Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Pela volta da boa e velha Ana Maria
Tô de saco cheio desta uniformização dos programas nas manhãs da tv aberta. Eu estava adiando para falar sobre o assunto, mas não aguento mais. Puxa, quem me conhece sabe o quanto gosto de tranqueira e programa de mulherzinha logo de manhã é prato cheio para começar meu dia. Me divertia muito em ver as bobagens de Ana Maria Braga ao acordar, acompanhar as receitas, rir com o Louro José. Mas agora, por conta da concorrência, só tem notícia sinistra. Ratinho perde... Um saco. Impossível tomar café assistindo a acidentes causados por gente embriagada, brigas de meninas delinquentes na escola e animais que passam por maus tratos. Quero ter opções. #prontofalei
Boa viagem
Minha amiga querida renata Victal embarcou hoje rumo às suas férias. A moça vai fazer muita falta, mas tô feliz em saber que ela está feliz. Serão cinco dias em Roma e 15 dias com o namorado na Austrália. Vai com Deus, amiga, e divirta-se por mim. Na volta, bebemos umas juntas.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
"Um Dia": Sou Dexter!
Depois de meses de expectativas, fui assistir “Um Dia”. Tive a sorte de ter como companhia metade do grupo que não tinha lido o livro e a outra metade estava na mesma situação que eu – o livro do David Nichols foi o melhor q li nos últimos tempos. Romance rasgado, mas com uma precisão cirúrgica para falar das dores e amores de cada fase da nossa vida. Bem, ao contrário da crítica, não senti tanto o mau sotaque de Emma (Anne Hathaway), mas sim a velocidade com que o roteiro foi costurado. Os diálogos são inteligentes, como na publicação, mas não consegui acompanhar o amadurecimento de cada personagem, seu crescimento como pessoas e profissionais, as mazelas do dia a dia. Fiquei meio assim-assim, confesso.
Para os que não leram o livro, notei a alegria em ver um filme tão delicado e cheio de nuances. Um amor que sobrevive ao tempo. E mesmo com a surpresa do fim todos ficaram bem impressionados. Diante disso, cheguei a conclusão de q o problema é sempre a expectativa. Preciso riscar esta palavra do meu dicionário. Quanto maior ela, mais frustrante pode ser o resultado. Mesmo que ele seja bom. Isso quer dizer: depois que inventaram o excelente, o muito bom perdeu valor.
O que posso sugerir: se vc não leu, vá ver o filme. É emocionante. Se vc leu, faça como eu. Pague para ver, depois comente aqui.
PS.: Sim, Anne vai ficando mais linda conforme o tempo passa e o ator escolhido para ser Dexter (Jim Sturgess) é um fenômeno.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Amar é para poucos*
Ivan Martins é aquele cara q escreve o q não temos capacidade nem de escrever, nem de ler, nem de demonstrar de qq maneira. Mas pensamos. E este é o grande lance. Neste artigo, Ivan consegue dizer exatamente o q penso. Mais um dele... Vale a pena ler.
***
Você já esteve apaixonada por alguém incapaz de gostar?
A capacidade de amar, assim como a coragem ou a inteligência, não é do mesmo tamanho em todos nós. Eu sou forçado a lembrar disso todo vez que converso com S., uma amiga de Brasília que é, possivelmente, a mulher mais apaixonada do mundo.
Quando falamos, na semana passada, ela estava em preparativos para um novo casamento. Conheceu o rapaz há poucos meses, está profundamente envolvida e, sem temor aparente, se prepara para iniciar uma vida comum. Não é a primeira vez que ela faz isso e é provável que não seja a última, mas, assim como no passado, avança para o casamento com a convicção tranquila de que, se alguma coisa der errada, não será por falta de amor, lealdade e dedicação da parte dela.
Ao contrário da minha amiga, que tem uma facilidade até exagerada de se vincular, muitos de nós sofremos do oposto: uma enorme dificuldade em criar ligações profundas e verdadeiras. O sintoma mais comum é que vivemos atormentados por dúvidas sobre a intensidade e a profundidade dos nossos sentimentos. Quem tem uma conexão emocional profunda não se pergunta a todo o momento se deveria seguir em frente ou tentar com outra pessoa.
Muitos acham difícil construir mesmo essa ponte precária em direção aos outros. Há pessoas para quem o ato de se entregar emocionalmente nem existe. Elas sentem-se de alguma forma isoladas mesmo sendo parte de um casal. Gostam, compartilham, respeitam, transam intensa e prazerosamente, mas não se sentem vinculadas. Há uma barreira invisível de privacidade que jamais é rompida. Persiste a sensação de que o outro é fundamentalmente um estranho. A delícia de sentir-se íntimo, que na minha amiga é natural como respirar, nunca foi experimentado de forma duradoura por milhões de pessoas.
Quando penso em mim e nas pessoas que conheço intimamente, me parece que existe uma progressão que vai dos apaixonados incondicionais às pessoas que não conseguem se vincular – e que a maioria de nós se encontra emocionalmente em algum ponto entre esses dois extremos. Temos graus variáveis de dificuldade para amar e sair de nós mesmos, mitigados por períodos de entrega e arrebatamento.
De qualquer forma, a ideia de que somos todos iguais diante do amor, e que a única dificuldade está em encontrá-lo, me parece falsa – ou pelo menos exagerada. Postos diante da possibilidade do amor, uns não conseguirão reconhecê-lo e outros terão impulso de afastar-se. Poucos serão capazes de abraçá-lo assim que ele virar a esquina. Somos diferentes também nisso.
Se pensarmos na dificuldade de se vincular como um problema, ele talvez seja mais comum entre os homens (embora eu conheça mulheres que também preferem manter-se a uma distância emocional segura). Quantos caras você conhece que trocam periodicamente de parceiras sem estabelecer um vínculo real com qualquer uma delas? Esse tipo de comportamento pode ser tanto o resultado de uma opção social quanto de uma deficiência emocional. Talvez haja alguma verdade no clichê rancoroso sobre “homens incapazes de amar”.
As causas dessas dificuldades são, para mim, insondáveis, mas me parece óbvio que o caos interior e a ansiedade em que boa parte de nós vive não ajuda a gostar de ninguém. Como criaturas tão atormentadas por seus próprios demônios conseguiriam reunir a atenção e a generosidade que o amor exige? É fácil proclamar-se apaixonado ou apaixonada a cada esquina, de forma imaginária e histérica. Mas manter um afeto duradouro na vida real exige mais do que pirotecnia e rock and roll. Exige sentimentos profundos que alguns de nós não são capazes de oferecer.
As consequências da dificuldade de amar são óbvias. A primeira é o sofrimento que ela impõe aos parceiros. É duro lidar com alguém que não está 100% ali. É chato confrontar-se com a hesitação de quem não sabe o que sente. Dói lidar com a aspereza de quem não consegue se coloca na pele do outro – ou não permite que o outro entre sob a sua própria pele.
É evidente, também, que gente com dificuldade em se entregar não tem relações satisfatórias. Para que elas existam, os laços afetivos têm de estar ancorados em algo mais sólido do que os nossos desejos imediatos, que variam de um dia para o outro. Mas a criação de laços duradouros não se faz por um ato de vontade. É preciso ser capaz de gostar, amar e confiar. É preciso sentir-se parte de algo – e alguns de nós, muitos de nós, não conseguem sentir-se parte de coisa nenhuma.
* De Ivan Martins, editor da revista Época
***
Você já esteve apaixonada por alguém incapaz de gostar?
A capacidade de amar, assim como a coragem ou a inteligência, não é do mesmo tamanho em todos nós. Eu sou forçado a lembrar disso todo vez que converso com S., uma amiga de Brasília que é, possivelmente, a mulher mais apaixonada do mundo.
Quando falamos, na semana passada, ela estava em preparativos para um novo casamento. Conheceu o rapaz há poucos meses, está profundamente envolvida e, sem temor aparente, se prepara para iniciar uma vida comum. Não é a primeira vez que ela faz isso e é provável que não seja a última, mas, assim como no passado, avança para o casamento com a convicção tranquila de que, se alguma coisa der errada, não será por falta de amor, lealdade e dedicação da parte dela.
Ao contrário da minha amiga, que tem uma facilidade até exagerada de se vincular, muitos de nós sofremos do oposto: uma enorme dificuldade em criar ligações profundas e verdadeiras. O sintoma mais comum é que vivemos atormentados por dúvidas sobre a intensidade e a profundidade dos nossos sentimentos. Quem tem uma conexão emocional profunda não se pergunta a todo o momento se deveria seguir em frente ou tentar com outra pessoa.
Muitos acham difícil construir mesmo essa ponte precária em direção aos outros. Há pessoas para quem o ato de se entregar emocionalmente nem existe. Elas sentem-se de alguma forma isoladas mesmo sendo parte de um casal. Gostam, compartilham, respeitam, transam intensa e prazerosamente, mas não se sentem vinculadas. Há uma barreira invisível de privacidade que jamais é rompida. Persiste a sensação de que o outro é fundamentalmente um estranho. A delícia de sentir-se íntimo, que na minha amiga é natural como respirar, nunca foi experimentado de forma duradoura por milhões de pessoas.
Quando penso em mim e nas pessoas que conheço intimamente, me parece que existe uma progressão que vai dos apaixonados incondicionais às pessoas que não conseguem se vincular – e que a maioria de nós se encontra emocionalmente em algum ponto entre esses dois extremos. Temos graus variáveis de dificuldade para amar e sair de nós mesmos, mitigados por períodos de entrega e arrebatamento.
De qualquer forma, a ideia de que somos todos iguais diante do amor, e que a única dificuldade está em encontrá-lo, me parece falsa – ou pelo menos exagerada. Postos diante da possibilidade do amor, uns não conseguirão reconhecê-lo e outros terão impulso de afastar-se. Poucos serão capazes de abraçá-lo assim que ele virar a esquina. Somos diferentes também nisso.
Se pensarmos na dificuldade de se vincular como um problema, ele talvez seja mais comum entre os homens (embora eu conheça mulheres que também preferem manter-se a uma distância emocional segura). Quantos caras você conhece que trocam periodicamente de parceiras sem estabelecer um vínculo real com qualquer uma delas? Esse tipo de comportamento pode ser tanto o resultado de uma opção social quanto de uma deficiência emocional. Talvez haja alguma verdade no clichê rancoroso sobre “homens incapazes de amar”.
As causas dessas dificuldades são, para mim, insondáveis, mas me parece óbvio que o caos interior e a ansiedade em que boa parte de nós vive não ajuda a gostar de ninguém. Como criaturas tão atormentadas por seus próprios demônios conseguiriam reunir a atenção e a generosidade que o amor exige? É fácil proclamar-se apaixonado ou apaixonada a cada esquina, de forma imaginária e histérica. Mas manter um afeto duradouro na vida real exige mais do que pirotecnia e rock and roll. Exige sentimentos profundos que alguns de nós não são capazes de oferecer.
As consequências da dificuldade de amar são óbvias. A primeira é o sofrimento que ela impõe aos parceiros. É duro lidar com alguém que não está 100% ali. É chato confrontar-se com a hesitação de quem não sabe o que sente. Dói lidar com a aspereza de quem não consegue se coloca na pele do outro – ou não permite que o outro entre sob a sua própria pele.
É evidente, também, que gente com dificuldade em se entregar não tem relações satisfatórias. Para que elas existam, os laços afetivos têm de estar ancorados em algo mais sólido do que os nossos desejos imediatos, que variam de um dia para o outro. Mas a criação de laços duradouros não se faz por um ato de vontade. É preciso ser capaz de gostar, amar e confiar. É preciso sentir-se parte de algo – e alguns de nós, muitos de nós, não conseguem sentir-se parte de coisa nenhuma.
* De Ivan Martins, editor da revista Época
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Quisera...
Estou num momento de redescoberta de mim mesma. Passei tanto tempo tentando me adaptar a uma nova vida que, no fim dela, já não sabia mais quem era eu. Não sabia mais o que gostava e como gostava, não sabia mais o que considerava importante ou não. Acima disso, ainda me pego querendo fazer coisas e me podando, simplesmente pq passei anos agindo desta maneira e aí já não sei mais se quero determinadas coisas ou se de alguma forma aprendi a não querer.
E afinal o que sou eu?
Quem sou eu?
É fato que só fazem conosco o que permitimos. E absolutamente eu devo culpar algo ou alguém da minha irresponsabilidade, da minha falta de compromisso comigo, da minha disponibilidade de esquecer o que EU quero. Sempre.
Hoje vejo que só consigo rever meus conceitos e definitivamente enxergar o outro quando estou a uma distância considerável. Fora isso, invento personagens, crio personalidades muito distantes da realidade. Será um problema só meu? Não sei. A terapia ajuda, mas é fato que cada vez me vejo mais vulnerável às minhas fantasias. É o momento mais maduro da minha vida e, ao mesmo tempo, um dos mais dolorosos. É a hora de dar de cara com a verdade, com o real, com o inquestionável, palpável. Quisera q fosse diferente... Quisera que houvesse realmente consideração, carinho, cuidado. Não, não há. Se queremos ser cuidados, cuidemos nós de nós mesmos. Fato.
E afinal o que sou eu?
Quem sou eu?
É fato que só fazem conosco o que permitimos. E absolutamente eu devo culpar algo ou alguém da minha irresponsabilidade, da minha falta de compromisso comigo, da minha disponibilidade de esquecer o que EU quero. Sempre.
Hoje vejo que só consigo rever meus conceitos e definitivamente enxergar o outro quando estou a uma distância considerável. Fora isso, invento personagens, crio personalidades muito distantes da realidade. Será um problema só meu? Não sei. A terapia ajuda, mas é fato que cada vez me vejo mais vulnerável às minhas fantasias. É o momento mais maduro da minha vida e, ao mesmo tempo, um dos mais dolorosos. É a hora de dar de cara com a verdade, com o real, com o inquestionável, palpável. Quisera q fosse diferente... Quisera que houvesse realmente consideração, carinho, cuidado. Não, não há. Se queremos ser cuidados, cuidemos nós de nós mesmos. Fato.
Isso é muito?
Passei um finde de merda. Tive boa companhia, umas horas de sono bom, carinho para dar e vender, comida que conforta. mas fato é q o coração tá machucado. O Prozac, por dias, me deixou a ver navios. Sim, me irritei, chorei, senti medo.
Preciso reagir a toda esta loucura. E me imponho uns momentos de paz de espírito. Meu Deus, isso é muito??
Preciso reagir a toda esta loucura. E me imponho uns momentos de paz de espírito. Meu Deus, isso é muito??
Surpresa?
Em meio à lavagem da escadaria com muito sabão em pó e anil, um tombo que me deixa sem reação. Dificil levantar. É verdade, o ano ainda não acabou... 2011 do cacete! Qdo vc acha q tudo está entrando nos eixos ou pelo se encaminhando, nova onda de terror, de tristeza, de mágoa. As surpresas da vida sempre me fodem a cabeça.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Beirando a alegria??
Um milhão de coisas acontecendo à minha volta e vontade zero de escrever. Confesso que já fiz vários rascunhos à mão... Coisa equisita para uma jornalista viciada em teclado... mas nada rola quando sento em frente à telinha. Nada.
É fato que o Prozac acalmou meus ânimos. Estes, aliás, só se aquecem agora por conta da TPM. Fora isso, calmaria. Me sinto um mar negro, à noite, com aquele ventinho quente de verão que assola a gente. Nada que tire ninguém do sério. Uma brisa que aquele o coração.
Tenho olhado muito no entorno. Minha tristeza foi embora. Junto com ela a angústia dos últimos tempos, a vontade de ir embora. Me redescobri nos últimos meses. Uma querida q não via há muito tempo me perguntou o que tinha acontecido ou, como ela mesmo disse, "desacontecido". A verdade é que, embora piegas, andei me sentindo uma lagarta. Feia, encolhida, cheia de espinhos. Sair do casulo e virar uma borboleta dói, mas sei que estou muito perto deste momento histórico.
Tenho sorte, sim. Não posso negar. Deus tem me privilegiado. Minha família, meus amigos, meu cachorro. Minha casa, meu carro, meu emprego. Nada necessariamente nesta ordem. Gente do bem que se aproxima, gente que me faz rir nos momentos difíceis ou que simplesmente escuta, gente que me ajuda a lamber as feridas... Tenho me achado sortuda, embora o ano não esteja sendo fácil. Uma amiga me disse que 2011 veio para fazer uma limpeza de tudo o que deveria ser deixado para trás. 2012 é o ano do renascimento.
Não sei se acredito ou se quero acreditar. A diferença disso é a força q é produzida dentro da gente. Me sinto outra. Cresci muitos anos em quatro ou cinco meses. Descobri um poder em mim nunca notado antes. Uma vontade de passar por cima de tudo o que há de mais negativo e me abrir para o novo, para o positivo, para o bom. tanto que tive um papo quase doce com uma das pessoas que mais magoou na vida. Passou.
Além disso, comecei a me ver de verdade. Olhei para o espelho e me encontrei. Recomecei a me achar bonita, interessante, inteligente. rsrs... O mundo fala tanto o contrário que quando vc menos espera já começou a acreditar nisso. Ou "o mundo está ao contrário e ninguém reparou" ou eu estou de cabeça para baixo: será q to beirando a alegria?? Tomara...
