Lá vou eu me assanhar a palpitar sobre futebol. Na verdade, só me atrevo a falar de novo - depois de passar por diversas pitos - pq este é um assunto que se refere às relações humanas e não só ao esporte mais popular do país. Falo de Neymar.
Tenho acompanhado o problema do ídolo adolescente e me espanta que as pessoas estejam tão surpresas quanto às suas reações. Ah, gente, Neymar é um aborrescente que veio da pobreza e se viu de repente dono de tanta grana e poder que nem sabe mais como lidar com eles!... E só.
Para mim, o mau jeito, os palavrões e a falta de educação do moço em campo são reflexos da falta de maturidade da idade somada a um egocentrismo imenso, típico da época. É claro que tudo isso temperado pela fama é demais para a cabecinha de qualquer um que não tenha tido uma base muito sólida. Ainda mais depois da saída de Robinho, que era parceiro e já era mais crescidinho...
Culpa do futebol? Não sei.
Fato é que o tema vem sendo discutido desde a época de Romário e Edmundo e ganhou força nos últimos meses por conta do caso Elisa Samúdio e a possibilidade do goleiro Bruno (ex do Flamengo) estar envolvido. Estes meninos não têm estrutura para segurar esta onda de fama, grana, mulheres, mundo aos seus pés... tem que haver alguma consciência dos clubes em relação a isso. Terapia seria uma boa opção para todos, quem sabe?
Em vez disso, o que tem sido feito? Nada.
O caso do técnico Dorival Junior - do Santos (que foi demitido depois de suspender Neymar, que bem merecia não só um castigo quanto umas boas palmadas na bunda) é prova disso. Não importa o jogador, o que ele vai fazer, como vai se portar. O que importa é o resultado para o clube e, de certa forma, Dorival sabia disso quando afirmou em coletiva que sua atitude "talvez" não fosse boa para o clube, mas para o Neymar ia surtir bom efeito.
Resumo da ópera: o menino mimado tinha que ser colocado em seu lugar. Mas isso não gera lucros, o clube vai contra.
E assim será... Sempre. Pelo menos até q os cartolas do futebol se toquem do mal que eles fazem também para a sociedade que vêem seus ídolos como referência.
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