Ainda desconheço determinados cantos obscuros, ainda tenho reações que me surpreendem, ainda tenho sonhos com o que nem imaginava, mas o que está sob os meus olhos, à luz dos meus sentidos, me deixa feliz. Sou um ser em permanente estado de metamorfose e isso, embora me assuste vez ou outra, também me faz viva. Que bom... Houve um tempo em que nada me tirava do controle, nada me fazia surtar, nada me deixava esfuziante ou triste. Era um estado morno de tranquilidade. Hoje é diferente. O hoje é diferente...
Tenho medo, sim. E não poderia mentir sobre isso. Tenho medo da vida, da dor, da perda, do tempo. Tenho medo de baratas, de escuro, de altura, de avião. Mas também adquiri coragem para buscar meus objetivos, para encarar os desafios, para ser feliz. Porque ser feliz tb dá medo. Será que é isso tudo mesmo? Será que mereço? Será que caba em algum momento? Será qu estou preparada para isso?
Martha Medeiros fez uma crônica certo dia falando que o melhor lugar do mundo para se viver era dentro dela. Durante algum tempo pensei sobre o tema. Sempre imaginei que o melhor lugar para se viver era a minha casa, mas notei que minha melhor casa é dentro de mim. Posso estar enrolada no meu edredon num dia frio, na minha intimidade, com meu cachorro, comendo pipoca e vendo sessão da tarde - para mim, um programa delicioso, mas se não estiver de bem comigo mesma, nada disso será bem vindo. Pois bem. O melhor lugar para viver, sim, é dentro de mim - a melhor casa do mundo. Com meus erros e acertos. Ainda espero que sejam menos erros, claro! Também não sou mártir, mas se tiver que incluí-los... Paciência.
Vamos em frente. São os benefícios da maturidade.
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