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Para todos os dias
"Há os que viajam para os desertos para encontrar a paz, fogem das grandes cidades, do barulho e cortam qualquer tipo de comunicação; outros fecham-se em si e a procuram nas meditações e reflexões do sentido da vida; há ainda aqueles que negam qualquer tipo de culpabilidade, como se negação fosse sinônimo de libertação.
Se tivéssemos a possibilidade de correr o mundo inteiro, viajar todos os mares e subir as mais altas montanhas, atravessar o espaço e ir além das estrelas, ainda assim não poderíamos apagar quem somos, nem o que vivemos, não nos tornaríamos melhores e nem maiores.
Somente um olhar para dentro de si mesmo, um reconhecimento de total condição humana e dependência do Pai pode nos libertar e colocar nas nossas mãos a paz que tanto almejamos.
Ser honesto consigo é ser honesto com o mundo inteiro. Quem se engana a si mesmo, comete o maior dos enganos. Nunca, aqui na terra, seremos grandes, bons e perfeitos o bastante para dizer que não temos mais nada para aprender.
Aprendemos a cada dia, às vezes com lágrimas e dor no coração. Não nos livramos das culpas quando fugimos delas e as desculpas não agem como sabão.
Se quisermos dar passos ao encontro do caminho da paz e de um mundo melhor, devemos aprender a aceitar certas coisas:
- Não sabemos tudo;
- O outro pode perfeitamente ter razão;
- Devemos assumir nossas culpas sem nos refugiar nas desculpas e isso não nos impedirá de olhar para a frente;
- Os erros que cometemos não devem nos amarrar definitivamente ao passado;
- O direito que temos de errar, outros também têm e fracassar uma vez não é fracassar para a vida toda;
- Os pais também se enganam e mesmo quando isso acontece é que desejam o melhor para os seus filhos;
- Cortar os pontos com alguém é cortar pontes onde nós e os outros poderíamos atravessar e viver isolado não é a melhor solução para resolver problemas;
- A comunicação é importante para evitar mal-entendidos;
- Franqueza e doçura não precisam estar dissociados;
- Evitar uma briga vale mais que ter razão;
- Os gestos valem tanto quanto palavras;
- Não é só a intenção que conta, mas ela conta muito;
- Brincar não é privilégio das crianças;
- Devemos perdoar até setenta vezes sete;
- Ninguém é melhor que ninguém;
- Somos todos moldados do mesmo barro e o mesmo Deus que soprou nas minhas narinas, soprou nas narinas do meu irmão;
- Todos temos pecados;
- Jesus também chorou, Ele foi crucificado, mas nunca crucificou.
- Podemos estar na mais alta montanha, no mais longíquo dos desertos e ainda assim estar longe de Deus.
- Aquele que busca a Verdade, encontra a Paz.
- Se somos herdeiros do pecado e herdeiros do bem. São as sementes desse último que devemos deixar ao longo da nossa passagem."
Se tivéssemos a possibilidade de correr o mundo inteiro, viajar todos os mares e subir as mais altas montanhas, atravessar o espaço e ir além das estrelas, ainda assim não poderíamos apagar quem somos, nem o que vivemos, não nos tornaríamos melhores e nem maiores.
Somente um olhar para dentro de si mesmo, um reconhecimento de total condição humana e dependência do Pai pode nos libertar e colocar nas nossas mãos a paz que tanto almejamos.
Ser honesto consigo é ser honesto com o mundo inteiro. Quem se engana a si mesmo, comete o maior dos enganos. Nunca, aqui na terra, seremos grandes, bons e perfeitos o bastante para dizer que não temos mais nada para aprender.
Aprendemos a cada dia, às vezes com lágrimas e dor no coração. Não nos livramos das culpas quando fugimos delas e as desculpas não agem como sabão.
Se quisermos dar passos ao encontro do caminho da paz e de um mundo melhor, devemos aprender a aceitar certas coisas:
- Não sabemos tudo;
- O outro pode perfeitamente ter razão;
- Devemos assumir nossas culpas sem nos refugiar nas desculpas e isso não nos impedirá de olhar para a frente;
- Os erros que cometemos não devem nos amarrar definitivamente ao passado;
- O direito que temos de errar, outros também têm e fracassar uma vez não é fracassar para a vida toda;
- Os pais também se enganam e mesmo quando isso acontece é que desejam o melhor para os seus filhos;
- Cortar os pontos com alguém é cortar pontes onde nós e os outros poderíamos atravessar e viver isolado não é a melhor solução para resolver problemas;
- A comunicação é importante para evitar mal-entendidos;
- Franqueza e doçura não precisam estar dissociados;
- Evitar uma briga vale mais que ter razão;
- Os gestos valem tanto quanto palavras;
- Não é só a intenção que conta, mas ela conta muito;
- Brincar não é privilégio das crianças;
- Devemos perdoar até setenta vezes sete;
- Ninguém é melhor que ninguém;
- Somos todos moldados do mesmo barro e o mesmo Deus que soprou nas minhas narinas, soprou nas narinas do meu irmão;
- Todos temos pecados;
- Jesus também chorou, Ele foi crucificado, mas nunca crucificou.
- Podemos estar na mais alta montanha, no mais longíquo dos desertos e ainda assim estar longe de Deus.
- Aquele que busca a Verdade, encontra a Paz.
- Se somos herdeiros do pecado e herdeiros do bem. São as sementes desse último que devemos deixar ao longo da nossa passagem."
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Cansaço!
Cansadaaaaaaaaaaa... POis é. Depois de uma semana frenética de tantos encontros e feliz da vida, estou optando por um finde em casa. Isso mesmo: em casa. Eu e meu cachorro, um filminho, uma comdinha leve. Nada demais.
É claro q eu sou facinha, facinha, e se ouço uma batucada na esquina saio correndo para olhar, mas por enquanto ninguém me convenceu de sair da minha caverna. To precisando dar uma descansada no esqueleto.
É claro q eu sou facinha, facinha, e se ouço uma batucada na esquina saio correndo para olhar, mas por enquanto ninguém me convenceu de sair da minha caverna. To precisando dar uma descansada no esqueleto.
To de volta...
Disseram que eu não pintava mais por aqui. Mentira. Cá estou eu de volta à minha casa. tenho sido relapsa, mas nunca (digo nunquinha mesmo) abandonarei meus 10 leitores. Este espaço é meu e ninquém tasca. To numa fase tão egoísta que não reparto nem chiclete com amigo. No way!! E me deixa curtir isso.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
quem mexeu??...
Foda-se quem mexeu, mas eu garanto... me prometo... juro que ninguém nunca mais vai mexer no meu queijo. Nunca mais.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Ufa!
Muito cansaço, dor excepcional na barriga (por conta do pedregulho que se instalou nos meus rins), pés inchados, cabeça latejando. É uma pessoa ou um doente em fase termina? Deus do Céu! Pretendia fazer um post mais positivo, mas com a quantidade de coisas que sonatizei no meu corpitcho nem Jesus salva...
Homem primata
Sou do tempo do homem primata citado pelo glorioso Titãs, na época em que eles ainda não pensavam em cantar gospel. "Planeta dos Macacos - A Origem" conta um pouco desta saga. Nada a ver com as duas versões anteriores. Aliás, esqueça tudo aquilo. Parece amador mesmo, embora não seja para a época.
Sim, é verdade: vivemos no mundo do capitalismo selvagem, como diria nossos "cabeças dinossauro". Todos os dias, o dinheiro faz mais parte da nossa vida e muitos fazem o que for preciso para garantir seu quinhão. Fazer o quê? A película pretende mostrar que tudo tem limite e te faz sair do cinema com esta sensação. Será que tudo isso é necessário realmente??
O mundo cor de rosa para os ambientalistas de plantão, é fato. O filme faz apologia contra o uso de cobaias animais. E é isso aí mesmo! Sou totalmente a favor. Depois do filme, até eu queria um macaco em casa. Afinal, o tratamento dado aos bichos são de emocionar...
Os efeitos especiais são um espetáculo à parte. Os macacos são trazidos para o mundo humano de uma forma impensável. Tem de tudo e para todos os gostos. Gestos e expressões foram inspiradas em seres humanos e cuidadosamente tratados. São quase pessoas, com um olhar cativante.
Destaque para a sequência da ponte, quando os bichos invadem a cidade. Leozinho, meu companheiro de cinema às quartas, não parava de comentar qeu este era o filme do ano. Eu tinha quase certeza até q um detalhe na reta final me fez desistir da ideia. Achei um certo exagero... Para se comparar a um ser humano, não era necessário chegar tão longe.
Mas vale a pena... Para mim, o bonequinho aplaude de pé.
Sim, é verdade: vivemos no mundo do capitalismo selvagem, como diria nossos "cabeças dinossauro". Todos os dias, o dinheiro faz mais parte da nossa vida e muitos fazem o que for preciso para garantir seu quinhão. Fazer o quê? A película pretende mostrar que tudo tem limite e te faz sair do cinema com esta sensação. Será que tudo isso é necessário realmente??
O mundo cor de rosa para os ambientalistas de plantão, é fato. O filme faz apologia contra o uso de cobaias animais. E é isso aí mesmo! Sou totalmente a favor. Depois do filme, até eu queria um macaco em casa. Afinal, o tratamento dado aos bichos são de emocionar...
Os efeitos especiais são um espetáculo à parte. Os macacos são trazidos para o mundo humano de uma forma impensável. Tem de tudo e para todos os gostos. Gestos e expressões foram inspiradas em seres humanos e cuidadosamente tratados. São quase pessoas, com um olhar cativante.
Destaque para a sequência da ponte, quando os bichos invadem a cidade. Leozinho, meu companheiro de cinema às quartas, não parava de comentar qeu este era o filme do ano. Eu tinha quase certeza até q um detalhe na reta final me fez desistir da ideia. Achei um certo exagero... Para se comparar a um ser humano, não era necessário chegar tão longe.
Mas vale a pena... Para mim, o bonequinho aplaude de pé.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Você tem inveja de quem?
Cacete... fiquei com inveja da minha amiga Renata Victal no seu Vida incoerente (confiram o blog) e copiei este texto. Nãopoderia ser melhor. Mais uma do Ivan Martins.
+++++++
Por Ivan Martins
A constatação é inevitável: há sempre alguém mais alto, mais bonito ou mais inteligente do que cada um de nós.
Na infância a gente descobre, sem prazer nenhum, que a criança ao lado parece atrair todas as atenções. Na adolescência há o cara, ou a menina, por quem metade da escola é apaixonada. Mesmo na vida adulta – quando a racionalidade deveria nos ajudar – o drama continua e se amplia. O terreno da competição (e da dor) tornou-se maior: aquele sujeito é promovido todo ano, aquela outra arruma um namorado por mês, fulano é adorado por todo mundo, sicrana viaja todo ano para lugares incríveis… A coisa não para. Sempre haverá um motivo, sempre haverá alguém para nos causar inveja.
Dentro dos relacionamentos não é diferente. Eu consigo pensar, com base nos meus próprios e mesquinhos sentimentos, em pelo menos duas maneiras pelas quais a inveja pode se meter na vida dos casais – uma externa, bem óbvia, e outra interna, na qual se presta menos atenção.
A situação óbvia é a inveja pelo parceiro do outro.
Você está lá, em paz com o seu quinhão, mas o seu amigo ou amiga aparece com uma pessoa nova, extremamente atraente e sedutora. Você fica feliz por ele ou por ela? Talvez. Mas é possível que você reaja humanamente, passando a olhar de forma crítica o seu próprio parceiro ou parceira, que, até ontem, fazia você feliz. De tanto desejar o namorado ou a namorada do outro – que pernas, que sorriso, que jeito gostoso – você acaba achando a sua ou o seu sem graça. Sente impulsos de arrumar para você mesmo alguém igualmente atraente, charmoso ou inteligente.
Isso se chama inveja. Detona a relação, estraga a sua cabeça e, rigorosamente, não tem solução: sempre vai aparecer alguém acompanhado de uma pessoa encantadora. Mais bonita, mais jovem ou mais bem sucedida do que aquela ao seu lado. Se você não aprender a ficar sereno com as suas escolhas, vai competir (e perder), o tempo inteiro.
A situação que eu descrevi acima é muito comum entre os homens. Não apenas por que somos competitivos – e, potencialmente, mais superficiais que as mulheres –, mas por sermos grandes mentirosos. Os homens exageram muito a própria felicidade para impressionar o resto do bando. Sobretudo quando se trata de sexo. O sujeito começa a sair com uma nova mulher e “reclama”, repetidamente, que não consegue mais dormir de tanto transar. Para o cara ao lado, que está num relacionamento estável e esqueceu como ele mesmo costumava exagerar essas histórias, fica a impressão, dolorosa e falsa, de que todos vivem como faunos e apenas ele tem vida sexual ou afetiva medíocre. Há que tomar cuidado com as palavras dos outros.
A outra situação em que a inveja atrapalha é quando ocorre no interior dos casais.
Às vezes é duro aceitar o sucesso ou as virtudes da pessoa de quem a gente gosta. De alguma forma, eles nos ofendem e nos inferiorizam. Em vez de celebrar as realizações da pessoa de quem estamos próximos, nos ressentimos delas. Sem admitir. Isso acontece em vários terrenos.
É muito comum ver homens magoados com o sucesso da mulher deles. A vida dele não andou como ele gostaria, a da namorada vai de vento em popa, o sujeito fica infeliz. Vai se tornando amargo, ressentido, às vezes até agressivo. Começa a detonar a parceira, como se não houvesse mérito – apenas sorte e privilégio – no que ela obteve. Isso é comum sobretudo entre casais que se formam no trabalho. Uma carreira decola, a outra não. O bode vem morar na sala.
Outras vezes, a inveja no interior do casal é provocada por coisas subjetivas. Nós podemos ter inveja do temperamento, do caráter ou da inteligência do outro – mesmo que eles não se transformem em dinheiro ou reconhecimento material. Algumas pessoas têm uma nobreza que outras não têm. Coragem para agir ou sentir de forma intensa, por exemplo. Traços de personalidade são muito perceptíveis quando estamos próximos de alguém. São eles que verdadeiramente definem uma pessoa, para além da aparência ou das circunstâncias sociais.
No início, essas qualidades (ou mesmo defeitos) atraem de maneira inequívoca. Mas, depois algum tempo, se não desenvolvermos em nós mesmos traços que nos despertem admiração, se não crescemos,sobrevém certo cansaço das virtudes do outro, uma impaciência crescente com aquilo que sabemos ser admirável. Disciplina vira chatice. Honestidade parece grosseria. Integridade não passa de teimosia. Inteligência se transforma em pedantismo. Dignidade é apenas soberba. Humor nos parece frivolidade. Leveza? Irresponsabilidade. No fundo, podemos estar tomados pela inveja do que o outro é e nós gostaríamos, inutilmente, de ser.
Minha impressão, em resumo, é que a inveja não tem limites e seus efeitos são extremamente subestimados nas relações íntimas.
A gente pode ter inveja da beleza ou da juventude do parceiro. Pode ter inveja da desenvoltura sexual dele ou dela. Seres humanos têm inveja (que se confunde com ciúme) do passado das pessoas de quem gostam. Podemos ter inveja do futuro dele ou dela, um sentimento esquisito e doloroso. Quem não sentiu inveja da família do outro, do sono profundo do outro, do filho ou filha linda que ele tem? Eu já. Suponho que vocês também. A inveja faz parte da vida. Está no ar como o amor. Enxergá-la e lidar conscientemente com ela – em vez de ser movido por ela sem perceber – faz parte do nosso aprendizado. Aquele aprendizado que começou na infância, quando o garoto da carteira da frente, e não você, recebeu um afago da professora.
+++++++
Por Ivan Martins
A constatação é inevitável: há sempre alguém mais alto, mais bonito ou mais inteligente do que cada um de nós.
Na infância a gente descobre, sem prazer nenhum, que a criança ao lado parece atrair todas as atenções. Na adolescência há o cara, ou a menina, por quem metade da escola é apaixonada. Mesmo na vida adulta – quando a racionalidade deveria nos ajudar – o drama continua e se amplia. O terreno da competição (e da dor) tornou-se maior: aquele sujeito é promovido todo ano, aquela outra arruma um namorado por mês, fulano é adorado por todo mundo, sicrana viaja todo ano para lugares incríveis… A coisa não para. Sempre haverá um motivo, sempre haverá alguém para nos causar inveja.
Dentro dos relacionamentos não é diferente. Eu consigo pensar, com base nos meus próprios e mesquinhos sentimentos, em pelo menos duas maneiras pelas quais a inveja pode se meter na vida dos casais – uma externa, bem óbvia, e outra interna, na qual se presta menos atenção.
A situação óbvia é a inveja pelo parceiro do outro.
Você está lá, em paz com o seu quinhão, mas o seu amigo ou amiga aparece com uma pessoa nova, extremamente atraente e sedutora. Você fica feliz por ele ou por ela? Talvez. Mas é possível que você reaja humanamente, passando a olhar de forma crítica o seu próprio parceiro ou parceira, que, até ontem, fazia você feliz. De tanto desejar o namorado ou a namorada do outro – que pernas, que sorriso, que jeito gostoso – você acaba achando a sua ou o seu sem graça. Sente impulsos de arrumar para você mesmo alguém igualmente atraente, charmoso ou inteligente.
