Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Pare o mundo que que quero descer

Sou mesmo cheia de manias. Quanto mais velhos vamos ficando, mais manias adquirimos. Não, não é TOC, mas imagino que o processo se inicie desta maneira. E isso não tem nada a ver com superstição! Ou tem?? Sinceramente não sei...
Conheço gente que só veste branco às sextas, que não passa embaixo de escadas, que se benze sempre que passa em frente a igrejas. Confesso que vez ou outra tb sigo estes ritos, mas não falo deste tipo de mania...
Eu, por exemplo, tenho mania de fazer coisas tudoaomesmotempoagora. No dia a dia, enquanto encho a garrafa dágua para colocar para gelar, coloco a comidinha do cão, desfio o frango na água e sal e ainda lavo uma loucinha que esteja suja. Quero otimizar meu tempo.
Mais uma: quando chego ao trabalho, enquanto o computador não roda os programas que quero, atualizo a agenda, marco médicos, levanto para encher a xícara de café. Não aguento esperar...
Se estou vindo no transporte para o trabalho, faço as ligações que ficaram para trás no dia anterior, leio o jornal do dia, analiso contas mensais. Ficar olhando pela janela como a maioria dos mortais, nem pensar.
Outro dia notei que aproveito o passeio do Roni è noite para ir à casa da minha mãe. Quando cozinho, faço questão de fazer dois pratos diferentes para que um seja congelado. Aos sábados, a feira é feita com o cãozinho no colo ou então no intervalo do banho do bichinho - assim mato dois coelhos com uma só cajadada.
Ufa, que loucura! Sinal dos tempos ou maluquice da cabeça das mulheres atuais. Não conseguimos mais fazer uma coisa de cada vez, porque somos requisitadas o tempo todo. E aí até quando podemos ter calma e fazer as coisas pacientemente, utilizamos estas táticas de guerra. E olha que nem tenho crianças ainda.
Credo...
Pare o mundo que que quero descer.

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