Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sobre o passado

Hoje é uma data histórica. Comemoro cinco anos de separação. Digo que comemoro pq acho que é um momento bacana realmente. Me refiz, me reinventei, tô feliz de novo. Não foi fácil, principalmente os primeiros dois anos, mas hoje vejo que foi o melhor. Para todos, por tudo. O caminho foi árduo, mas precisava ser percorrido.
Se alguém me perguntasse naquela época cinzenta o que eu estaria fazendo ou quem eu seria dali a cinco anos eu choraria. Não tinha idéia do resultado daquele momento. Mágoa, tristeza, dor... Uma imensidão de sentimentos misturados e incompreensíveis. Durante muito tempo, fui uma estranha dentro de mim mesmo. Não havia lugar para mim. Não enxergava a luz no fim do túnel. Tive que descobrir uma força em mim que nem eu mesma sabia que existia. Tive que rever meus conceitos, meus erros. Tive que reagir. E reagi...
Pois bem, estou aqui. Prazer, Karla. Apostei numa casa nova e na dedicação ao trabalho, conquistei outra vida e novos amigos, consertei os dentes e a bússola da minha vida, adotei um cãozinho e outros sonhos, encontrei outros objetivos e um novo amor, tingi os cabelos de louro e o meu céu de azul.
Rsrs... Afinal, estava viva! Estou viva!
É curioso olhar o passado e ter a exata noção de que muitas vezes o nosso algoz é quem nos abre as portas de uma vida melhor. Uma visão que nos é impossibilitada enquanto ainda estamos feridos, mas que depois fica tão nítida. Isso é ser adulta, é estar em premanente estado de crescimento. É saber que podemos ser várias e uma melhor do que a outra (ou não), mas que estamos tentando, que isso é infinitamente superior a estar parada, estagnada no tempo.
Deus foi bom para mim. A terapia também. Minha família e meus amigos... Putz, não há palavras para definir sua presença na minha vida.
Agora, é seguir em frente. É colher os louros e semear outros.
É isso aí.
Viver, valeu!
Sempre.

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