Isso se chama inveja. Detona a relação, estraga a sua cabeça e, rigorosamente, não tem solução: sempre vai aparecer alguém acompanhado de uma pessoa encantadora. Mais bonita, mais jovem ou mais bem sucedida do que aquela ao seu lado. Se você não aprender a ficar sereno com as suas escolhas, vai competir (e perder), o tempo inteiro.
A situação que eu descrevi acima é muito comum entre os homens. Não apenas por que somos competitivos – e, potencialmente, mais superficiais que as mulheres –, mas por sermos grandes mentirosos. Os homens exageram muito a própria felicidade para impressionar o resto do bando. Sobretudo quando se trata de sexo. O sujeito começa a sair com uma nova mulher e “reclama”, repetidamente, que não consegue mais dormir de tanto transar. Para o cara ao lado, que está num relacionamento estável e esqueceu como ele mesmo costumava exagerar essas histórias, fica a impressão, dolorosa e falsa, de que todos vivem como faunos e apenas ele tem vida sexual ou afetiva medíocre. Há que tomar cuidado com as palavras dos outros.
A outra situação em que a inveja atrapalha é quando ocorre no interior dos casais.
Às vezes é duro aceitar o sucesso ou as virtudes da pessoa de quem a gente gosta. De alguma forma, eles nos ofendem e nos inferiorizam. Em vez de celebrar as realizações da pessoa de quem estamos próximos, nos ressentimos delas. Sem admitir. Isso acontece em vários terrenos.
É muito comum ver homens magoados com o sucesso da mulher deles. A vida dele não andou como ele gostaria, a da namorada vai de vento em popa, o sujeito fica infeliz. Vai se tornando amargo, ressentido, às vezes até agressivo. Começa a detonar a parceira, como se não houvesse mérito – apenas sorte e privilégio – no que ela obteve. Isso é comum sobretudo entre casais que se formam no trabalho. Uma carreira decola, a outra não. O bode vem morar na sala.
Outras vezes, a inveja no interior do casal é provocada por coisas subjetivas. Nós podemos ter inveja do temperamento, do caráter ou da inteligência do outro – mesmo que eles não se transformem em dinheiro ou reconhecimento material. Algumas pessoas têm uma nobreza que outras não têm. Coragem para agir ou sentir de forma intensa, por exemplo. Traços de personalidade são muito perceptíveis quando estamos próximos de alguém. São eles que verdadeiramente definem uma pessoa, para além da aparência ou das circunstâncias sociais.
No início, essas qualidades (ou mesmo defeitos) atraem de maneira inequívoca. Mas, depois algum tempo, se não desenvolvermos em nós mesmos traços que nos despertem admiração, se não crescemos,sobrevém certo cansaço das virtudes do outro, uma impaciência crescente com aquilo que sabemos ser admirável. Disciplina vira chatice. Honestidade parece grosseria. Integridade não passa de teimosia. Inteligência se transforma em pedantismo. Dignidade é apenas soberba. Humor nos parece frivolidade. Leveza? Irresponsabilidade. No fundo, podemos estar tomados pela inveja do que o outro é e nós gostaríamos, inutilmente, de ser.
Minha impressão, em resumo, é que a inveja não tem limites e seus efeitos são extremamente subestimados nas relações íntimas.
A gente pode ter inveja da beleza ou da juventude do parceiro. Pode ter inveja da desenvoltura sexual dele ou dela. Seres humanos têm inveja (que se confunde com ciúme) do passado das pessoas de quem gostam. Podemos ter inveja do futuro dele ou dela, um sentimento esquisito e doloroso. Quem não sentiu inveja da família do outro, do sono profundo do outro, do filho ou filha linda que ele tem? Eu já. Suponho que vocês também. A inveja faz parte da vida. Está no ar como o amor. Enxergá-la e lidar conscientemente com ela – em vez de ser movido por ela sem perceber – faz parte do nosso aprendizado. Aquele aprendizado que começou na infância, quando o garoto da carteira da frente, e não você, recebeu um afago da professora.
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Coldplay e eu
Passo a tarde perdida na obra do Coldplay. Sim, eu escolhi ir vê-los embora ache-os extremamente melancólicos. Nada muito além do que venho me sentindo... Tem dias em que acordo nova. Tem dias que quero sumir.
É preciso coragem para sentir e falar de amor, de saudade, de arrependimento, de dor. Tudo tão melancólico. Tudo tão Coldplay. Coisa para poucos...
Choro disfarçadamente na mesa de trabalho mesmo, ouvindo "Warning sign". Sim, "I miss you so"... Já perdi a vergonha disso. Já perdi a conta de quantas vezes a ouvi e chorei. Me vejo numa praia longe, andando a esmo em direção ao nada. Mas andando...
As pessoas devem me achar louca. E talvez eu esteja... Não me incomodo com mais nada. Minhas forças se esvaíram. Não caibo mais nas minhas roupas, não caibo mais nos meus pensamentos, não caibo mais nos meus sonhos. Tudo é tão pequeno. Tudo é tão grandioso... Tão longe do que me vejo hoje.
É verdade, eu tô me refazendo. Detesto a associação com as borboletas, mas a imagem me vem a cabeça. O que me adianta voar se nunca deixarei de ser uma lagarta??... rsrs... Sinto falta do casulo. Só isso.
"Green Eyes" toca no meu ouvido. "You're the one that i wanted to find anyone who tried to deny you must be out of their mind"... Ninguém sabe o que é isso, se não passou por situação similar. Tb não desejo a ninguém, embora tenha plena consciência que faz parte da vida, faz parte do aprendizado. Cansaço.
Só quero ir... Deixe-me ir.
É preciso coragem para sentir e falar de amor, de saudade, de arrependimento, de dor. Tudo tão melancólico. Tudo tão Coldplay. Coisa para poucos...
Choro disfarçadamente na mesa de trabalho mesmo, ouvindo "Warning sign". Sim, "I miss you so"... Já perdi a vergonha disso. Já perdi a conta de quantas vezes a ouvi e chorei. Me vejo numa praia longe, andando a esmo em direção ao nada. Mas andando...
As pessoas devem me achar louca. E talvez eu esteja... Não me incomodo com mais nada. Minhas forças se esvaíram. Não caibo mais nas minhas roupas, não caibo mais nos meus pensamentos, não caibo mais nos meus sonhos. Tudo é tão pequeno. Tudo é tão grandioso... Tão longe do que me vejo hoje.
É verdade, eu tô me refazendo. Detesto a associação com as borboletas, mas a imagem me vem a cabeça. O que me adianta voar se nunca deixarei de ser uma lagarta??... rsrs... Sinto falta do casulo. Só isso.
"Green Eyes" toca no meu ouvido. "You're the one that i wanted to find anyone who tried to deny you must be out of their mind"... Ninguém sabe o que é isso, se não passou por situação similar. Tb não desejo a ninguém, embora tenha plena consciência que faz parte da vida, faz parte do aprendizado. Cansaço.
Só quero ir... Deixe-me ir.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Alguém especial
É isso que você quer – ou um monte de gente basta?
Por IVAN MARTINS
“Ficar com muita gente é fácil”, diz um amigo meu, com pouco mais de 25 anos. “Difícil é achar alguém especial”.
Faz algum tempo que tivemos essa conversa. Ele tentava me explicar por que, em meio a tantas garotas bonitas, a tantas baladas e viagens, ele não se decidia a namorar.
Ele não disse que estava sobrando mulher. Não disse que seria um desperdício escolher apenas uma. Não falou em aproveitar a juventude ou o momento e nem alegou que teria dificuldade em escolher. Disse apenas que é difícil achar alguém especial.
Na hora, parado com ele na porta do elevador, aquilo me pareceu apenas uma desculpa para quem, afinal, está curtindo a abundância. Foi depois que eu vim a pensar que existe mesmo gente especial, e que é difícil topar com uma delas.
Claro, o mundo está cheio de gente bonita. Também há pessoas disponíveis para quase tudo, de sexo a asa delta. Para encontrar gente animada, basta ir ao bar, descobrir a balada, chegar na festa quando estiver bombando. Se você não for muito feio ou muito chato, vai se dar bem. Se você for jovem e bonita, vai ter possibilidade de escolher. Pode-se viver assim por muito tempo, experimentando, trocando de gente sem muita dor e quase sem culpa, descobrindo prazeres e sensações que, no passado, estariam proibidos, especialmente às mulheres.
Mas talvez isso tudo não seja suficiente.
Talvez seja preciso, para sentir-se realmente vivo, um tipo de sensação que não se obtém apenas trocando de parceiro ou de parceira toda semana. Talvez seja preciso, depois de algum tempo na farra, ficar apaixonado. Na verdade, ficar apaixonado pode ser aquilo que nós procuramos o tempo inteiro – mas isso, diria o meu jovem amigo, exige alguém especial.
Desde que ele usou essa fatídica expressão, eu fiquei pensando, mesmo contra a minha vontade, sobre o que seria alguém especial, e ainda não encontrei uma resposta satisfatória. Provavelmente porque ela não existe.
Você certamente já passou pela sensação engraçada de ouvir um amigo explicando, incansavelmente, por que aquela garota por quem ele está apaixonado é a mulher mais linda e mais encantadora do mundo – sem que você perceba, nela, nada de especial. OK, a garota é bonitinha. OK, o sotaque dela é charmoso. Mas, quem ouvisse ele falando, acharia que está namorando a irmã gêmea da Mila Kunis. Para ele ela é única e quase sobrenatural, e isso basta.
Disso se deduz, eu acho, que a pessoa especial é aquela que nos faz sentir especial.
Tenho uma amiga que anda apaixonada por um sujeito que eu, com a melhor boa vontade, só consigo achar um coxinha. Mas o tal rapaz, que parece que nasceu no cartório, faz com que ela se sinta a mulher mais sensual e mais arrebatada do planeta. É uma química aparentemente inexplicável entre um furacão e um copo de água mineral sem gás, mas que parece funcionar maravilhosamente. Ela, linda e selvagem como um puma da montanha, escolheu o cara que toma banho engravatado, entre tantos outros que se ofereciam, por que ele a faz sentir-se de um modo que ninguém mais faz. E isso basta.
É preciso admitir que há gente que parece especial para todo mundo. Não estou falando de atores e atrizes ou qualquer dessas celebridades que colonizam as nossas fantasias sexuais como cupins. Falo de gente normal extremamente sedutora. Isso existe, entre homens e entre mulheres. São aquelas pessoas com quem todo mundo quer ficar. Aquelas por quem um número desproporcional de seres humanos é apaixonado. Essas pessoas existem, estão em toda parte, circulam entre nós provocando suspiros e viradas de pescoço, mas não acho que sejam a resposta aos desejos de cada um de nós. Claro, todo mundo quer uma chance de ficar com uma pessoa dessas. Mas, quando acontece, não é exatamente aquilo que se imaginava. Você pode descobrir que a pessoa que todo mundo acha especial não é especial para você.
Da minha parte, tendo pensado um pouco, acho que a pessoa especial é aquele que enche a minha vida. Ela é a resposta às minhas ansiedades. Ela me dá aquilo que eu nem sei que eu preciso – às vezes é paz, outras vezes confusão. Eu tenho certeza que ela é linda por que não consigo deixar de olhá-la. Tenho certeza que é a pessoa mais sensual do mundo, uma vez que eu não consigo tirar as mãos dela. Certamente é brilhante, já que ela fala e eu babo. E, claro, a mulher mais engraçada do mundo, pois me faz rir o tempo inteiro. Tem também um senso de humor inteligentíssimo, visto que adora as minhas piadas. Com ela eu viajo, durmo, como, transo e até brigo bem. Ela extrai o melhor e o pior de mim, faz com que eu me sinta inteiro.
Deve ser isso que o meu amigo tinha em mente quando se referia a alguém especial. Se for isso vale a pena. As pessoas que passam na nossa vida são importantes, mas, de vez em quando, alguém tem de cavar um buraco bem fundo e ficar. Essas são especiais e não são fáceis de achar.
Por IVAN MARTINS
“Ficar com muita gente é fácil”, diz um amigo meu, com pouco mais de 25 anos. “Difícil é achar alguém especial”.
Faz algum tempo que tivemos essa conversa. Ele tentava me explicar por que, em meio a tantas garotas bonitas, a tantas baladas e viagens, ele não se decidia a namorar.
Ele não disse que estava sobrando mulher. Não disse que seria um desperdício escolher apenas uma. Não falou em aproveitar a juventude ou o momento e nem alegou que teria dificuldade em escolher. Disse apenas que é difícil achar alguém especial.
Na hora, parado com ele na porta do elevador, aquilo me pareceu apenas uma desculpa para quem, afinal, está curtindo a abundância. Foi depois que eu vim a pensar que existe mesmo gente especial, e que é difícil topar com uma delas.
Claro, o mundo está cheio de gente bonita. Também há pessoas disponíveis para quase tudo, de sexo a asa delta. Para encontrar gente animada, basta ir ao bar, descobrir a balada, chegar na festa quando estiver bombando. Se você não for muito feio ou muito chato, vai se dar bem. Se você for jovem e bonita, vai ter possibilidade de escolher. Pode-se viver assim por muito tempo, experimentando, trocando de gente sem muita dor e quase sem culpa, descobrindo prazeres e sensações que, no passado, estariam proibidos, especialmente às mulheres.
Mas talvez isso tudo não seja suficiente.
Talvez seja preciso, para sentir-se realmente vivo, um tipo de sensação que não se obtém apenas trocando de parceiro ou de parceira toda semana. Talvez seja preciso, depois de algum tempo na farra, ficar apaixonado. Na verdade, ficar apaixonado pode ser aquilo que nós procuramos o tempo inteiro – mas isso, diria o meu jovem amigo, exige alguém especial.
Desde que ele usou essa fatídica expressão, eu fiquei pensando, mesmo contra a minha vontade, sobre o que seria alguém especial, e ainda não encontrei uma resposta satisfatória. Provavelmente porque ela não existe.
Você certamente já passou pela sensação engraçada de ouvir um amigo explicando, incansavelmente, por que aquela garota por quem ele está apaixonado é a mulher mais linda e mais encantadora do mundo – sem que você perceba, nela, nada de especial. OK, a garota é bonitinha. OK, o sotaque dela é charmoso. Mas, quem ouvisse ele falando, acharia que está namorando a irmã gêmea da Mila Kunis. Para ele ela é única e quase sobrenatural, e isso basta.
Disso se deduz, eu acho, que a pessoa especial é aquela que nos faz sentir especial.
Tenho uma amiga que anda apaixonada por um sujeito que eu, com a melhor boa vontade, só consigo achar um coxinha. Mas o tal rapaz, que parece que nasceu no cartório, faz com que ela se sinta a mulher mais sensual e mais arrebatada do planeta. É uma química aparentemente inexplicável entre um furacão e um copo de água mineral sem gás, mas que parece funcionar maravilhosamente. Ela, linda e selvagem como um puma da montanha, escolheu o cara que toma banho engravatado, entre tantos outros que se ofereciam, por que ele a faz sentir-se de um modo que ninguém mais faz. E isso basta.
É preciso admitir que há gente que parece especial para todo mundo. Não estou falando de atores e atrizes ou qualquer dessas celebridades que colonizam as nossas fantasias sexuais como cupins. Falo de gente normal extremamente sedutora. Isso existe, entre homens e entre mulheres. São aquelas pessoas com quem todo mundo quer ficar. Aquelas por quem um número desproporcional de seres humanos é apaixonado. Essas pessoas existem, estão em toda parte, circulam entre nós provocando suspiros e viradas de pescoço, mas não acho que sejam a resposta aos desejos de cada um de nós. Claro, todo mundo quer uma chance de ficar com uma pessoa dessas. Mas, quando acontece, não é exatamente aquilo que se imaginava. Você pode descobrir que a pessoa que todo mundo acha especial não é especial para você.
Da minha parte, tendo pensado um pouco, acho que a pessoa especial é aquele que enche a minha vida. Ela é a resposta às minhas ansiedades. Ela me dá aquilo que eu nem sei que eu preciso – às vezes é paz, outras vezes confusão. Eu tenho certeza que ela é linda por que não consigo deixar de olhá-la. Tenho certeza que é a pessoa mais sensual do mundo, uma vez que eu não consigo tirar as mãos dela. Certamente é brilhante, já que ela fala e eu babo. E, claro, a mulher mais engraçada do mundo, pois me faz rir o tempo inteiro. Tem também um senso de humor inteligentíssimo, visto que adora as minhas piadas. Com ela eu viajo, durmo, como, transo e até brigo bem. Ela extrai o melhor e o pior de mim, faz com que eu me sinta inteiro.
Deve ser isso que o meu amigo tinha em mente quando se referia a alguém especial. Se for isso vale a pena. As pessoas que passam na nossa vida são importantes, mas, de vez em quando, alguém tem de cavar um buraco bem fundo e ficar. Essas são especiais e não são fáceis de achar.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
É isso
O cara mal sabia falar português e de repente me aparece no Facebook fazendo gracinhas em inglês, comentando a guerra iraquiana, reclamando de comida portuguesa. A figurinha mal sabia se vestir e de repente encontro na rua com terno bem cortado com gravata francesa e uma pasta de couro italiano. Mal conhecia onde ficava o Jardim Botânico e dou de cara com ele na Prainha, com adesivo no carro de quem esteve em Fernando de Noronha.
