Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

De dieta

Na minha luta diária contra a balança, descobri uma nova aliada "A Dieta das Notas". Indicação de uma amiga que sofre com o mesmo problema, comecei a tal ontem. Só para te lembrar: a dieta é a mesma que fez Carolina Dieckmann secar e Daniela Escobar virar a judia de uma novela que já nem me lembro o nome.
Me pareceu menos complicado de seguir, ou melhor, mais adequada para quem está há anos com sobrepeso. E para dizer a verdade já estava tremendo só de pensar em cortar alguns excessos q as dietas normais me impedem de comer. Não tem jeito, antes de começar regime dá um frio na espinha, suór nas têmporas, preocupação total. Será que vou conseguir? Será que o sacrifício vai valer a pena?
Nos últimos tempos, tenho feito e desfeito dietas num piscar de olhos. Um dia faço bacana, no seguinte, me empanturro de porcarias (deliciosas, é claro!). Esta, porém, te possibilita umas bobagens durante o dia, contanto que vc respeite sua cota diária de X notas, variando de acordo com a altura de cada indivíduo. Respirei aliviada em saber q não preciso abrir mão da batata frita, do cachorro quente e até da cerveja, se quiser. Basta ter consciência na hora do somatório total.
Confesso que fiquei interessada em bancar um novo desafio, longe dos que estou tããão acostumada no tocante à balança. Que chatice aquela das proteínas (a que mais me adaptei até hoje). Ou aquela básica (com grelhados e legumes cozidos). Esta tem até bife com fritas.
Não, não acho q será fácil. Nunca é. Sei de cor e salteado que fazer dieta é a maior merda para qq um, seja ela de fundo estético ou de saúde - sabendo que os dois lados se cruzam em determinado momento. Vc que nunca passou por isso já deve ter tido que fazer uma por conta de gastrite ou pq está tomando determinado medicamento. Enfim... Mas é fato que chega um momento que não dá mais para fingir que está tudo em ordem. Minhas calças começaram a me apertar e a barriguinha (que já pode ser chamada no diminutivo, um dia) vai me incomodar muito no verão, quando todos estarão de pernas, braços e tudo o mais que tiverem direito de fora.
A dieta, indicada pelo endocrinologista Guilherme de Azevedo Ribeiro, virou livro - o "Dieta Nota 10". Nele, o médico faz afirmações que me arrepiaram: quem come exageradamente é um dependente químico, usa a comida como qq droga. Como ela é serotoninérgica (ou seja, substâncias produzidas no organismo que produzem sensação de bem-estar e felicidade), nós, comedores alucinados, comemos para substituir a queda de serotonina, ocorrida quando estamos chetados, tristes, deprimidos. Após comermos, vemos que os problemas continuam lá, no mesmo lugar que os deixamos antes de devorar a pizza quase inteira, aquela suculenta feijoada, o churrasco com todas as carnes e acompanhamentos imagináveis e possíveis. E ainda ficamos mais gordos - e até feios. Então, em função da frustração, voltamos a comer. E assim o ciclo vicioso se instala.
Eu sei bem que como neste esquema. Não sou chegada a doces, mas sou capaz de derrubar fácil uma bandeja de salgadinhos. Pastéis, coxinhas, quibes. Frituras em geral, embutidos variados. E massas? Ufa... Os motivos? Pode ser ansiedade, medo, tristeza, raiva.
Sabendo disso, confirma-se que a guerra é travada entre eu e mim. PÔ, já tô bem grandinha, né?? Preciso comer menos e melhor, além de malhar, outro grande problema. O médico indica, sim, mas não tenho disposição, não. Sou mais chegada a levantamento de copo, como sabem meus amigos. O que fazer? Pensei: "o que mais gosto de fazer entre comer e malhar?" Comer, é claro. E para comer preciso malhar, que odeio. Mas preciso escolher: ficar sem malhar e comer bem menos ou malhar e me dar o direito de comer algo mais? Retornei para a academia há um mês. E peço a Deus todos os dias para não permitir que a preguiça me vença. Como já aconteceu inúmeras vezes. Ou então que permita que enjoe do que faço agora, mas queira buscar outra atividade diferente das dezenas que já fiz. O negócio é não parar.
Ainda não acabei o livro, mas confesso que a lavagem cerebral foi iniciada. Só assim mesmo. E isso sabendo que sempre terei as mesmas dúvidas, os mesmos temores, os mesmos sentimentos. Como um dependente... Mas assim será: um dia depois do outro. Espero que tenha um bom resultado. Depois eu conto.

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