Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Mulheres

Diante da dificuldade de lidar com seus diversos casos e amores, um conhecido me disse ontem que as mulheres têm um leme, que se chama hormônio. É TPM, é menstruação, é gravidez. Isso tudo dá nuances fortíssimas ao ex-sexo frágil – pelo menos na teoria dele – e as torna seres difíceis de lidar. Olhei bem para aquela criatura, que se não conhece as mulheres até hoje não vai fazê-lo nunca mais, e retruquei: “Não sei”. Para mim, as mulheres têm, sim, uma questão hormonal meio complicada em sua anatomia, mas seu leme se chama amor. Isso é o que comanda cada nau feminina que insiste em manter-se à deriva. E ponto.
Explico: estar amada (porque ser amada é algo quase lúdico demais nos dias de hoje) muda tudo na vida de uma mulher. E confesso que o mesmo ocorre na vida dos homens. De alguns, certamente sim. Ganhamos novo horizonte, alteramos nossa visão de mundo, mudamos características antes impensáveis em nossa personalidade. Somos mais pacientes, bons ouvintes, tolerantes. Já o contrário pode ser mortal, ou seja, não estar amada funciona de uma maneira inversamente proporcional.
E a mulher desamada? Já ouviu a expressão? Eu entendo que esta é uma mulher que já foi amada e hoje não o é mais. Triste, amargurada, sem perspectivas. Para mim, ter amor e perdê-lo é como deixar de ser famoso. Já imaginou ser reconhecido nas ruas, suas roupas serem rasgadas por fãs alucinadas, ser obrigado a ter uma dezena de seguranças para andar nas ruas e, de repente, se transformar num Zé Ninguém?!... Doído.
Entre elas, na minha opinião, a pior de todas as situações é a mulher mal amada. Eu já escutei xingamentos neste sentido em relação à vizinhas fofoqueiras, à uma tia que adora criar intrigas na família, à uma qualquer que não suporte a felicidade alheia. E são todos verídicos. Quando por dentro não estamos bem, quando não estamos amadas, quando tudo parece fora de ordem, é mais fácil tomar conta da vida do outro. Porque a nossa... bem, a nossa vida está meio esquisita.
No mesmo instante que pensei naquele “não sei” dito a um conhecido recente, todas estas imagens vieram a minha cabeça e gostaria de ter dito a ele que as questões hormonais são resolvidas com amor. Só isso. Será que a mulher que ele tem em casa tem variações de humor constantes por uma questão física?

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