É a vida. O tempo passa, a vida passa, a gente passa.
Ninguém é pedra mesmo, devia eu pensar. Mas nem por um minuto me ocorreu que sem mim ele ficaria até melhor, alçaria novos vôos, faria outros amigos. Filho da puta! E eu que sonhei um dia em vê-lo morrendo à míngua...
rsrs...
O ser humano é mesmo um camaleão. Se não rola por aqui, tentemos por ali. Se não tem jeito desta forma, vou fazer assim. Se não funcionar, aí tento naquela direção. E aí quando menos esperamos estamos todos refeitos, prontos para outra. E, acima de tudo, melhores.
É um eterno refazer. E é isso que nos torna especiais. A possibilidade de diante do inevitável corrermos atrás dos prejuízos e recomeçarmos. E quando falo recomeçar não é só arrancarmos forças não-sei-de-onde e acordarmos inteiros. Não... É transformarmos hábitos, quereres, pequenos gestos que no fim fazem toda a diferença em nós e no mundo em que vivemos.
Quanto mais cedo aprendemos isso, mais cedo temos a possibilidade de voltarmos a ser felizes. Quanto mais cedo aprendemos isso, mais tempo teremos para curtir a vida, que na verdade é a única coisa q vale a pena.
É a vida. O tempo passa, a vida passa, a gente passa.
Ninguém é pedra mesmo, devia eu pensar. Mas nem por um minuto me ocorreu que sem mim ele ficaria até melhor, alçaria novos vôos, faria outros amigos. Filho da puta! E eu que sonhei um dia em vê-lo morrendo à míngua...
rsrs...
O ser humano é mesmo um camaleão. Se não rola por aqui, tentemos por ali. Se não tem jeito desta forma, vou fazer assim. Se não funcionar, aí tento naquela direção. E aí quando menos esperamos estamos todos refeitos, prontos para outra. E, acima de tudo, melhores.
É um eterno refazer. E é isso que nos torna especiais. A possibilidade de diante do inevitável corrermos atrás dos prejuízos e recomeçarmos. E quando falo recomeçar não é só arrancarmos forças não-sei-de-onde e acordarmos inteiros. Não... É transformarmos hábitos, quereres, pequenos gestos que no fim fazem toda a diferença em nós e no mundo em que vivemos.
Quanto mais cedo aprendemos isso, mais cedo temos a possibilidade de voltarmos a ser felizes. Quanto mais cedo aprendemos isso, mais tempo teremos para curtir a vida, que na verdade é a única coisa q vale a pena.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Zoológico
Trabalhando como um camelo, frenética como um coelho, instável como uma cobra. Putz, sou um zoológico inteiro!
terça-feira, 2 de agosto de 2011
A busca pelo equilíbrio
Duas fábulas sobre a busca do equilíbrio. Assim são "Cisne Negro" e "Comer, Rezar, Amar". Meio atrasada, assisti os dois filmes em seguida ontem. Sensacionais, cada um à sua maneira. Me identifiquei prontamente. Cada dia mais instável, tenho rezado para voltar ao que fui um dia... Tranquila, em paz. Será a época? Sei lá... fato é que isso me incomoda muito, embora o ashram do filme estrelado por Julia Roberts, um blockbuster muito melhor do que o livro, insista em dizer que uma vida equilibrada às vezes prevê o desequilíbrio. Sopa no mel. Rsrs...
Fora a nossa diva, o roteiro inspirado no livro da escritora Elizabeth Gilbert me deu muito prazer em assistí-lo. Físico e emocional. A expectativa dela, que passou um ano entre Itália, Índia e Bali, é essa mesma e pode ser constatada na película. Comi a Itália com os olhos - de novo. A Índia é meio chata, mas espiritualmente agrega. "Devemos perdoar a nós mesmos pelos nossos erros." Já ouvi este papo por estes dias. E Bali... bem, é o reencontro consigo mesma. E ainda tem Javier Bardem. "Envie amor e luz. Depois esqueça". É para guardar.
Já Cisne Negro... cacete, este merece um post sozinho! É a doidice no osso, dura feito ferro. Natalie Portman está sublime, o roteiro é de arrepiar - causando medo, insonia, tesão, angústia, amor, dor... Tudoaomesmotempoagora. De impressionar. E no fim ainda deixa aquela constatação no ar: "todos temos um cisne negro dentro da gente".
Fora a nossa diva, o roteiro inspirado no livro da escritora Elizabeth Gilbert me deu muito prazer em assistí-lo. Físico e emocional. A expectativa dela, que passou um ano entre Itália, Índia e Bali, é essa mesma e pode ser constatada na película. Comi a Itália com os olhos - de novo. A Índia é meio chata, mas espiritualmente agrega. "Devemos perdoar a nós mesmos pelos nossos erros." Já ouvi este papo por estes dias. E Bali... bem, é o reencontro consigo mesma. E ainda tem Javier Bardem. "Envie amor e luz. Depois esqueça". É para guardar.
Já Cisne Negro... cacete, este merece um post sozinho! É a doidice no osso, dura feito ferro. Natalie Portman está sublime, o roteiro é de arrepiar - causando medo, insonia, tesão, angústia, amor, dor... Tudoaomesmotempoagora. De impressionar. E no fim ainda deixa aquela constatação no ar: "todos temos um cisne negro dentro da gente".
Cilada?
Estou voltando à minha fase cinéfila. Só nos últimos seis dias vi três filmes a que estava me devendo. Vou começar por Cilada.com . Febre dos cinemas - talvez pela falta de opção nestas férias, o filme é engraçado. Bruno Mazzeo bolou uma franquia bacana, engraçada, moderna. Boas sacadas, elenco afiado. Gostei. Achei que podia ser um pouco mais curta a edição, mas tá beleza.
Não tem nada a ver com cilada. Vale a pena.
Não tem nada a ver com cilada. Vale a pena.
Bem vinda, Katia
Descobri q uma antiga colega de trabalho é minha leitora assídua. Uma delícia que poucas vezes nos acontecem. Imagina que ela me descobriu no santo google e vez em quando pinta por aqui. Reclamou do meu ar soturno, principalmente nos últimos tempos. Tentei explicar que a vida não anda fácil, mas ela me cobrou alegria.
Tô tentando, Katia, tô tentando... Rsrs...
Mas acredite: só descobrir alguém que há muito não vemos como sendo nossa companheira nesta saga da internet já é motivo de felicidade.
Valeu e volte sempre.
Tô tentando, Katia, tô tentando... Rsrs...
Mas acredite: só descobrir alguém que há muito não vemos como sendo nossa companheira nesta saga da internet já é motivo de felicidade.
Valeu e volte sempre.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Vale a pena ler, vale a pena viver
Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade, em “The Plain Dealer”, Cleveland , Ohio
"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi."
Meu hodômetro passou dos 90 em agosto, portanto aqui vai a coluna mais uma vez:
1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, dê somente, o próximo passo, pequeno .
3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.
4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.
5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.
6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.
7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.
8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso.
9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.
11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.
12. É bom deixar suas crianças verem que você chora..
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.
14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.
16. Respire fundo. Isso acalma a mente.
17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.
18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.
19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.
20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.
21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use lingerie chic. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.
23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..
26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todo mundo.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.
31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.
32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.
33. Acredite em milagres.
34.. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.
35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.
36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.
37. Suas crianças têm apenas uma infância.
38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.
39.. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.
41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor ainda está por vir.
43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.
44. Produza!
45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.
"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi."
Meu hodômetro passou dos 90 em agosto, portanto aqui vai a coluna mais uma vez:
1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, dê somente, o próximo passo, pequeno .
3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.
4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.
5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.
6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.
7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.
8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso.
9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.
11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.
12. É bom deixar suas crianças verem que você chora..
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.
14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.
16. Respire fundo. Isso acalma a mente.
17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.
18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.
19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.
20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.
21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use lingerie chic. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.
23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..
26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todo mundo.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.
31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.
32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.
33. Acredite em milagres.
34.. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.
35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.
36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.
37. Suas crianças têm apenas uma infância.
38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.
39.. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.
41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor ainda está por vir.
43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.
44. Produza!
45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Meu Reveillon
terça-feira, 12 de julho de 2011
Acabei “Um Dia”
Quando li a primeira vez sobre “Um Dia” não sabia exatamente o que me esperava. Debaixo de uma saraivada de elogios, o livro emergia como um romance como qq outro. Será isso tudo? “Um Dia” virou meu foco quando soube que tinha rendido um filme a estrear em agosto. Por si só, o livro já foi criado roteirizado, fato que só constatei depois de lê-lo.
Renata, minha amiga de sempre, me disse que tinha parado de ler para não chegar logo ao fim, tamanhas as delícias de encará-lo. Me despertou curiosidade. Vinte anos de duas vidas. E, confesso, que a partir daí, grudei nele. E ele grudou em mim.
No início, o livro parece meio bobo, quase infantil. Depois me dei conta que num período de 20 anos é fato que os personagens comecem bem jovens. E como jovens temos pensamentos meio infantis, fantasiosos, inconseqüentes. Depois da juventude também, devo dizer, que isso não muda muito. Sim, é verdade, mas nossa capacidade de distinguir a realidade do sonho cresce. Quando Em e Dex (o casal protagonista) chegam na minha fase de vida, me surpreendi com a riqueza de pensamentos, de quereres, de sensações descritas de uma forma tão próxima a mim que chegaram a me sufocar. Era eu. Era eu e os meus. Era eu, os meus e os meus sentimentos.
Há momentos na adolescência que realmente somos muito felizes. Talvez nunca sejamos como naquela época. Hoje, porém, esta felicidade acachapante dá lugar a tranqüilidade, a uma paz interior, a uma serenidade que não têm preço. Melhor ou pior? Não é fazer juízo de valor, é simplesmente saber que a vida acontece. E cada momento é um só. Cada um com seu brilho próprio.
Após dias totalmente ressacados por conta da sensibilidade e da maturidade impressas nas palavras de David Nichols (salve ele!), estou naquele estágio entre aliviada e triste. Acabei “Um dia” ontem. Numa madrugada fria e cheia de interrogações. Meus sentimentos são contraditários: alívio por ter terminado o romance de que mais tenho ouvido falar e que me causou sincera revolução nos pensamentos, mesmo eu não estando nos meus melhores dias para leitura; tristeza por ter sido surpreendida com o final escolhido por David Nichols. Entendi o porquê de ser apontado como o “Love Story” dos nossos tempos...
Renata, minha amiga de sempre, me disse que tinha parado de ler para não chegar logo ao fim, tamanhas as delícias de encará-lo. Me despertou curiosidade. Vinte anos de duas vidas. E, confesso, que a partir daí, grudei nele. E ele grudou em mim.
No início, o livro parece meio bobo, quase infantil. Depois me dei conta que num período de 20 anos é fato que os personagens comecem bem jovens. E como jovens temos pensamentos meio infantis, fantasiosos, inconseqüentes. Depois da juventude também, devo dizer, que isso não muda muito. Sim, é verdade, mas nossa capacidade de distinguir a realidade do sonho cresce. Quando Em e Dex (o casal protagonista) chegam na minha fase de vida, me surpreendi com a riqueza de pensamentos, de quereres, de sensações descritas de uma forma tão próxima a mim que chegaram a me sufocar. Era eu. Era eu e os meus. Era eu, os meus e os meus sentimentos.
Há momentos na adolescência que realmente somos muito felizes. Talvez nunca sejamos como naquela época. Hoje, porém, esta felicidade acachapante dá lugar a tranqüilidade, a uma paz interior, a uma serenidade que não têm preço. Melhor ou pior? Não é fazer juízo de valor, é simplesmente saber que a vida acontece. E cada momento é um só. Cada um com seu brilho próprio.
Após dias totalmente ressacados por conta da sensibilidade e da maturidade impressas nas palavras de David Nichols (salve ele!), estou naquele estágio entre aliviada e triste. Acabei “Um dia” ontem. Numa madrugada fria e cheia de interrogações. Meus sentimentos são contraditários: alívio por ter terminado o romance de que mais tenho ouvido falar e que me causou sincera revolução nos pensamentos, mesmo eu não estando nos meus melhores dias para leitura; tristeza por ter sido surpreendida com o final escolhido por David Nichols. Entendi o porquê de ser apontado como o “Love Story” dos nossos tempos...
quinta-feira, 7 de julho de 2011
O amor
Indicada pela Dé, minha amiga querida, conheci o blog "A melhor das intenções", pilotado pelo Bruno Acioli. Falando sobre uma coluna q muito me interessou na semana passada, o cara dá banho em muito marmanjo que acha que sabe tudo da vida. Fiquei impressionada com a visão e a transparência do texto.
Enviei para uma outra amiga, que adora o tema, e ela discordou. Aliás, com argumentos bem interessantes também. Afinal, o amor tem que ser fácil, fluido, tranquilo ou é mesmo uma batalha diária, cheia de altos e baixos?
Fato é que cada um tem sua maneira de viver o amor. Valeu o debate.
Segue o texto.
Virei fã.
**
O amor é um buraco negro
03/07/2011
Li recentemente em um post na internet que o suposto amor decente é aquele que vem fácil, sem conflitos, sem intrigas, que nasce naturalmente, que agrega. O autor, um respeitado jornalista de um grande veículo brasileiro, apura as diferenças entre os sacrifícios que se faz em um romance nascido à duras penas, além das brigas e lutas que travam os que se amam, e os amores que acontecem e se sustentam por acaso. Sou fã desse cara e adorei o texto, mas tenho — como todos os amigos esperavam –, um contra-argumento. E aviso: amor é um buraco negro.
Em tempo, não sou o mais velho dos jornalistas, tampouco conheci todas as mulheres do mundo. Gostaria, mas não. De qualquer forma, observo, ouço, pergunto, vivo e compartilho experiências pessoais sobre o que é amar e estar em um relacionamento amoroso. Seja ele curto ou longo. E não é nada fácil, amigo.
Desde que me entendo por gente, tive facilidade para negociar com o sexo oposto. Diferente da maioria de meus amigos, mulheres nunca me assustaram. Isso, obviamente, tornara-se meu trunfo, com o passar dos anos. Em suma, nunca fiquei sozinho. Pelo contrário, estive sempre muito bem acompanhado. Mesmo assim, essa facilidade para atrair moças interessantes não pacificou os romances que vivi com cada uma. A princípio, compartilhávamos coisas boas, sentia o frio na barriga de todo começo de relacionamento e, por pressuposto, assim como o autor do texto sobre amores fáceis, acreditei que essa fosse a saída para o coração apaixonado. Mas, com o tempo, descobri que amar é alimentar o serial killer que existe dentro de você. Porque amor é exigente, é cobrador, apesar de sempre ou quase sempre ser iniciado de um esbarrão na escada do prédio, no elevador, de uma conversa despretenciosa na fila do banco. Alimentar um amor é, na maioria das vezes, viver de sacrifício. E onde existe sacrifício, existe expectativa. Não à toa, as pessoas mais interessantes tendem a morar em outros estados ou países. Ou são totalmente o nosso oposto. Vai dizer que você nunca se deparou com uma pessoa maravilhosa, mas que tinha um único defeito capaz de destruir todo aquele encanto? Olha o sacrifício aí. Até que ponto você iria por um amor? Pergunte-se isso. E quando esse ciclo não é satisfeito pelo objeto amado, o sujeito da oração é invadido por ondas e ondas de sentimentos conflitantes: ciúme, insegurança, a própria insatisfação, às vezes, ira.
Ora, acho ótimo que exista um ou mais cases de sucesso em que o amor é agente pacificador em um relacionamento, em que a cobrança é quase mínima ou que, como diz a música, o acaso proteja os pombinhos distraídos. Isso estimula, dá fé, mas aqui fora, na vida real, amar é lutar. É suar, é surpreender, é desgastar a mente, o corpo, a alma, se possível. Planos, sonhos, investimentos, bens materiais. Tudo para experimentar a adrenalina correndo nas veias que só um amor desses de cinema pode injetar.
Quando duas pessoas se amam e encontram obstáculos, os sacrifícios vêm aos montes. Por que você acha que Romeu e Julieta são o casal mais famoso da literatura mundial? Porque eles representam a guerra por amor. A proibição das famílias, a dificuldade de manter um caso que, até então, era considerado como errado. Mais além, recorde a letra de Eduardo e Mônica. Imagine o que ambos passariam — se a história fosse real –, para ficarem juntos. Quantas diferenças não teriam que relevar, quantas complicações e atritos? E, adivinhe só, existem milhares de Eduardos e Mônicas por aí, que relevam, diariamente, dúzias de características por um bem comum: o amor. Diamante bruto que precisa ser lapidado pela tolerância, paciência, argumentação e outras necessidades básicas que sim, tornam-se sacrifícios quando se trata de uma terceira pessoa. Penso que esse amor tranquilo que todos curtem, que todos querem, é muito lindo, mas utópico. Também gostaria de uma relação em que eu não precisasse abrir mão de meus planos pessoais, meus trejeitos, meus mimos e mesmo assim, ainda ter a mulher que amo ao meu lado. Entretanto, lutar e batalhar por cada pessoa que imagino merecer meu amor e por quem nutro um sentimento mínimo de carinho sequer, me torna cada vez mais maduro e consciente, corajoso e crente nas coisas boas que o ser humano pode oferecer. Amor sofrido é resistente. Amor combatente é merecedor. Se alimenta de esperança, de esforço, de lágrima, de trabalho em equipe.
