Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Zé Cabalero??

Antes de ouvir o som de Zeca Baleiro há muito tempo, eu juro, imaginei que ele fosse um destes famosos latinos que vez ou outra aparecem por aqui, rebolativos e cheios de produção. "Quem? Zé Cabalero?", perguntei. Não, é Zeca mesmo. E mais: Zeca Baleiro. Simples demais? Bem, depois de algum tempo e pouco conhecimento (ainda!) da obra dele, posso dizer que Zeca só tem a simplicidade no nome e, aparentemente, na personalidade. Isso porque sua música pode ser taxada de tudo, menos de simples. É muita poesia, humor, amor, inteligência. Uma alquimia sensacional. Um jogo de palavras milimetricamente pensado.
Ontem, tive o prazer de pela primeira vez ir a um show de Zeca, no Teatro Sesi, no Centro do Rio. Estilo intimista, violões e guitarra luxuosa de Tuco Marconi (é isso??). Saí de lá louca para comprar toda sua discografia, da qual só tenho um cd, embora conheça uma parte das canções.
O cara é cantor ímpar, compositor talentoso, cuidadoso com cada frase musical, bom de palco, bom de papo, charmoso, engraçado. Chega a ficar bonito. Tinha o público nas mãos e em alguns momentos até abusa da boa vontade de quem só quer ouvir boa música de tão simpático. Responde a todas as gracinhas e estica o assunto.
O repertório é de arrepiar. Zeca brinca com rimas e estrangeirismos, tem sacadas interessantes, musicalidade à flor da pele. Sua música mistura pop com samba, baião, rock. E ele toca todas que a gente gosta e mais algumas. Um luxo. Vai de "Babylon" a "Quase Nada", passando por "Samba do Approach" (com direito a participação maciça da platéia) e "Vai de Madureira" (uma graça!). O cara é tão eclético que afirma que gosta até de "Rebolation"!
Zeca nasceu José Ribamar Coelho Santos no Maranhão e já teve suas músicas cantadas por gente do quilate de Simone, Gal Costa e O Rappa. Seu som chamou minha atenção pela primeira vez há tempos e isso veio se repetindo. Como quando gravou uma canção chamada "Proibida para mim" pela qual fiquei alucinada. A canção é do Charlie Brown Junior (?). Sensacional a versão. Minha dúvida agora é se a música é da galera do Chorão ou se é o contrário. Também teve "Lenha" e "A Flor da Pele". Não me lembro exatamente a ordem.
Só depois disso, comprei um cd.
E amei!
Agora me preparo para ampliar minha coleção. Quero ir a outros shows e fazer coro com a platéia mais vezes.



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