Após dez dias de muita correria e tensão, a alergia me pegou - na
persona de uma bronquite e tudo o mais q se tem direito. Resumo da ópera: falta de ar, espirros mil, coceira pelo corpo todo, dor de cabeça... Me conheço bem. A imunidade baixa fácil, bastando apenas sair um pouco do dia a dia que já não é tranquilo.
Além disso, a temperatura não ajuda. Quem é alérgico como eu sabe bem que o outono no Rio é lindo (como diria Ed Motta), mas acaba com nossos anticorpos. Um dia é quente, com tarde fria. Outro dia é frio com noite morna. E assim vai até que a natureza se dê conta de que é inverno.
E aí toma corticóide!
Para piorar a situação, confesso que quando estou doente fico mais carente. Isso acontece com todo o mundo ou só comigo que fui uma filha mimadíssima (e bastante doentinha qdo criança)? Quero carinhos, colo, atenção. E se não tenho, é mais um motivo para aborrecimentos, que geram mais alergia.
Alérgicos são pessoas sensíveis. Imagina que somos capazes de sentir que a casa está empoeirada, que o ambiente está carregado demais de ácaros, que o carpete do trabalho merece ser lavado. É tanta sensibilidade que irrita e aí... começa o ciclo de novo. É claro que não é voluntário, mas os espirros, a coriza, as coceitas denunciam isso. O corpo fala... Às vezes, até demais.
Há tempos não tenho crises febris, mas já cheguei a queimar de febre durante noites seguidas. É claro que colinho e mimos sobraram por todos os lados e me ajudaram a me recuperar, mas foram momentos de pesadelo. Hoje, as crises reduziram a força, mas são constantes. Tenho uma amigo alérgico que vive com anti-alérgicos no bolso. Duvida? Só quem passa é que sabe...
Mas enfim é chegado o fim de semana e, quem sabe, com uma boa canja de galinha e um edredon macio consigo melhorar.
Ai... O corpo pede, mas acho sinceramente é que a alma é que tá mais pedinte.