O buraco negro, assim como esse amor que vos falo, é , segundo os astrônomos, um fenômeno intrigante e avassalador, mas não deixa de ser um espetáculo bonito e necessário para a continuação do universo e, nesse caso, da vida a dois.
Enviei para uma outra amiga, que adora o tema, e ela discordou. Aliás, com argumentos bem interessantes também. Afinal, o amor tem que ser fácil, fluido, tranquilo ou é mesmo uma batalha diária, cheia de altos e baixos?
Fato é que cada um tem sua maneira de viver o amor. Valeu o debate.
Segue o texto.
Virei fã.
**
O amor é um buraco negro
03/07/2011
Li recentemente em um post na internet que o suposto amor decente é aquele que vem fácil, sem conflitos, sem intrigas, que nasce naturalmente, que agrega. O autor, um respeitado jornalista de um grande veículo brasileiro, apura as diferenças entre os sacrifícios que se faz em um romance nascido à duras penas, além das brigas e lutas que travam os que se amam, e os amores que acontecem e se sustentam por acaso. Sou fã desse cara e adorei o texto, mas tenho — como todos os amigos esperavam –, um contra-argumento. E aviso: amor é um buraco negro.
Em tempo, não sou o mais velho dos jornalistas, tampouco conheci todas as mulheres do mundo. Gostaria, mas não. De qualquer forma, observo, ouço, pergunto, vivo e compartilho experiências pessoais sobre o que é amar e estar em um relacionamento amoroso. Seja ele curto ou longo. E não é nada fácil, amigo.
Desde que me entendo por gente, tive facilidade para negociar com o sexo oposto. Diferente da maioria de meus amigos, mulheres nunca me assustaram. Isso, obviamente, tornara-se meu trunfo, com o passar dos anos. Em suma, nunca fiquei sozinho. Pelo contrário, estive sempre muito bem acompanhado. Mesmo assim, essa facilidade para atrair moças interessantes não pacificou os romances que vivi com cada uma. A princípio, compartilhávamos coisas boas, sentia o frio na barriga de todo começo de relacionamento e, por pressuposto, assim como o autor do texto sobre amores fáceis, acreditei que essa fosse a saída para o coração apaixonado. Mas, com o tempo, descobri que amar é alimentar o serial killer que existe dentro de você. Porque amor é exigente, é cobrador, apesar de sempre ou quase sempre ser iniciado de um esbarrão na escada do prédio, no elevador, de uma conversa despretenciosa na fila do banco. Alimentar um amor é, na maioria das vezes, viver de sacrifício. E onde existe sacrifício, existe expectativa. Não à toa, as pessoas mais interessantes tendem a morar em outros estados ou países. Ou são totalmente o nosso oposto. Vai dizer que você nunca se deparou com uma pessoa maravilhosa, mas que tinha um único defeito capaz de destruir todo aquele encanto? Olha o sacrifício aí. Até que ponto você iria por um amor? Pergunte-se isso. E quando esse ciclo não é satisfeito pelo objeto amado, o sujeito da oração é invadido por ondas e ondas de sentimentos conflitantes: ciúme, insegurança, a própria insatisfação, às vezes, ira.
Ora, acho ótimo que exista um ou mais cases de sucesso em que o amor é agente pacificador em um relacionamento, em que a cobrança é quase mínima ou que, como diz a música, o acaso proteja os pombinhos distraídos. Isso estimula, dá fé, mas aqui fora, na vida real, amar é lutar. É suar, é surpreender, é desgastar a mente, o corpo, a alma, se possível. Planos, sonhos, investimentos, bens materiais. Tudo para experimentar a adrenalina correndo nas veias que só um amor desses de cinema pode injetar.
Quando duas pessoas se amam e encontram obstáculos, os sacrifícios vêm aos montes. Por que você acha que Romeu e Julieta são o casal mais famoso da literatura mundial? Porque eles representam a guerra por amor. A proibição das famílias, a dificuldade de manter um caso que, até então, era considerado como errado. Mais além, recorde a letra de Eduardo e Mônica. Imagine o que ambos passariam — se a história fosse real –, para ficarem juntos. Quantas diferenças não teriam que relevar, quantas complicações e atritos? E, adivinhe só, existem milhares de Eduardos e Mônicas por aí, que relevam, diariamente, dúzias de características por um bem comum: o amor. Diamante bruto que precisa ser lapidado pela tolerância, paciência, argumentação e outras necessidades básicas que sim, tornam-se sacrifícios quando se trata de uma terceira pessoa. Penso que esse amor tranquilo que todos curtem, que todos querem, é muito lindo, mas utópico. Também gostaria de uma relação em que eu não precisasse abrir mão de meus planos pessoais, meus trejeitos, meus mimos e mesmo assim, ainda ter a mulher que amo ao meu lado. Entretanto, lutar e batalhar por cada pessoa que imagino merecer meu amor e por quem nutro um sentimento mínimo de carinho sequer, me torna cada vez mais maduro e consciente, corajoso e crente nas coisas boas que o ser humano pode oferecer. Amor sofrido é resistente. Amor combatente é merecedor. Se alimenta de esperança, de esforço, de lágrima, de trabalho em equipe.
O buraco negro, assim como esse amor que vos falo, é , segundo os astrônomos, um fenômeno intrigante e avassalador, mas não deixa de ser um espetáculo bonito e necessário para a continuação do universo e, nesse caso, da vida a dois.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Quatro anos
Há quatro anos exatamente nascia o Crônicas de Saias. Tinha outra configuração, uma outra cara, outra proposta. Mudou neste período. E que bom que as coisas sejam assim: mutáveis. Cada dia fico mais feliz em ter estabelecido este espaço como meu, na grande rede. Foi o primeiro passo em direção aos textos próprios, a exposição de um pouco do q anda por esta cabeça, que embora às vezes pareça meio oca tem é muito o que pensar. E tem pensado.
Quero agradecer aos meus 10 leitores por este tempo de paciência. E de parceria. De presente, para mim e para vcs, em breve rola um novo lay out.
Aguardem!
Quero agradecer aos meus 10 leitores por este tempo de paciência. E de parceria. De presente, para mim e para vcs, em breve rola um novo lay out.
Aguardem!
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Sorte e escolhas bem feitas
(de Martha Medeiros)
Pessoas consideradas inteligentes dizem que a felicidade é uma idiotice, que pessoas felizes não se deprimem, não têm vida interior, não questionam nada, são uns bobos alegres, enfim, que a felicidade anestesia o cérebro.
Eu acho justamente o contrário: cultivar a infelicidade é que é uma burrice. O que não falta nessa vida é gente sofrendo pelos mais diversos motivos: ganham mal, não têm um amor, padecem de alguma doença, sei lá, cada um sabe o que lhe dói.
Todos trazem uns machucados de estimação, você e eu inclusive. No que me diz respeito, dedico a meus machucados um bom tempo de reflexão, mas não vou fechar a cara, entornar uma garrafa de uísque e me considerar uma grande intelectual só porque reflito sobre a miséria humana. Eu reflito sobre a miséria humana e sou muito feliz, e salve a contradição.
Felicidade depende basicamente de duas coisas: sorte e escolhas bem feitas.
Tem que ter a sorte de nascer numa família bacana, sorte de ter pais que incentivem a leitura e o esporte, sorte de eles poderem pagar os estudos pra você, sorte por ter saúde. Até aí, conta-se com a providência divina. O resto não é mais da conta do destino: depende das suas escolhas.
Os amigos que você faz, se optou por ser honesto ou ser malandro, se valoriza mais a grana do que a sua paz de espírito, se costuma correr atrás ou desistir dos seus projetos, se nas suas relações afetivas você prioriza a beleza ou as afinidades, se reconhece os momentos de dividir e de silenciar, se sabe a hora de trocar de emprego, se sai do país ou fica, se perdoa seu pai ou preserva a mágoa pro resto da vida, esse tipo de coisa.
A gente é a soma das nossas decisões, todo mundo sabe. Tem gente que é infeliz porque tem um câncer. E outros são infelizes porque cultivam uma preguiça existencial. Os que têm câncer não têm sorte. Mas os outros, sim, têm a sorte de optar. E estes só continuam infelizes se assim escolherem.
Pessoas consideradas inteligentes dizem que a felicidade é uma idiotice, que pessoas felizes não se deprimem, não têm vida interior, não questionam nada, são uns bobos alegres, enfim, que a felicidade anestesia o cérebro.
Eu acho justamente o contrário: cultivar a infelicidade é que é uma burrice. O que não falta nessa vida é gente sofrendo pelos mais diversos motivos: ganham mal, não têm um amor, padecem de alguma doença, sei lá, cada um sabe o que lhe dói.
Todos trazem uns machucados de estimação, você e eu inclusive. No que me diz respeito, dedico a meus machucados um bom tempo de reflexão, mas não vou fechar a cara, entornar uma garrafa de uísque e me considerar uma grande intelectual só porque reflito sobre a miséria humana. Eu reflito sobre a miséria humana e sou muito feliz, e salve a contradição.
Felicidade depende basicamente de duas coisas: sorte e escolhas bem feitas.
Tem que ter a sorte de nascer numa família bacana, sorte de ter pais que incentivem a leitura e o esporte, sorte de eles poderem pagar os estudos pra você, sorte por ter saúde. Até aí, conta-se com a providência divina. O resto não é mais da conta do destino: depende das suas escolhas.
Os amigos que você faz, se optou por ser honesto ou ser malandro, se valoriza mais a grana do que a sua paz de espírito, se costuma correr atrás ou desistir dos seus projetos, se nas suas relações afetivas você prioriza a beleza ou as afinidades, se reconhece os momentos de dividir e de silenciar, se sabe a hora de trocar de emprego, se sai do país ou fica, se perdoa seu pai ou preserva a mágoa pro resto da vida, esse tipo de coisa.
A gente é a soma das nossas decisões, todo mundo sabe. Tem gente que é infeliz porque tem um câncer. E outros são infelizes porque cultivam uma preguiça existencial. Os que têm câncer não têm sorte. Mas os outros, sim, têm a sorte de optar. E estes só continuam infelizes se assim escolherem.
sábado, 18 de junho de 2011
Momento de reflexão
Só hoje me dei conta do quanto tem me faltado palavras. Logo eu uma jornalista metida a escritora ou roteirista, como a maioria de nós. Tenho refletido muito, falado aos borbotões, mas nada q realmente faça sentido para estar aqui, postado para toda a eternidade. Tenho me contentado com meus pensamentos, com a análise dos meus passos. No passado,escrevia, escrevia, escrevia...
Hoje é tudo diferente. O mundo muda, a vida muda, a gente muda. Graças a Deus. Chega um momento em que é preciso ser adulto: parar, olhar em volta e pensar o futuro. Refletir sobre o que está no entorno. Tenho medo do que possa ou do que não possa acontecer. E isso dói...
Eu sei, porém, q só pedra fica parada. Avançar muitas vezes me assusta - ainda que eu saiba da necessidade. "Apesar de", como diria Clarice Lispector.
Todos os dias, acordo e revisito meus sentimentos. Rezo e me ponho de pé. Estar de pé, aliás, é uma vitória para poucos. Eu entendo. Não tô preparada para a dor, ninguém está. Mas saber o que quero é um ponto a meu favor: eu quero viver. Sim, éuma pena,masé verdade. Muitas vezes os dois se confundem...
Enfim, embarco nesta aventura diária que é buscar a paz e a felicidade.
Hoje é tudo diferente. O mundo muda, a vida muda, a gente muda. Graças a Deus. Chega um momento em que é preciso ser adulto: parar, olhar em volta e pensar o futuro. Refletir sobre o que está no entorno. Tenho medo do que possa ou do que não possa acontecer. E isso dói...
Eu sei, porém, q só pedra fica parada. Avançar muitas vezes me assusta - ainda que eu saiba da necessidade. "Apesar de", como diria Clarice Lispector.
Todos os dias, acordo e revisito meus sentimentos. Rezo e me ponho de pé. Estar de pé, aliás, é uma vitória para poucos. Eu entendo. Não tô preparada para a dor, ninguém está. Mas saber o que quero é um ponto a meu favor: eu quero viver. Sim, éuma pena,masé verdade. Muitas vezes os dois se confundem...
Enfim, embarco nesta aventura diária que é buscar a paz e a felicidade.
Viva, Paul!
E hoje, no dia do niver do meu irmão querido, aproveito tb para enviar um pouco da minha energia a outro feliz aniversariante: Paul McCartney. Mais 69 anos de vida (pelo menos) a este grande cara, o beatle que fez uma ode à perseverança. Viva, Paul!
Let It Be
When I find myself in times of trouble
Mother Mary comes to me
Speaking words of wisdom
Let it be
And in my hour of darkness
She is standing right in front of me
Speaking words of wisdom
Let it be...
Let it be, let it be
Let it be, let it be
Whisper words of wisdom... Let it be...
And when the broken hearted people
Living in the world agree
There will be an answer
Let it be
For though they may be parted
there is still a chance that they will see
There will be an answer
Let it be...
Let it be, let it be
Let it be, let it be
There will be an answer...Let it be...
Let It Be
When I find myself in times of trouble
Mother Mary comes to me
Speaking words of wisdom
Let it be
And in my hour of darkness
She is standing right in front of me
Speaking words of wisdom
Let it be...
Let it be, let it be
Let it be, let it be
Whisper words of wisdom... Let it be...
And when the broken hearted people
Living in the world agree
There will be an answer
Let it be
For though they may be parted
there is still a chance that they will see
There will be an answer
Let it be...
Let it be, let it be
Let it be, let it be
There will be an answer...Let it be...
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Vale a pena ler
Minha amiga Renatinha Victal é dono de um blog bastante interessante. Eu sou sua leitora assídua, mesmo nas épocas em que seu texto está mais ácido. Adoro.
São sacadas interessantes, histórias q chamam a atenção, piadas que entram para a história. Nesta semana, replico aqui a coluna do Ivan Martins que ela, tão atentamente, publicou em seu blog após ler em Época.
Para mim, vale muito a pena ler.
O monstro da separação
Antes de escrever esta coluna eu prometi a mim mesmo que veria Blue Valentine, lançado no Brasil com o título besta de Namorados para sempre. Prometi, mas não fiz. Tudo o que li sugere que o filme é um retrato demasiadamente fiel de dois momentos cruciais da relação amorosa, o começo jubiloso e o fim horrendo. Quem viu o filme diz que dói. Eu, que assim como vocês já tive a minha cota de separações, e ainda mais, ainda não reuni coragem para me ver em cena. E talvez não reúna.
Mesmo de longe, Blue Valentine me fez lembrar do monstro que aparece quando as relações começam a acabar. Ele se manifesta por insultos e violência verbal, no início. Indiferença e sarcasmo, depois. É preciso ter atravessado um túnel desses para perceber que as brigas, ainda que assustadoras, representam uma tentativa de aproximação. Elas são o derradeiro gesto de carinho. Os gritos parecem uma forma exasperada de perguntar, afinal, o que aconteceu com o amor que havia aqui? A indiferença entra em cena quando ninguém mais está interessado na resposta.
De um jeito ou de outro, o monstro está lá.
Se ele grita e quebra pratos, ou cala, ainda é ele, cascudo e áspero por fora, uma bola sangrenta e dolorosa por dentro. O monstro da separação se parece imensamente com a pessoa que a gente amava, mas, ao contrário dela, parece ter vindo ao mundo com a missão explícita de nos fazer sofrer, de forma cruel e variada. A pior delas é a confusão. Às vezes, o monstro sorri de uma maneira tão parecida ao antigo objeto do nosso amor que é impossível não se derreter por ele. Mas, um segundo depois, o monstro faz um comentário gelado que deixa clara a sua natureza de réptil. Nossos sentimentos oscilam como pêndulo entre um momento e outro, e a vida parece não ser mais do que um poço escuro repleto de indecisão.
Muitos dirão que eu exagero – e é verdade. Mas o fato é que nunca vivi uma separação inteiramente civilizada. Temo que elas não existam. Na minha experiência, em algum momento o monstro sempre dá as caras. Mesmo nas relações mais doces ele aparece – ainda que seja no finalzinho, ou depois.
Lembro de me separar de uma mulher tão querida, com quem eu tinha uma relação de tanto carinho, que nos era impossível brigar de verdade. Quando ela se punha a berrar comigo eu achava a cena cômica, e ria. Mesmo assim teve barraco, semanas depois da separação. Eu soube que ela estava saindo com um sujeito qualquer e achei que tinha o direito de receber esclarecimentos. Liguei, cobrei e ela – com toda razão – disse que aquilo não era da minha conta e mandou que eu me catasse. Foi aí que o monstro pegou o telefone do meu lado e entrou na conversa. Lembro perfeitamente de algumas coisas que ele disse, e da frieza torpe com que disse, mas tenho vergonha de reproduzir. Do lado de lá, claro, apareceu outro monstro, de cílios postiços e batom vermelho, que gritou ao telefone coisas terríveis, tiradas do baú do ressentimento. Não foi nada bom.
