, vamos aguardar. Cantar vitória antes do fim do jogo não é a minha realmente.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Rumo ao hexa
Brasil estréia hoje na Copa 2010. Emoção à parte, tô confiante na Seleção. Qto mais vejo gente desacreditada, mais acho que podemos trazer essa. Acho q só hoje as pessoas estão entrando de cabeça nesta sensação de patriotismo. De um modo geral, tô vendo o povo tão desanimado. Uma pena.
É fato que hoje vindo para o trabalho notei as ruas todas pintadas de verde-e-amarelo e isso é demais. Comoção nacional total. Todo o mundo quer usar as cores da nossa bandeira. Quisera que fosse assim em relação a qq tema. Seríamos melhores, maiores, mais felizes.
Enfim... que a Jabulani nos dê sorte.
Para frente, Brasil!!
Rumo ao hexa...
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Qual foi a Copa da sua vida?
Enquanto vejo todo o movimento em torno desta Copa, penso no quanto estes torneios mundiais fazem parte de nossas vidas. Nós, brasileiros, somos mesmo apaixonados por futebol. É o momento em que podemos mostrar nossa supremacia, nosso conhecimento, nosso talento. É quando nossa auto-estima está mais à flor da pele. Por isso, somos 110 milhões de técnicos. Nascemos sob a égide a gorduchinha mesmo.
Eu poderia contar minha trajetória através das Copas que vivi. Aliás, acho q qq brasileiro podia fazer isso. No ano tal, eu estava assim, assim. No outro, já estava mais velho e namorava fulano. Na seguinte, já estava casado ou com filhos. Enfim, é uma marca que carregamos.
A Copa de 82, para mim, foi uma das mais bonitas. É a primeira que tenho lembranças fortes. Foi quando ainda criança participei da festa no meu bairro, fazendo bandeirinhas e balões, pendurando-as por toda a extensão da minha rua, pintando muros e asfalto com as cores e os ícones daquele ano. Me lembro que o mascote era o Laranjito. Era uma seleção muito baseada no Flamengo, time de coração do meu pai - e lá estavam Zico, Junior (que é a cara do meu pai) e o Leandro. O técnico era o Telê. Me lembro bem de assistir aos jogos na sala de casa com meu pai... Mas não levamos esta.
A de 94 é a que mais me toca. Tb por conta da relação paterna. Me lembro de ter montado com um grupo de amigas uma barraquinha de festa junina no meu bairro. Éramos seis. A idéia era arrumar um dinheirinho para os findes. Uma tv foi colocada na barraca e dali assistimos a todo o campeonato. Lembro daquele jogo do Brasil contra a Holanda, em que Branco soltou uma bomba memorável. O gol do Bebeto oferecido ao filho recém-nascido. O Romário que não perdia uma na cara do gol. Éramos animadíssimas e meu pai sempre estava na farra com a gente. Nos jogos, não sabíamos se vendíamos os sanduíches na barraca ou se roíamos as unhas. Até usávamos uniforme: uma blusinha branca com a bandeira brasileira. O campeonato foi memorável. Um pileque entre amigos.
Em 2002, foi outro mundo. Para mim, a vitória da superação. Ronaldo Fenômeno, meu ídolo, deu show de bola, mostrou todo o seu potencial e o quanto ainda fazia diferença no time. Acordava cedo para ver os jogos. Fiquei tão empolgada com o sucesso daquela campanha, pilotada pelo Felipão, que no retorno da seleção fiz plantão na Cinelândia para vê-los passar e agradecer aquela alegria. Muito legal.
Este ano tb vai ter suas histórias, é claro. Minha programação é totalmente diferente das anteriores. O mundo é redondo, como uma bola. Muda muito rapidamente de posição. E a gente tb. Tô mais madura, mais confiante, mais crescida. Só o que não muda é a minha felicidade de poder assistir a mais um campeonato mundial. Não sei se seremos hexa, mas torço por eles. Torço pro nós. Afinal, é um momento especial. E nós, brasileiros, tb precisamos de alegria.
Pra frente, Brasil! Rumo a mais um evento que vai marcar nossas vidas...
Já é Copa!!
Para quem achava que ia demorar chegar, ledo engano. O tempo voa mesmo. A Copa 2010 começou ontem com direito a festa e tudo. Shakira foi o ponto alto do espetáculo. A moça, aliás, tá bombando mesmo. Globalizada total.
Torço para que a festa seja bonita. A festa do futebol, eu digo. Porque não sou fanática, mas adoro campeonatos mundiais. Viro torcedora de carteirinha. Hoje mesmo saí para comprar uma blusa. Tenho q estar vestida à carater. Mas, surpresa a minha, as lojas não têm muita coisa. Será que os empresários brasileiros nunca se prepararm para grandes eventos?? Ou esta é só mais prova de que os caras não levam fé no Dunga?
