Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Sem diploma

Desde ontem, fui autorizada a jogar meu diploma no lixo. Afinal, para ser jornalista agora não precisa mais ser diplomado, fazer um curso superior, ser preparado para tal. Concordo em parte com o que disse o relator do processo no STF, mas sinceramente acho um retrocesso. Não só por ter escolhido viver desta profissão, mas porque acho que ela é importante, sim, para a sociedade. Aliás, muito mais do que várias outras que estão por aí. Vale frisar inclusive que são os jornalistas que inúmeras vezes salvam vidas com suas matérias, com suas denúncias, com suas idéias.
Conhece aquele ditado: de médico e louco todo o mundo tem um pouco? Há muito tempo, eu já tinha acrescentado uma outra função na qual todos se acham no direito de exercer: a de jornalista. E isso antes desta polêmica. Afinal, não há um ser humano que não queria após ler um texto inserir uma vírgula que seja. Imagina agora...


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segue a matéria na integra:


STF derruba exigência de diploma para jornalista

Por 8 votos a 1, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista. A decisão foi tomada no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 511961, interposto pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (Sertesp) contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), que afirmou a necessidade do diploma, contrariando uma decisão da primeira instância numa ação civil pública.No recurso, o MPF e o Sertesp sustentaram que o Decreto-Lei 972/69, que estabelece as regras para exercício da profissão – inclusive o diploma –, não foi recepcionado pela Constituição de 1988.Votaram contra a exigência do diploma de jornalista o relator, ministro Gilmar Mendes, as ministras Cármen Lúcia Antunes Rocha e Ellen Gracie, e os ministros Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso e Celso de Mello. O ministro Marco Aurélio votou favoravelmente à exigência do diploma. Não participaram do julgamento os ministros Menezes Direito e Joaquim Barbosa, ausentes justificadamente da sessão.

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