
Prova desta dificuldade é olhar para trás e notar que estou há pelo menos um ano buscando uma casa nova para mim e os meus. Meu ideal é encurtar distâncias de tudo e todos, ganhar mais tempo para a minha vida e os meus vícios (mesmo o de ficar à toa, uma das minhas especialidades), ganhar mais qualidade no dia a dia. Só que – não sei se pela minha dificuldade em mudar ou se pela inviabilidade do mercado mesmo – não encontro nada que encaixe no meu orçamento. E nem no meu gosto. Agora, me debato entre a compra e o aluguel – uma decisão difícil para quem adora fazer planos.
Os preços estão pela hora da morte mesmo. O Globo deu uma bela matéria ontem na capa do Morar Bem. Será uma bolha estes valores exorbitantes? Ou será que o carioca reclama, mas na verdade acaba comprando por um preço altíssimo o que valeria muito menos? Não sei... fato é que a cada dia tenho mais preguiça de competir com uma dúzia de fichas que invariavelmente chegam primeiro do que a minha. Ou então tentar convencer às gerentes dos bancos que tenho compromisso em pagar o que devo, ou seja, eu preciso mesmo de um financiamento.
Queria tanto um canto pequeno e charmoso com cheio de lavanda, uma vista bacaninha da janela, um espaço que me caiba e aos meus apetrechos que ao longo da vida acumulei. Isso sem contar no meu cão, no namorado, na família que sei que aos poucos vai se chegando... Como fazer?
Uma amiga antiga enfrenta a mesma questão.
Dá até vontade de fazer como o Garfield: “quando me dá uma vontade louca de trabalhar, eu sento quietinha no canto e espero a vontade passar”.
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