Que se danem todos, pq vou achar minha blusa, comprar uma vuvuzela e arrumar minha bandana. Por mim, o cara já é campeão. Tenho as minhas preferências qto à seleção que ele levou, mas neste momento temos q estar unidos em torno do mesmo objetivo: o hexa.
Vai que é tua, Dunga!
quarta-feira, 9 de junho de 2010
É muita dúvida...
- Felipão no Mengão?
- Seleção Brasileira campeã?
- Dia dos Namorados no friozinho?
- Dia de Santo Antonio com sol brilhante?
Uau... quantas dúvidas me assolam...
- Seleção Brasileira campeã?
- Dia dos Namorados no friozinho?
- Dia de Santo Antonio com sol brilhante?
Uau... quantas dúvidas me assolam...
terça-feira, 8 de junho de 2010
Passione V
A trilha sonora de Passione é de babar. Minha preferência, é claro, é pela dobradinha Roberta Sá e Lenine, com "Fogo e Gasolina". Lenine, aliás, tá em dobradinha mesmo. É dele tb o tema de abertura “Aquilo que dá no Coração”. Bacana, bacana...
"Você é um avião e eu sou um edifício
Eu sou um abrigo e você é um missil
Eu sou a mata e você é a moto-serra
Eu sou um terremoto e você a Terra.
O nosso jogo é perigoso, menina
Nós somos fogo
Nós somos fogo
Nós somos fogo e gasolina.
Você é o fósforo e eu sou o pavio
Você é um torpedo e eu sou um navio
Você é o trem e eu sou o trilho
Eu sou o dedo e você é o meu gatilho.
O nosso jogo é perigoso, menina
Nós somos fogo
Nós somos fogo
Nós somos fogo e gasolina
Nós somos fogo
Nós somos fogo
Nós somos fogo e gás.
Eu sou a veia e você é a agulha
Eu sou o gás e você é a fagulha
Eu sou o fogo e você é a gasolina
Eu sou a pólvora e você a mina.
O nosso jogo perigoso combina
Nós somos fogo
Nós somos fogo
Nós somos fogo e gasolina."
"Você é um avião e eu sou um edifício
Eu sou um abrigo e você é um missil
Eu sou a mata e você é a moto-serra
Eu sou um terremoto e você a Terra.
O nosso jogo é perigoso, menina
Nós somos fogo
Nós somos fogo
Nós somos fogo e gasolina.
Você é o fósforo e eu sou o pavio
Você é um torpedo e eu sou um navio
Você é o trem e eu sou o trilho
Eu sou o dedo e você é o meu gatilho.
O nosso jogo é perigoso, menina
Nós somos fogo
Nós somos fogo
Nós somos fogo e gasolina
Nós somos fogo
Nós somos fogo
Nós somos fogo e gás.
Eu sou a veia e você é a agulha
Eu sou o gás e você é a fagulha
Eu sou o fogo e você é a gasolina
Eu sou a pólvora e você a mina.
O nosso jogo perigoso combina
Nós somos fogo
Nós somos fogo
Nós somos fogo e gasolina."
Passione IV
Um ponto fraco para mim é Gerson (Marcello Antony) e Diana (Carolina Dieckmann). São personagens bonzinhos demais, como sempre, e juntos não conseguiram render nenhuma química. A netinha Kelly, explorada pela avó, tb não condiz com a carinha da atriz. A menina não tem pinta de ter só 12 anos, embora eu saiba que as garotas desta idade hj estão bem desenvolvidas.
Passione III
Passione tem um núcleo composto por veteranos para ninguém botar defeito. É sensacional esta disposição de autores criarem bom personagens com histórias instigantes para os atores mais velhos mostrarem um pouco mais do talento que já tão bem conhecemos. Coisa rara de se ver. Já citei aqui Fernanda Montenegro, nossa diva, mas ainda há Cleide Yáconis (que está um charme!) e Leonardo Villar. Entre aqueles um pouco mais jovens, destaco Irene Ravache e Francisco Cuoco (que está até bem bonito!) e Vera Holtz, que invariavelmente imprime um tom tão realista aos seus personagens que parece alguém da nossa família. E o que dizer de Daisy Lucidi, que vive a avó exploradora de menores? Sensacional.
Passione II
Sim, é verdade que o sotaque italiano está atrapalhando a compreensão da história das oito. Eu confesso que muitas vezes não entendo o que os personagens disseram, mas tenho acompanhado a evolução. Acho que o próprio Silvio de Abreu está caminhando para traduzir umas frases, agora que parte dos personagens está chegando ao Brasil. Os números da audiência mostram o problema, que tende a ser solucionado em breve.