Uma das características mais surpreendentes do monstro da separação é que gente nem imagina quando ele veio ao mundo. Lembramos perfeitamente do dia, da hora e talvez mesmo do exato segundo em que o amor começou. Ou, pelo menos, da sensação de estar diante da possibilidade do amor. Mas temos uma dificuldade enorme em perceber o momento em que a casa começa a cair. Exceto nos romances e nos filmes, que tentam explicar o inexplicável, ninguém acumula pistas para esse tipo de desfecho. Ninguém diz, por exemplo: aquela manhã, quando eu comentei que iria voltar tarde para casa, e ela sequer me ouviu, percebi que as coisas estavam acabando. Ou então: trocamos um olhar no meio da festa e, repentinamente, ficou claro que a cumplicidade que houvera entre nós havia desaparecido.
Na vida real não é assim. Pela boa razão de que não queremos que seja. A maioria de nós gosta de ser parte de um casal, de um projeto, de um todo. Gostamos de ser amados e de amar. Assim, não nos interessa ficar espreitando o futuro na borra do café de todos os dias. Tocamos o barco, como se diz. Seguimos adiante, otimistas até prova em contrário. Quando a gente se dá conta, o mal-estar já está batendo nas coxas, como uma água suja e fria. Esse é o ambiente em que os monstros vicejam.
É evidente que ninguém chega a isso de uma hora para outra. Monstros não se improvisam. Nem se manifestam em relações que não tiveram tempo de engendrá-los. Não adianta namorar superficialmente por três meses e esperar por um sáurio escamoso de três metros na despedida. Ela não vai aparecer. Monstros são filhos bastardos da paixão e do comprometimento. São alimentados, paradoxalmente, por desejo, admiração e compromisso. Além de tempo, claro. Gente que não é capaz de amar nunca vai ter seu monstro. Pode ver o dos outros, daqueles que são capazes de amar sozinhos, mas esses não são realmente assustadores. Os monstros que nos metem medo têm as feições e os gestos das pessoas que nós amamos. Ou as nossas.
Dito isso, se eu fosse dirigir um filme de amor, tentaria evitar esse trecho final, como o cinema antigo fazia nas cenas de sexo. Depois do beijo, descia a cortina. Quem não sabia o que vinha depois não tinha idade para isso e não deveria realmente ver. Quem já sabia não precisava de explicações tão diretas. O voyerismo erótico e emocional – esse que nos dá o direito de espiar até os últimos detalhes da vida dos outros, real ou imaginária – é uma invenção relativamente recente. Se eu fosse dirigir um filme de amor, portanto, apelaria para o pudor. E acho que seria um sucesso. Aposto que o mundo está cheio de gente como eu, cansada de ver de perto o monstro da separação.
São sacadas interessantes, histórias q chamam a atenção, piadas que entram para a história. Nesta semana, replico aqui a coluna do Ivan Martins que ela, tão atentamente, publicou em seu blog após ler em Época.
Para mim, vale muito a pena ler.
O monstro da separação
Antes de escrever esta coluna eu prometi a mim mesmo que veria Blue Valentine, lançado no Brasil com o título besta de Namorados para sempre. Prometi, mas não fiz. Tudo o que li sugere que o filme é um retrato demasiadamente fiel de dois momentos cruciais da relação amorosa, o começo jubiloso e o fim horrendo. Quem viu o filme diz que dói. Eu, que assim como vocês já tive a minha cota de separações, e ainda mais, ainda não reuni coragem para me ver em cena. E talvez não reúna.
Mesmo de longe, Blue Valentine me fez lembrar do monstro que aparece quando as relações começam a acabar. Ele se manifesta por insultos e violência verbal, no início. Indiferença e sarcasmo, depois. É preciso ter atravessado um túnel desses para perceber que as brigas, ainda que assustadoras, representam uma tentativa de aproximação. Elas são o derradeiro gesto de carinho. Os gritos parecem uma forma exasperada de perguntar, afinal, o que aconteceu com o amor que havia aqui? A indiferença entra em cena quando ninguém mais está interessado na resposta.
De um jeito ou de outro, o monstro está lá.
Se ele grita e quebra pratos, ou cala, ainda é ele, cascudo e áspero por fora, uma bola sangrenta e dolorosa por dentro. O monstro da separação se parece imensamente com a pessoa que a gente amava, mas, ao contrário dela, parece ter vindo ao mundo com a missão explícita de nos fazer sofrer, de forma cruel e variada. A pior delas é a confusão. Às vezes, o monstro sorri de uma maneira tão parecida ao antigo objeto do nosso amor que é impossível não se derreter por ele. Mas, um segundo depois, o monstro faz um comentário gelado que deixa clara a sua natureza de réptil. Nossos sentimentos oscilam como pêndulo entre um momento e outro, e a vida parece não ser mais do que um poço escuro repleto de indecisão.
Muitos dirão que eu exagero – e é verdade. Mas o fato é que nunca vivi uma separação inteiramente civilizada. Temo que elas não existam. Na minha experiência, em algum momento o monstro sempre dá as caras. Mesmo nas relações mais doces ele aparece – ainda que seja no finalzinho, ou depois.
Lembro de me separar de uma mulher tão querida, com quem eu tinha uma relação de tanto carinho, que nos era impossível brigar de verdade. Quando ela se punha a berrar comigo eu achava a cena cômica, e ria. Mesmo assim teve barraco, semanas depois da separação. Eu soube que ela estava saindo com um sujeito qualquer e achei que tinha o direito de receber esclarecimentos. Liguei, cobrei e ela – com toda razão – disse que aquilo não era da minha conta e mandou que eu me catasse. Foi aí que o monstro pegou o telefone do meu lado e entrou na conversa. Lembro perfeitamente de algumas coisas que ele disse, e da frieza torpe com que disse, mas tenho vergonha de reproduzir. Do lado de lá, claro, apareceu outro monstro, de cílios postiços e batom vermelho, que gritou ao telefone coisas terríveis, tiradas do baú do ressentimento. Não foi nada bom.
Uma das características mais surpreendentes do monstro da separação é que gente nem imagina quando ele veio ao mundo. Lembramos perfeitamente do dia, da hora e talvez mesmo do exato segundo em que o amor começou. Ou, pelo menos, da sensação de estar diante da possibilidade do amor. Mas temos uma dificuldade enorme em perceber o momento em que a casa começa a cair. Exceto nos romances e nos filmes, que tentam explicar o inexplicável, ninguém acumula pistas para esse tipo de desfecho. Ninguém diz, por exemplo: aquela manhã, quando eu comentei que iria voltar tarde para casa, e ela sequer me ouviu, percebi que as coisas estavam acabando. Ou então: trocamos um olhar no meio da festa e, repentinamente, ficou claro que a cumplicidade que houvera entre nós havia desaparecido.
Na vida real não é assim. Pela boa razão de que não queremos que seja. A maioria de nós gosta de ser parte de um casal, de um projeto, de um todo. Gostamos de ser amados e de amar. Assim, não nos interessa ficar espreitando o futuro na borra do café de todos os dias. Tocamos o barco, como se diz. Seguimos adiante, otimistas até prova em contrário. Quando a gente se dá conta, o mal-estar já está batendo nas coxas, como uma água suja e fria. Esse é o ambiente em que os monstros vicejam.
É evidente que ninguém chega a isso de uma hora para outra. Monstros não se improvisam. Nem se manifestam em relações que não tiveram tempo de engendrá-los. Não adianta namorar superficialmente por três meses e esperar por um sáurio escamoso de três metros na despedida. Ela não vai aparecer. Monstros são filhos bastardos da paixão e do comprometimento. São alimentados, paradoxalmente, por desejo, admiração e compromisso. Além de tempo, claro. Gente que não é capaz de amar nunca vai ter seu monstro. Pode ver o dos outros, daqueles que são capazes de amar sozinhos, mas esses não são realmente assustadores. Os monstros que nos metem medo têm as feições e os gestos das pessoas que nós amamos. Ou as nossas.
Dito isso, se eu fosse dirigir um filme de amor, tentaria evitar esse trecho final, como o cinema antigo fazia nas cenas de sexo. Depois do beijo, descia a cortina. Quem não sabia o que vinha depois não tinha idade para isso e não deveria realmente ver. Quem já sabia não precisava de explicações tão diretas. O voyerismo erótico e emocional – esse que nos dá o direito de espiar até os últimos detalhes da vida dos outros, real ou imaginária – é uma invenção relativamente recente. Se eu fosse dirigir um filme de amor, portanto, apelaria para o pudor. E acho que seria um sucesso. Aposto que o mundo está cheio de gente como eu, cansada de ver de perto o monstro da separação.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
E como bem disse Oswaldo Montenegro...
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também...
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também...
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Mais do mesmo
É tanta coisa para falar que o silêncio é a melhor saída. Os sentimentos me atropelam, um vendaval de sensações que há muito não sinto. Desaprendi.
Tanta coisa para fazer e eu aqui assistindo impassível. Tanto sonho para sonhar, tanta dúvida para dividir, tanto mundo para rodar. E eu aqui. Não tenho forças.
Eu sei. Tenho que rever meus conceitos, reaver antigos hábitos, praticar a vida. Ou é isso ou é isso. Sim, já fiz este caminho. Eu o conheço como poucos. A escuridão sufoca, os vultos se multiplicam. Não há descanso.
Pensei sinceramente que eu seria a escolhida. Pensei que a dor nunca mais me visitaria. Pelo menos não esta dor. Tola. Lá estava ela, à espreita. Só me esperando na curva. Eu não vi. Minha miopia regrediu há seis anos, meu amor tomou o lugar dela. O amor cega.
Não quero nada além de serenidade. Só isso e já estarei feliz.
Tanta coisa para fazer e eu aqui assistindo impassível. Tanto sonho para sonhar, tanta dúvida para dividir, tanto mundo para rodar. E eu aqui. Não tenho forças.
Eu sei. Tenho que rever meus conceitos, reaver antigos hábitos, praticar a vida. Ou é isso ou é isso. Sim, já fiz este caminho. Eu o conheço como poucos. A escuridão sufoca, os vultos se multiplicam. Não há descanso.
Pensei sinceramente que eu seria a escolhida. Pensei que a dor nunca mais me visitaria. Pelo menos não esta dor. Tola. Lá estava ela, à espreita. Só me esperando na curva. Eu não vi. Minha miopia regrediu há seis anos, meu amor tomou o lugar dela. O amor cega.
Não quero nada além de serenidade. Só isso e já estarei feliz.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Perfeito?
Eu confesso que fiquei extasiada ao acordar no início desta semana tendo Antonio Banderas fazendo os ovos do café da manhã. Tudo bem, tudo bem, não era na minha casa. Mas era quase... O cara com aquela pinta de "latin lover", cheio de amor para dar, cozinhou no programa da Ana Maria, justamente com quem tomo o meu breakfast todos os dias. É justo, então, que eu ache que os ovos eram para mim. Depois, teve uma paella a la Banderas. Ou seja, comecei bem o dia...
Mas mais do que isso fiquei pasma ao ler a nota publicada no Gente Boa de ontem sobre a pessoa que personifica o "Zorro". Segundo uma brasileira que agora faz parte do staff do astro, "Banderas tem atitude de homem, roupa de homem, sapato de homem, é a virilidade em pessoa e tem aquele olhar 43 que te come com os olhos. Usa calça justa, sem parece er sertanejo, sapato sem meia e crucifixo enorme no peito, que nele ficam bons. É educadíssimo e, fazer o quê?, fala da mulher o tempo inteiro".
Este homem é perfeito, gente?
Mas mais do que isso fiquei pasma ao ler a nota publicada no Gente Boa de ontem sobre a pessoa que personifica o "Zorro". Segundo uma brasileira que agora faz parte do staff do astro, "Banderas tem atitude de homem, roupa de homem, sapato de homem, é a virilidade em pessoa e tem aquele olhar 43 que te come com os olhos. Usa calça justa, sem parece er sertanejo, sapato sem meia e crucifixo enorme no peito, que nele ficam bons. É educadíssimo e, fazer o quê?, fala da mulher o tempo inteiro".
Este homem é perfeito, gente?
terça-feira, 24 de maio de 2011
Um beatle no subúrbio
Roubei descaradamente a ideia de um coleguinha e carimbei o título deste post. Sim, ele me disse q faria um documentário sobre o tema e eu, que já tinha pensado sobre a história, resolvi me apoderar pelo menos do título dele tamanho o inusitado disso tudo. Sim, eu vi... Eu assisti Paul McCartney no Engenhão. Mais do que isso: um beatle, uma lenda do rock, um ser iluminado que mudou a música mundial a poucos metros da minha casa. Era demais para não ir lá conferir... isso tudo além do poder bélico musicista do cara que aí é até sacanagem comentar.
E foi lindo...
Lindo...
Juntei-me ao meu amor e alguns amigos - dá-lhe, Guarim! - e me embrenhei no meio daquela confusão que se formava nos arredores. Ingresso caro, é vero, mas válido. O show foi perfeito, o repertório recheado de canções conhecidas, uma energia que balançava o estádio, uma vibração que vinha daquele "sir" que só Deus sabe... O cara é o cara! Diversão, emoção, beleza.
A surpresa quando tocou a bondiana "Live and let Die" eu deixo para aqueles que não assistiram (e devem ir!). Quem viver verá. De babar. Cantei aos berros várias canções e assisti uma profusão de gerações que brotava por todos os lados do Engenhão. As lágrimas insistiam em vir à tona e eu permiti que elas rolassem quando ouvi "Let It Be". Não havi amais o que fazer diante daquele hino à vida.
Saí de alma lavada. Andando a pé, de volta à minha casa simples do suburbão. Yes, nós temos Paul McCartney. É, Felipe, vc tem razão: esta história de unir a elite à Zona Norte, pilotada por um cara deste quilate, rende documentário.
E foi lindo...
Lindo...
Juntei-me ao meu amor e alguns amigos - dá-lhe, Guarim! - e me embrenhei no meio daquela confusão que se formava nos arredores. Ingresso caro, é vero, mas válido. O show foi perfeito, o repertório recheado de canções conhecidas, uma energia que balançava o estádio, uma vibração que vinha daquele "sir" que só Deus sabe... O cara é o cara! Diversão, emoção, beleza.
A surpresa quando tocou a bondiana "Live and let Die" eu deixo para aqueles que não assistiram (e devem ir!). Quem viver verá. De babar. Cantei aos berros várias canções e assisti uma profusão de gerações que brotava por todos os lados do Engenhão. As lágrimas insistiam em vir à tona e eu permiti que elas rolassem quando ouvi "Let It Be". Não havi amais o que fazer diante daquele hino à vida.
Saí de alma lavada. Andando a pé, de volta à minha casa simples do suburbão. Yes, nós temos Paul McCartney. É, Felipe, vc tem razão: esta história de unir a elite à Zona Norte, pilotada por um cara deste quilate, rende documentário.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Cães na Zooropa
Nesta ida a Zooropa, constatei o qto cada vez mais os cães são encarados como boas companhias. Incrível a quantidade de amigos de quatro patas q vi nesta viagem. Detalhe: nas lojas, shoppings, mercados... em qq lugar. Prova de q as pessoas se conscientizam aos poucos da importância deles. Cheguei a fotografá-los em alguns cantos por onde estivemos, coisa q pode ser constatada no blog irmão deste q vos fala www.bomparacachorroeoutrosbichos.blogspot.com.br . Lá, vcs vão conhecer inclusive uma duplinha bastante simpática apaixonada por sorvete. Conhecemos os dois na Fontana de Trevi, em Roma.
Detalhe curioso: vi alguns que se apresentavam como artistas de rua. O truque? Ficarem parados como estátuas vivas. Muiiiito interessante...
terça-feira, 17 de maio de 2011
Viajar...
Estou de volta. Com toda a bagagem adquirida no último mês, confesso que me sinto outra. Meu cunhado já tinha me avisado que nossa visão de mundo muda a partir de uma viagem para fora do país - é a mais pura verdade. Vc passa a ter termos de comparação. Muito diferente de só conhecê-los pelos livros, telas e bate-papos.
Além disso, renovei sentimentos. Alguns ainda permanecem aqui dentro como antes - imutáveis. Outros se transformaram profundamente. Na semana passada, a primeira depois do retorno, ainda me sentia confusa, misturada, meio barro, meio tijolo. Nesta semana, acordei. Amanheci nova. Literalmente. Se isso tem a ver com hormônios, eu não sei. Mas me basta pensar, sentir, acreditar que me sinto mais amadurecida. Quero poder usar este conhecimento a meu favor...
É um admirável mundo novo. Velho, mas novo. Não só conhecer outro país, mas viver outras sensações, ter outros sentimentos, lançar um olhar infantil sobre tudo. Tô feliz. Entro realmente num momento diferente. Tive medo, confesso. Tive pavor do q poderia acontecer na minha cabeça, mas esta semana tô mais tranquila. Tomei posse do mim mesma. Renovada e com os pés no chão.
