Dar muito mais do que nos é pedido ou é suficiente para o outro é problema de nove entre dez mulheres. Estamos sempre aptas a embarcar, a amar sem limites, doar sem pudores, seguir adiante apesar dos pesares. Muitas são aquelas que morrem logo após a perda do parceiro; adoecem logo após o filho se recuperar de um doença grave; perdem o emprego pq a mãe estava tão deprimida que ela deprimiu tb.
É a nossa sina.
Quisera ser diferente e não ter tanto para dar. Quisera poder simplesmente oferecer o que me é exigido. E depois: "beijoetchau!". Cada um tem a sua vida, cada um tem seus problemas. Estou ao lado, mas não sou responsável pela dor do mundo. Mas eu não. Não consigo ser assim. Compro a briga; assumo a questão como se fosse minha. Alguns podem até dizer que isso é nobre, mas sinceramente nunca busquei a nobreza. Só quero ser feliz. E para isso basta ser humano. De carne e osso.
Às vezes, vejo que o outro até me pede menos atenção, menos amor, menos empenho. Porém, está além de mim. Quero participar, partilhar, dividir.
Mas vou tentando... Não dizem que a vida é uma eterna tentativa?
Tô nessa.
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