Passione: agora, sim
Uma novela que tem o objetivo de debater paixões já começa bem. Para mim, novela tem que emocionar. Não dá para ser mexicana, mas a idéia é mesmo mexer com os sentimentos, sejam eles quais forem. “Passione”, com quase um mês (ou algo mais) no ar, captou minha atenção. Não só pelo seu tema central, mas pela trama, pelo elenco, pelo cenário e figurino.
Ter no centro do roteiro uma família rica e problemática garante pontos, principalmente se houver um segredo rondando o grupo. Um segredo guardado a sete chaves durante anos, mais ainda. Fora isso, as histórias secundárias tb são interessantes: o italiano grosseirão que deixou de amar qdo perdeu a esposa e vive para os filhos, um lindo casal que vive de trambiques, uma jovem loba a procura de menininhos que possam sanar sua carência. Tudo com uma pitada de magia e mistério, que Silvio de Abreu sabe dosar.
Pode ser que venham me dizer que o fato de ter sido gravada na Itália conte a favor. Claro que isso é fator preponderante. Os vastos campos verdes da Toscana são um deleite para quem viu ou não sua beleza. Mas o cuidado que tem sido dado até quando é filmado o Ceasa paulistano chama a atenção.
Os figurinos são bem elaborados, com a cara de cada personagem. Cada um com sua característica própria. Aliás, os personagens são bem bacanas, quase pessoas de verdade, fora uma ou outra exceção.
Mariana Ximenes é sempre promessa de boas cenas, ainda mais em parceria com Gianecchini. Discordo de que o segundo ainda não tenha achado o tom de seu Fred. Para mim, Mariana é que ainda não convence como vagabunda na pele de Clara, embora eu goste muito do lado dúbio que ela criou. Fernanda Montenegro está fantástica como sempre, assim como Werner Schunemann, o filho mais velho e dono de uma cobiça de arrepiar.
Acho que vai dar o que falar.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Há um lugar para ser feliz...
No auge da minha TPM, acordo pela manhã e me deparo com um céu azul límpido, um sol brilhate, um friozinho gostoso. As árvores ganham tons amarelados, as pessoas já se aventuram a usar casacos e botas, um perfume completa a produção.
À tarde, um ventinho sopra, convidando a um café, coisa rara na cidade em que o chope impera. As noites estão mais estreladas, boas para uma sopa ou um fondue com vinho bem acompanhado. Dá para dormir enrolado no edredon...
Isso é o outono.
Impossível ficar de mau humor diante de tanta beleza, de um clima tão raro, de coisas tão gostosas.
O Rio tá pintado de cores diferenciados. Que cidade bárbara!
Eu não conheço Paris, mas o Ed Motta confirma que além da Cidade-Luz o lugar para ser feliz no outono é o Rio de Janeiro.
"Há um lugar para ser feliz
Além de abril em Paris
Outono, outono no Rio..."
Não basta amar
Uma amiga muito querida disse que quase dormiu ao assistir "Terapia do Amor", mais uma das minhas comédias românticas. Sim, sim, a sinopse pode parecer lugar-comum, mas depois que parei para ver o filme tive certeza de que aquela não é como qq uma. Leve, engraçada, mas capaz de levar seu recado. E este tem a ver com o fato de que não é só amor que conta numa relação.
Rafi (Uma Thurman) acaba de assinar os papéis do divórcio e está arrasada. Lisa (Meryl Streep) é sua psicóloga e ouve todos os problemas da protagonista. Aos 37 anos, ela conhece Dave (Bryan Greenberg). Aspirante a artista, interessante, engraçado, jovem. Aliás, esta última carcaterística é o que mais pesa: o carinha tem 23 anos. Apesar do sentimento, a diferença de idade é fator crucial paar o fim do romance, que é acompanhado de perto por Streep que vive em cólicas depois de saber que o namoro da cliente é com seu filho.
Entre idas e vindas, a pegada romântica tá lá, mas o fim é inesperado e reflete a realidade, coisa pouco comum neste tipo de produção: amar dá trabalho. Mesmo. E muitas vezes o amor não é suficiente. Ainda é preciso ter respeito ao outro, admiração, cumplicidade. É um exercício de tolerância e paciência. Para sempre. Ou pelo menos enquanto os protagonistas tenham a intenção de manter acesa a chama. Bacana, bacana...
Detalhe: o embate entre as divas Thurman (lindíssima!) e Streep (perfeita como sempre) é imperdível.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Metade*
Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso
Mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste,
e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembre ter dado na infância
Porque metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
* De Oswaldo Montenegro
Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso
Mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste,
e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembre ter dado na infância
Porque metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
* De Oswaldo Montenegro
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