Já comecei inclusive a pensar numa nova viagem. E nem poderia ser diferente. Conhecer o Coliseu foi impressionante: um mix de incredulidade, com certeza da loucura do ser humano, arrebatador. A torre de Pisa parecia ser só um brinquedo, que se tornou realidade em frente aos meus olhos incrédulos. Chegar à Torre Eiffel foi encantador, uma espécie de quebra de paradigmas. O monumento que antes só habitava meus livros, de repente estava ali, tão perto, habitando o meu dia. Passei horas deitada sob ela, contemplando minha nova realidade. Bobagem? Isso pq vc não sabe de onde estou vindo...
Também iniciei o processo de pôr em prática outros antigos sonhos. Coisa de menina, coisa de mulher. Já que realizei um, não deve ser tão difícil realizar os outros. Mágica produzida num período de 20 dias. Vi tanta gente, conheci tanta coisa que nunca imaginei, comparei tantas verdades que me sinto mais fortalecida.
Viajar me deu asas. E neste vôo que eu vou. Meu destino é aquele horizonte logo ali.
Aguardem as próximas notícias.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
"Uma viagem"
Voltar de férias é um choque. Voltar de férias depois de 20 dias na Europa, então, é inconcebível. Estou meio barata tonta, saca? Há tanto para se dizer dos dias em que passei fora que acho q meus dedos não seriam capazes de digitar com a rapidez do meu pensamento. Amei tudo.
As cidades são lindas - uma a uma. Tenho minhas opiniões, mas é claro q tudo é muito pessoal. Meu parceiro querido e cantor favorito, por exemplo, meu companheiro de sempre (q é claro q estava nesta aventura comigo) não gostou de Veneza. Vc acha impossível? Não, não é. Cada um tem um gosto, cada um tem uma personalidade, cada um busca algo em suas viagens.
Para mim, Roma é história, megalômana, pungente. Florença é alegre, viva, quase adolescente. Pisa é uma delícia em apenas um quarteirão e Siena é cenário de filme medieval. Já Veneza... ah, é romântica, é o "suspirar"... Em todas, não comi a melhor comida, como esperava. A expectativa era tão forte q chega a frustrar, né? Porém, o que mais me surpreendeu foi o povo italiano. Fui bem tratada em raras situações.
Já Paris... é a metrópole sonho. É a cidade que dá certo, bonita, iluminada, cheia de cantinhos memoráveis, cheia de gente alto astral. Voltaria milhares de vezes sem me cansar. Ali, andamos quilômetros e conhecemos o q deu e não deu para um turista de primeira viagem.
A torre foi de tirar o fôlego, arrebatadora, imensa, quase uma velha conhecida q finalmente vemos pessoalmente. O Louvre é encantador, misterioso, dono de uma imponência sem igual.
Enfim, palavras de uma apaixonada. Dizer mais o quê?? Voltei, mas ainda estou lá. Meu corpo pegou quase 24 horas (contando fuso) de retorno ao Brasil, mas minha cabeça ainda está lá. Sim, foi uma grande viagem. "Uma viagem".
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Francesa? eu?
Consegui hj o maximo a q podia chegar perto de uma francesa legitima. Logo eu vindo de Cqxias... Gastei meu frances com muitos "merci", bebi agua da bica, conheci toda a cidade e... comecei a precisar de um novo desodorante.
sábado, 30 de abril de 2011
Ser querida
Dé, to apaixonada por isso aqui. A comida é melhor, as pessoas sao mais gentis. No Louvre, tinha até mapa em portugues. Voltei a me sentir uma turista querida......
Banho?
Cheguei a conclusao definitiva de q os perfumes franceses realmente tem q ser insuperaveis. Poucos tomam banho por aqui.
Chegamos a Paris
Chegamos à Cidade Luz. Um frio duca q so hj melhorou. Meu cantor favorito aproveitou para tirar a bermuda da mala e eu esqueci a calça.
Ontem, fomos àa Torre Eiffel. A sensaçao foi de falta de ar... Incrivel.
Voltamos pelo Sena... andando.
estamos com os pés em frangalhos. Mas felizes.
Ontem, fomos àa Torre Eiffel. A sensaçao foi de falta de ar... Incrivel.
Voltamos pelo Sena... andando.
estamos com os pés em frangalhos. Mas felizes.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
De um modo geral
Uma dica: providenciem hidratante (muito) quando vierem... Nossa pele tàa toda rachada.
Florença e Veneza
Florença è um sonho. Ameiiiiiiiii...
Viva, alegre, pulsante.
Nossa localizaçao foi tudo o q queriamos. Perto das compras.
Piza e Siena.
cada um com seu charme, seu diferencial. Valem muito a pena.
Jà Veneza... è coisa de cinema... e mais nào digo.
Beira a perfeiçao.
O que mata?
Os iatlianos, Se vc acha o brasileiro um pocinho bunda... vc nàao conhece a Itàalia.
O pais seria perfeito se nàao fossem eles...
Viva, alegre, pulsante.
Nossa localizaçao foi tudo o q queriamos. Perto das compras.
Piza e Siena.
cada um com seu charme, seu diferencial. Valem muito a pena.
Jà Veneza... è coisa de cinema... e mais nào digo.
Beira a perfeiçao.
O que mata?
Os iatlianos, Se vc acha o brasileiro um pocinho bunda... vc nàao conhece a Itàalia.
O pais seria perfeito se nàao fossem eles...
sexta-feira, 22 de abril de 2011
A noite italiana
Conhecemos Trastevere, q è uma Lapa sensacional. Melhorada, eu diria. E ontem fizemos nossa primeira refeiçào tipica italiana. Uma garrafa de vinho da casa, uma lasagna e duas pizzas. Pessoas esfomeadas alimentadas a pào e vinho por quatro dias fazem isso... Delicioso. Estamos finalmente batizados.
Sobre a Itàlia
Nào somos bem recebidos como turistas. Acho q sò um egipcio e um cara vindo de Bangladesh gostaram de nòs. Confesso q tentei falar inglès, depois espanhol, depois usei umas palavras em italiano q aprendi no dicionàario. Brasileiro quer sempre agradar, mas... optei mesmo pelo meu portugues. Os italianos nàao gostaram de nòs. Eu sei q a Dè e o Marà jà tinham comentado isso, mas pensei q pudesse ser pessoal. Rsrsr...
Brincadeira, amigos. Os caras sào bem antipàaticos mesmo.
Mais duas ou très coisas sobre o pais:
- Tudo è grandiosos, como Nero sempre quis.
- Quem vem pode optar mesmo por comprar os tickets direto nas estaçòes. Nenhum problema com o Roma Pass, mas a diferença è pequena. A nàao ser q vc ande muito mais que um camelo, q foi o q fizemos.
- Optem pelo supermercado. Coisa de turista durango. Fiquei pasma. Estàa suspirando e pensando no Carrefour proximo àa sua casa? Ledo engano. Aqui eles vendem tudoooooo... Camaroes em salmoura, polvo a vinagrete, mil tipos de parma, saladas diversas. Tudo delicioso. E a 2 ou 3 euros. Vale ou nào a pena?
- Tragam chinelos, sim, pois na hora de ir para o cafè de manhàa ninguèm aguenta mais tenis e sapatos.
Brincadeira, amigos. Os caras sào bem antipàaticos mesmo.
Mais duas ou très coisas sobre o pais:
- Tudo è grandiosos, como Nero sempre quis.
- Quem vem pode optar mesmo por comprar os tickets direto nas estaçòes. Nenhum problema com o Roma Pass, mas a diferença è pequena. A nàao ser q vc ande muito mais que um camelo, q foi o q fizemos.
- Optem pelo supermercado. Coisa de turista durango. Fiquei pasma. Estàa suspirando e pensando no Carrefour proximo àa sua casa? Ledo engano. Aqui eles vendem tudoooooo... Camaroes em salmoura, polvo a vinagrete, mil tipos de parma, saladas diversas. Tudo delicioso. E a 2 ou 3 euros. Vale ou nào a pena?
- Tragam chinelos, sim, pois na hora de ir para o cafè de manhàa ninguèm aguenta mais tenis e sapatos.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Florença
Chegamos hoje à Florença. E nào perdemos nada ainda... Corremos, mas nàao perdemos. E mais nàao escrevo pq Dani me pertuba cheio de sono. Ciao, amigos!
Mais Roma
Ontem, teve Coliseu e Parque Arqueolèogico. Nero era um doido, mas fez coisas lindas, jà disse. Depois, Piazza di Spagna e Fontana de novo. regado a vinho.
é, Edu, o vinho aqui è mais pdido. O friosinha requer algo mais quente... (se èe q vc m entende).
é, Edu, o vinho aqui è mais pdido. O friosinha requer algo mais quente... (se èe q vc m entende).
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Detalhes romanos
Alèem das baratas, preciso dizer que tenho muito me surpreendido. Nàao, as pessoas nàao tem o costume do banho. pelo menos parece. As mulheres tb nàao curtem pente no cabelo, mas a educaòàao... è de chorar. Putz, no metro, as pessoas esperam todos (digo todos mesmo) sairem para sò depois entrarem nos vagoes. Nas ruas, o sinal de transito èe luxo. Podemos atravessar quando quisermos. Motoristas educados, pedestres, idem.
Edu, meu querido amigo, uma coisa èe importante: poucos mendigos. Rsrs... e nàao tem ninguèem explorando crianças nas esquinas. Aqui, para pedir moedas, eles fazem espetàaculos na Piazza Navona. Tem de tudo: violonistas, màgicos, pintores e atèe um senhor cara de pau q fingia cantar òpera e ganhou um dim-dim. Com a idade deel, nem com Viagra. Maràa, estamos pensando em vir para cà mesmo... quem sabe daqui a dois anos quando vc pintar por aqui, estaremos làa mesmo... rsrsrsrs...
Edu, meu querido amigo, uma coisa èe importante: poucos mendigos. Rsrs... e nàao tem ninguèem explorando crianças nas esquinas. Aqui, para pedir moedas, eles fazem espetàaculos na Piazza Navona. Tem de tudo: violonistas, màgicos, pintores e atèe um senhor cara de pau q fingia cantar òpera e ganhou um dim-dim. Com a idade deel, nem com Viagra. Maràa, estamos pensando em vir para cà mesmo... quem sabe daqui a dois anos quando vc pintar por aqui, estaremos làa mesmo... rsrsrsrs...
Em Roma II
Acordar cedo deveria ser algo proibido nas grandes civilizaòoes. Ou seràa o contràario? Fato èe q fomos cedo paraa rua. Motivo: Pereira pouco dormiu. Depois de onibus e metro (com direito a baldeaòao) fomos conhecer o principal: o Coliseu. IMPRESSIONANTE, como diria o gringo atràas de nòs. Uma obra de milhares de anos atràas ainda chama a atenòàao pela grandiosidade, pela història, pela beleza. Nero era uma megalomano, tarado, maluco... mas um genio q antes dos 32 jàa tinha construido a porra toda.
Imagina q eu aos 37 ainda estou engatinhando... rsrs
Depois, Parque Arqueolòogico. Lindo...
Mapinha para nos localizar e vamos juntos rumo a Fontana de Trevi. Anda, anda, anda. Para num supermercado. Turista duro èe isso mesmo. Vinho, presunto de parma, polvo a vinagrete, queijo. Ufa... Almoòo dos Deuses em frente a fonte dos desejos. To babanda. Ligo para Mainha. A moòa deve estar se roenda doe preocupaòao. Dani faz o mesmo.
E os desejos? Moeda jogada na àgua, foto feita (Dè nem foi tàao dificil... rs), penso baixinho onde foi q joguei a moeda desejando estar em Roma... Deixa para làa. parte dos meus sonhos estàao se concretizando aqui. O restante vai ser adicionado ao que venho pensando nesta terra linda.
Imagina q eu aos 37 ainda estou engatinhando... rsrs
Depois, Parque Arqueolòogico. Lindo...
Mapinha para nos localizar e vamos juntos rumo a Fontana de Trevi. Anda, anda, anda. Para num supermercado. Turista duro èe isso mesmo. Vinho, presunto de parma, polvo a vinagrete, queijo. Ufa... Almoòo dos Deuses em frente a fonte dos desejos. To babanda. Ligo para Mainha. A moòa deve estar se roenda doe preocupaòao. Dani faz o mesmo.
E os desejos? Moeda jogada na àgua, foto feita (Dè nem foi tàao dificil... rs), penso baixinho onde foi q joguei a moeda desejando estar em Roma... Deixa para làa. parte dos meus sonhos estàao se concretizando aqui. O restante vai ser adicionado ao que venho pensando nesta terra linda.
Em Roma
cacete, demoramos pacas para encontrar o hotel, q era no cu do mundo. Saca o Riocentro? Pois èe... todo novinho em folha, mas saèimos de casa no Rio as 15h e so chegamos a ele as 19h da segunda, dia 18. Uma loucura. Exaustosssssss...
mas como diria a Dèe, minha guru nesta trip de sonhos, dormir èe para os fracos. E vamu-ki-vamu... Banho, casacos e pèe na estrada. Vamso em buca de um botequim... ops!!... em busca de diversao.
Pegamos umas infromaòoes com o hotel e perdemos o amor ao sinhieor (confesso q achei q isso ia demorar... hahaha... ledo engano). Onibus, metro, onibus e estamos em Trastevere. Nao preciso dizer q nao hà nada em Roma mais parecido com a Lapa... Tà rindo?? Eles tem uma versàao bem melhorada da nossa. Umas ruas bemmm antigas, gente bonita, uns bares e restaurantes transados... Um labirinto de gente bonita.
Sim, foi aqui q achei q os homens sao bem mais bonitos q as mulheres. Pereira, meu cantor favorito e meu amor querido, concordou comigo.
Detalhe: nàao vi uma barata nas ruas.
Vou me mudar para Roma.
mas como diria a Dèe, minha guru nesta trip de sonhos, dormir èe para os fracos. E vamu-ki-vamu... Banho, casacos e pèe na estrada. Vamso em buca de um botequim... ops!!... em busca de diversao.
Pegamos umas infromaòoes com o hotel e perdemos o amor ao sinhieor (confesso q achei q isso ia demorar... hahaha... ledo engano). Onibus, metro, onibus e estamos em Trastevere. Nao preciso dizer q nao hà nada em Roma mais parecido com a Lapa... Tà rindo?? Eles tem uma versàao bem melhorada da nossa. Umas ruas bemmm antigas, gente bonita, uns bares e restaurantes transados... Um labirinto de gente bonita.
Sim, foi aqui q achei q os homens sao bem mais bonitos q as mulheres. Pereira, meu cantor favorito e meu amor querido, concordou comigo.
Detalhe: nàao vi uma barata nas ruas.
Vou me mudar para Roma.
Rumo a Europa
Meninos e meninas, depois de esperar razoavelmente no aeroporto - estamos pontualèissimos - estamos no voo para o Velho Continente. Sim, anteontem - sèo hj consigo escrever - embarcamos rumo a Europa. Detalhe: optem por lugares nas janelas e corredores. A viagem èe de doer. Ninguèem nunca te falou isso? Pois èe... so descobri depois q quando chegamos a Europa tudo fica azul. Atèe la, muita dor nas costas, pernas e tudo o mais.
domingo, 17 de abril de 2011
Chegou a hora...
Mal dormi. "É hoje o dia da alegria...". Às 19h20, embarcamos eu e me cantor favorito rumo à Itália e França. Tão ansiosa q minha barriga dói. Neste momento, nos últimos preparativos da mala.
Bem que a Dé, minha amiga, disse ontem q não devia ter usado salto na noitada. Niver do Edu Aveiro tinha q estar à altura... literalmente... rsrs... Na despedida, botei um salto 10 e... os pés estão em rangalhos. Tenho q correr para ainda dar temo de colocar uma compressa de gelo.
Prometo dar notícias.
As expectativas são tão grandes que dá medo.
Uma amiga me disse q não há expectativas não correspondidadas quando se está na Europa. Felicidade.
Bem que a Dé, minha amiga, disse ontem q não devia ter usado salto na noitada. Niver do Edu Aveiro tinha q estar à altura... literalmente... rsrs... Na despedida, botei um salto 10 e... os pés estão em rangalhos. Tenho q correr para ainda dar temo de colocar uma compressa de gelo.
Prometo dar notícias.
As expectativas são tão grandes que dá medo.
Uma amiga me disse q não há expectativas não correspondidadas quando se está na Europa. Felicidade.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Contagem regressiva
A partir de hoje, faltam 10 dias para a viagem dos meus sonhos. Engraçado pensar q para mim será mesmo, no mínimo, memorável. Cada dia tenho mais certeza q esta foi a melhor ideia q tive em 2011. Conhecer a Europa (em especial estes dois países - a França e a Itália) é um desejo antigo que resolvi, em parceria com meu amor, concretizar. Realizar sonhos é sempre inspirador.
Já tô na corrida dos detalhes. Sim, planejar a viagem é o primeiro prazer dentro do todo. Trocar dinheiro, fazer contas, organizar programação, pesquisar detalhes. Uma delícia. Mas q gasta tempo, dá frio na barriga e, por fim, é entrega absoluta. Penso nisso 24 h.
