E quando eu menos esperava lá se foram três anos sem minha avó querida. "A Rita levou meu sorriso...". Sim, é verdade... Dia 8 de dezembro de 2007. No dia do show do Police no Rio. Um calor do cacete, dia bonito, sábado de sol. E nós lá velando a passagem dela.
A minha Rita.
A Rita faz falta. Muita falta... Mais de mil dias sem ela. Passou tão rápido que nem minha terapeuta acreditou. Curiosa sensação. Nem parece e, ao mesmo tempo, parece pacas.
Uma saudade doída, uma vontade de reaver aquele colo, aquele riso solto, aquela companhia que chegava sorrateira de manhãzinha só para me ver antes de ir para o trabalho, que ficava em pé na porta do banheiro enquanto eu tomava banho só para não perder nem um minuto da conversa. E também aquele olhar inconveniente para os amigos que ela desconhecia, a eterna reclamação sobre minhas poucas ligações, a preguiça de ir a pé a qualquer lugar.
Isso sem falar na minha infância coberta de mimos, vontades atendidas, lanchinhos especiais, brincadeiras a quatro mãos, férias históricas, presença constante. Minha avó foi minha mãe nas férias. Minha avó foi minha mãe. Muitas vezes.
Amiga de sempre. Amor correspondido. Certeza de um abraço. Choro em conjunto. Um beijo afetuoso, uma mão que enrosca a sua para atravessar a rua, papos intermináveis, segredos repartidos.
Muita tristeza de não tê-la mais aqui.
Muita alegria de tê-la conhecido...
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