Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

É isso

O cara mal sabia falar português e de repente me aparece no Facebook fazendo gracinhas em inglês, comentando a guerra iraquiana, reclamando de comida portuguesa. A figurinha mal sabia se vestir e de repente encontro na rua com terno bem cortado com gravata francesa e uma pasta de couro italiano. Mal conhecia onde ficava o Jardim Botânico e dou de cara com ele na Prainha, com adesivo no carro de quem esteve em Fernando de Noronha.
É a vida. O tempo passa, a vida passa, a gente passa.
Ninguém é pedra mesmo, devia eu pensar. Mas nem por um minuto me ocorreu que sem mim ele ficaria até melhor, alçaria novos vôos, faria outros amigos. Filho da puta! E eu que sonhei um dia em vê-lo morrendo à míngua...
rsrs...
O ser humano é mesmo um camaleão. Se não rola por aqui, tentemos por ali. Se não tem jeito desta forma, vou fazer assim. Se não funcionar, aí tento naquela direção. E aí quando menos esperamos estamos todos refeitos, prontos para outra. E, acima de tudo, melhores.
É um eterno refazer. E é isso que nos torna especiais. A possibilidade de diante do inevitável corrermos atrás dos prejuízos e recomeçarmos. E quando falo recomeçar não é só arrancarmos forças não-sei-de-onde e acordarmos inteiros. Não... É transformarmos hábitos, quereres, pequenos gestos que no fim fazem toda a diferença em nós e no mundo em que vivemos.
Quanto mais cedo aprendemos isso, mais cedo temos a possibilidade de voltarmos a ser felizes. Quanto mais cedo aprendemos isso, mais tempo teremos para curtir a vida, que na verdade é a única coisa q vale a pena.

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