Amanhã entro de férias - outra delícia. Depois de um ano de muito trabalho (em todos os aspectos), tiro 30 dias de descanso. Um mês longe das obrigações. Um mês inteiro sem estresse - sendo 10 dias na Itália e 10 dias na França. Ai, que emoção.
Tô muito feliz. Escolher abril não foi por acaso. Quero abrir meus horizontes. Em todas as direções. Tb em abril é primavera no Velho Continente, meu tesão desde adolescente.
Na Itália, a Semana Santa promete evocar sentimentos antigos, pouco tocados. Acho q vai ser lindo. A Capela Sistina em Roma, os lindos campos da Toscana, a beleza aquática de Veneza. Depois, como diria Ed Motta, "há um lugar para ser feliz, além de abril em Paris...". Já passei alguns outonos no Rio, agora vou conhecer a Cidade Luz.
Amém.
Já tô na corrida dos detalhes. Sim, planejar a viagem é o primeiro prazer dentro do todo. Trocar dinheiro, fazer contas, organizar programação, pesquisar detalhes. Uma delícia. Mas q gasta tempo, dá frio na barriga e, por fim, é entrega absoluta. Penso nisso 24 h.
Amanhã entro de férias - outra delícia. Depois de um ano de muito trabalho (em todos os aspectos), tiro 30 dias de descanso. Um mês longe das obrigações. Um mês inteiro sem estresse - sendo 10 dias na Itália e 10 dias na França. Ai, que emoção.
Tô muito feliz. Escolher abril não foi por acaso. Quero abrir meus horizontes. Em todas as direções. Tb em abril é primavera no Velho Continente, meu tesão desde adolescente.
Na Itália, a Semana Santa promete evocar sentimentos antigos, pouco tocados. Acho q vai ser lindo. A Capela Sistina em Roma, os lindos campos da Toscana, a beleza aquática de Veneza. Depois, como diria Ed Motta, "há um lugar para ser feliz, além de abril em Paris...". Já passei alguns outonos no Rio, agora vou conhecer a Cidade Luz.
Amém.
quarta-feira, 30 de março de 2011
Viva Maria! Viva Pedro Bial!
Falem oq quiserem, mas Maria quebrou tudo. E o texto luxuoso do Bial ontem foi de arrepiar. Não q o s outros não sejam sensacionais. Acho o Bial perfeito sempre, fazendo do BBB um programa não somente de entretenimento, mas também cultural. Digo isso no sentido do conhecimento humano, dos costumes, da evolução de uma sociedade.
Fico feliz por Maria ter ganho esta edição. Quebrar tabus é tarefa árdua e sempre bem vinda. Uma mulher vencer o BBB não é nada, mas uma mulher bonita e apaixonada (ou carente, como dizem alguns) conquistar o Brasil inteiro é fato memorável.
Talvez por ser reconfortante vc ter alguém na tv, entrando na sua casa todas as noites, que é parecida com vc, com sua melhor amiga, com sua irmã. É verdade: todas nós já passamos uma vez q seja na vida por momentos de rejeição e por que devemos nos envergonhar disso? Somos todos semelhantes. Na alegria e na tristeza.
Fico feliz por Maria ter ganho esta edição. Quebrar tabus é tarefa árdua e sempre bem vinda. Uma mulher vencer o BBB não é nada, mas uma mulher bonita e apaixonada (ou carente, como dizem alguns) conquistar o Brasil inteiro é fato memorável.
Talvez por ser reconfortante vc ter alguém na tv, entrando na sua casa todas as noites, que é parecida com vc, com sua melhor amiga, com sua irmã. É verdade: todas nós já passamos uma vez q seja na vida por momentos de rejeição e por que devemos nos envergonhar disso? Somos todos semelhantes. Na alegria e na tristeza.
quinta-feira, 24 de março de 2011
Menos 5,5 kg
E lá se foram 5,5 kg. nem acredito... Apesar do Carnaval, apesar da minha pouca disciplina, apesar do meu pé com tendinite... Que maravilha! O Vigilantes tem mudado minha opinião sobre o emagrecimento. Espero ser perseverante.
Barulhinho bom
Uma dor de garganta/ ouvido me acomente há quatro dias. Não preciso dizer que ouvir qualquer barulhinho acaba comigo. Na terça-feira, chorei. Não aguentava mais aquela sensação incômoda. Ando meio estressada. E chorona, é fato. E nem tô na TPM.
Ainda assim, só para contrariar e provar que sou osso duro de roer, não abri mão do show do Arnaldo Antunes ontem. Genial. Não, não foi dançante. Foi muito mais "pensante". Ex-Titãs, o cara hoje faz música muito além do que já foi um dia. É pensada, estruturada, olha com carinho. O tempo passou e até esqueci da tal dor. Uma beleza.
Hoje, já estou cá com ela.
Será que hoje o Arnaldo faz show em algum lugar?
Ainda assim, só para contrariar e provar que sou osso duro de roer, não abri mão do show do Arnaldo Antunes ontem. Genial. Não, não foi dançante. Foi muito mais "pensante". Ex-Titãs, o cara hoje faz música muito além do que já foi um dia. É pensada, estruturada, olha com carinho. O tempo passou e até esqueci da tal dor. Uma beleza.
Hoje, já estou cá com ela.
Será que hoje o Arnaldo faz show em algum lugar?
segunda-feira, 21 de março de 2011
Água demais
Prazer, meu segundo nome é “excesso”. Não é por acaso que um dos meus ídolos chama-se Agenor de Miranda Araújo Neto – mais conhecido como Cazuza. Sou exagerada, sim. Como ele. E os meus exageros inundam todas as áreas da minha vida: amo demais, quero demais, sonho demais, falo demais, como demais. Me policio, mas invariavelmente me pego às voltas com o exagero. A terapia ajuda, mas não cura.
Um amigo há pouco tempo chamou minha atenção do quanto sou teatral, dramática, cheia de gestos e caretas. Sou isso mesmo. Quando estou triste, o mundo vai acabar. Não duvide disso. Quando estou feliz, sou a apoteose. A festa em si. O equilíbrio é algo que busco, espero não ser utopia.
Quero sempre ser a melhor, a mais, a maior. É o exagero que habita em mim. Não me satisfaço com pouco. Se sou amiga, sou capaz de doar minha alma. Se sou inimiga, simplesmente risco a pessoa do meu pensamento. E esqueço sua existência. Juro. Ainda bem que tenho poucos desafetos.
Às vezes, queria ser diferente, mas a leonina que está em mim não permite. É uma mistura de tudo o que vc pensar e algo mais. Sempre tem algo mais. Quero ser a melhor companheira, a melhor amiga, a melhor filha, a melhor amante, a melhor profissional. O “muito” é pouco. Eu quero é tudo. Afinal, há de ter um retorno para tanta doação... ledo engano. Um ciclo vicioso que só existe na minha imaginação. E isso é bonito?
Quisera estar entre o oito e o 80. Quisera saber definir precisamente quando o suficiente para mim é o muito para o outro. E, se isso não fosse possível, quisera pelo menos ter a noção da necessidade de medir. Água demais pode matar a planta.
sexta-feira, 18 de março de 2011
Rock in Rio
Ir a um grande festival não tem preço. melhor, tem sim. Caro pacas, aliás. mas vale a pena. Nem q seja uma noite. E acho q vai ser o que farei... Queria muito ver a Shakira. Como espetáculo, deve ser uma coisa. Sempre gostei do som dela e do que ela foi capaz de fazer em sua própria carreira, q durante muito tempo ficou presa àquele coisa quase tupiniquim de ser. Mas agora tb tem o Elton John. Pô, e o cara deve se aposentar mais rápido do que a loira atômica. O que fazer?
Vou decidir ainda.
Os amigos querem Coldplay; outros, Red Hot.
Já vi o Red Hot. Acho o Coldplay meio tristinho...
Não sei...
Ah, e detalhe maior: não me importa se é Pop in Rio. Adoro grandes aglomerações, energia positiva, movimento do bem...
Vou decidir ainda.
Os amigos querem Coldplay; outros, Red Hot.
Já vi o Red Hot. Acho o Coldplay meio tristinho...
Não sei...
Ah, e detalhe maior: não me importa se é Pop in Rio. Adoro grandes aglomerações, energia positiva, movimento do bem...
Que venha o finde...
Acordei de mau humor. é verdade. Minha garganta tb dói...
Resolvi tomar um banho, lavar os cabelos (novos!) e levantar a poeira. No casso, vindo para o trabalho, Police nas alturas.
Serviu para respantar as más energias.
E que venha o finde.
Resolvi tomar um banho, lavar os cabelos (novos!) e levantar a poeira. No casso, vindo para o trabalho, Police nas alturas.
Serviu para respantar as más energias.
E que venha o finde.
terça-feira, 15 de março de 2011
Seja bem vindo 2011!
Começou o ano. E alguém tem dúvidas disso? Pois é... Ontem, foi oficialmente o nosso 2 de janeiro. O Carnaval passou, começam as novas resoluções a ganhar forma. Eu mesma iniciei bem 2011. Fiz uma mudança radical no visual. Se tem q começar por algum lugar, q seja por fora - já dizia minha terapeuta. Coisa de mulher.
Olho para frente e estou realmente feliz com o que me espera. Tomei decisões no início de janeiro que me deixaram bem satisfeita. Não há vazio em mim por conta do fim da folia. Tô achando até bom... O meu caro leitor vai entender: como meu Carnaval - de lá de casa, eu diria - começa em setembro, é justo que agradeça a Deus quando ele dá seus últimos suspiros. Nem podia ser diferente.
Sai o carnaval, chegam novas aspirações. Que bom! Novidades são sempre bem vindas. Neste ano, resolvi colocar em prática algumas idéias, concretizar alguns sonhos. Ainda bem que tenho um bom parceiro nesta caminhada. E acho até que ele quer é mais. Daqui a um mês, realizo o sonho de fazer minha primeira viagem a Europa. Eu e ele, ele e eu. Algo que cultivei durante tempos, juntei grana, projetei lugares. Nunca consegui chegar tão perto. Desta vez, não só cheguei perto como já estou praticamente dentro do avião. Com malas prontas. Começo amanhã a contagem regressiva de 30 dias.
Tô feliz. Dá sensação de dever cumprido. Comigo mesma.
Depois, na volta, me preparo para novos projetos. Em primeiro lugar, os pessoais. Depois, profissionais. Sempre nesta ordem. Se estou certa ou não, o tempo irá dizer. Mas meu coração é meu leme e ele aponta para este horizonte.
Que Deus nos abençoe... E nos dê um 2011 de realizações.
sábado, 12 de março de 2011
Vigilante
Passei o Carnaval incólume. Enfiei o pé na jaca algumas vezes, mas este negócio de ser vigilante (dá-lhe, Vigilantes do Peso!), nos faz quase neuróticas. Tanto fiz, tanto fiz, que não engordei nada. Tb não emagreci, mas tô feliz com o resultado. Agora, mais um mês até a viagem de férias...
Ai, deus. O negócio é meter as caras mesmo e se esforçar para ter um bom resultado.
Ai, deus. O negócio é meter as caras mesmo e se esforçar para ter um bom resultado.
Sobre o Carnaval
- Para mim, o Carnaval 2011 foi o mais tranquilo dos últimos cinco anos.
- Tb foi o mais chuvoso.
- Ah, tb foi o mais injusto com as escolas de samba. Achei os jurados exigentes demais. Muiiito mais do que nos últimos anos. Exigência ao extremo vira até falta de respeito com o trabalho de quem faz o Carnaval do Rio.
- Notei que os blocos do Rio já não satisfazem os foliões com suas marchinhas e sambas repetitivos. O povo quer mais: rock, pop, mpb, brega e o q mais vier.
- Tb achei a galera meio micareteira - ou seja, bebendo demais e pegajosa ao extremo.
- O melhor baile: me desculpe quem não foi, mas o baile do Meu Bem, u Volto Já com o Imprensa que Eu Gamo no Odisséia - pilotado pelo meu cantor favorito, Daniel Pereira - foi o melhor de tudo nesta folia de Momo. Para mim, ali, o carnaval já podia ter acabado.
- Tb foi o mais chuvoso.
- Ah, tb foi o mais injusto com as escolas de samba. Achei os jurados exigentes demais. Muiiito mais do que nos últimos anos. Exigência ao extremo vira até falta de respeito com o trabalho de quem faz o Carnaval do Rio.
- Notei que os blocos do Rio já não satisfazem os foliões com suas marchinhas e sambas repetitivos. O povo quer mais: rock, pop, mpb, brega e o q mais vier.
- Tb achei a galera meio micareteira - ou seja, bebendo demais e pegajosa ao extremo.
- O melhor baile: me desculpe quem não foi, mas o baile do Meu Bem, u Volto Já com o Imprensa que Eu Gamo no Odisséia - pilotado pelo meu cantor favorito, Daniel Pereira - foi o melhor de tudo nesta folia de Momo. Para mim, ali, o carnaval já podia ter acabado.
terça-feira, 1 de março de 2011
Dilma: sou Mais Você
ADOREI a Dilma hoje no Mais Você. Tenho q bater palmas para o marqueteiro que comprou a idéia da produção do programa. Sensacional. Uma maneira de humanizar a presidente e fazê-la mais popular.
Muito boa idéia!
Muito boa idéia!
Que venha o Carnaval... II
Já me perguntaram o que me fez tomar esta decisão. Eu ficava me imaginando no Alcóolicos Anônimos e fugia da possibilidade igaul o diabo foge da cruz. Uma antiga amiga, que não via há tempos, me convenceu do contrário. primeiro pq quando a encontrei há algum tempo ela estava na mesma situação q eu... Doida para caber nas roupas q contuinuavam no armário só olhando para mim, aposentadas precocemente. Algo tipo oito meses depois, a encontrei de novo. Linda, magra, loira. rsrs...
Ela é uma das minhas 10 leitoras e deve estar rindo neste momento deste depoimento. Fui convencida naquele momento. Mas vc acha q corri para o VP? Não... Insisti na dieta all alone. E... nada.
Realmente, não tenho talento para fazer dieta sozinha. É muito dificil. E com a vida q levo... Inviável. É noitada, barzinho, samba, cerveja, Carnaval. Rsrs... Preciso de chicote, de gente q faz lavagem cerebral, q me lembre q esou de dieta. E não pode ser amigo, senão fico puta. Pô, tá me chamando de gorda?? Aconteceu algumas vezes...
Enfim, tô lá nas minhas reuniões. No começo, ficava me sentindo meio deprê... cada um senta, ouve palestra, dá seu depoimento. mas somo sviciados mesmo. Em comer, em ter prazer por meio do prato. Uma loucura...
Tô me reeducando...
Valeu, Mic, pela força.
E vamu-ki-vamu!
Ela é uma das minhas 10 leitoras e deve estar rindo neste momento deste depoimento. Fui convencida naquele momento. Mas vc acha q corri para o VP? Não... Insisti na dieta all alone. E... nada.
Realmente, não tenho talento para fazer dieta sozinha. É muito dificil. E com a vida q levo... Inviável. É noitada, barzinho, samba, cerveja, Carnaval. Rsrs... Preciso de chicote, de gente q faz lavagem cerebral, q me lembre q esou de dieta. E não pode ser amigo, senão fico puta. Pô, tá me chamando de gorda?? Aconteceu algumas vezes...
Enfim, tô lá nas minhas reuniões. No começo, ficava me sentindo meio deprê... cada um senta, ouve palestra, dá seu depoimento. mas somo sviciados mesmo. Em comer, em ter prazer por meio do prato. Uma loucura...
Tô me reeducando...
Valeu, Mic, pela força.
E vamu-ki-vamu!
Que venha o Carnaval...
Alguns já sabem. Poucos, eu diria. Sim, eu mesma sou preconceituosa e resolvi não espalhar muito. Agora, porém, perdi esta sensação e quero dizer que resolvi tomar vergonha na cara e entrar para o Vigilantes do Peso. Estou entrando na minha 8a semana e já se foram quatro quilos.
Estou feliz com o resultado, embora apreensiva. Quem gosta de comer (muito) como eu, sempre fica. Tenho medo de em algum momento esmorecer... Ui...
Quatro quilos são foda de perder (de perder, não!, pq não quero achá-los de novo). Mas ganhá-los de volta é num piscar de olhos. E eu estou às portas do Carnaval, o q significa nenhuma disciplina nas refeições, correria durante o dia, cerveja, cerveja, cerveja... Enfim...
Hoje, fui à reunião desta semana q falou exatamente sobre o tema. Resolvi q não vou me estressar. Vou tentar manter o peso, pelo menos, como já fiz nesta semana. Sim, não emagreci nada apesar do esforço. Mas tb não aumentou... O que é um grande ganho. Ufa, vamos lá.
Que venha o Carnaval...
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Vou sacudir a poeira
Desculpe, leitores. Desculpe, amigos. Sim, não ando nos meus melhores dias. Mas juro que vou melhorar. Muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, mas prometo ultrapassar a fase de uma maneira positiva.
Afinal, o Carnaval tá aí. E o que me deixa mais nervosa é pensar na festa de Momo estando desanimada, chata, doente. Nem pensar.
Vou sacudir a poeira.
Afinal, o Carnaval tá aí. E o que me deixa mais nervosa é pensar na festa de Momo estando desanimada, chata, doente. Nem pensar.
Vou sacudir a poeira.
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