Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

2012 chegou...

Detalhe que não pode passar despercebido: FELIZ ANO NOVO!!!!!!!!!!!!!!!!!

O Artista

Curioso é um filme em preto-e-branco e mudo ganhar o Oscar. Diante da grandiosidade da indústria atual, isso deve sinalizar algo para aqueles envolvidos mais diretamente nas grandes produções. Vou assistir ao filme e depois comento.

3D

Fui ao cinema na última sexta-feira assistir ao Star Wars em versão 3D. Sim, sou cinéfila apaixonada pro estes efeitos recém-descobertos por mim. Só que descobri, bastante frustrada, que esta história de refazer o filme não funciona - os efeitos ficam muito aquém do esperado. Vi o trailer de Homens de Preto III e fiquei babando... Muito superior à saga de George Lucas.
Detalhe: o cinema estava cheio de pequenas baratas ao fim da sessão. é claro que não pdoeria deixar passar em branco e enviei um e-mail bem delicadinho para o UCI. Cinema não é coisa barata e o mínimo q os caras podem oferecer é limpeza.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Tô me guardando para quando o Carnaval passar...

Amigos se surpreenderam quando eu disse que neste ano estou absolutamente fora da folia momesca. Sim, é verdade. Estou exausta e não vejo a hora de sair da cidade, estar entre os meus, colocar minhas Havaianas e bebericar minha cerveja sem hora para acabar. A verdade é que, além do cansaço por conta do excesso do trabalho, meus últimos Carnavais foram frenéticos. De modo que no final da festa no ano passado já tinha decidido que em 2012 alguma coisa tinha que ser mudada. Blocos cheios, muito calor, pouca novidade.
É fato que até tracei planos de bailes e festejos que queria ter ido - poucos, mas bons. Ou seja, não esperava que a mudança fosse tão radical. Em função da rotina exaustiva das últimas semanas, porém, nada poderia ser melhor. Leio as matérias, assisto a tv, ouço os sambas e nada me anima. Realmente, a fase é de sombra e água fresca. Após cinco anos de absoluto frenesi, é chegada a hora do descanso do guerreiro.
E, para quem fica, muita alegria e confete.
Até a volta.

Descendentes

Gosto da sinopse do filme "Os Descendentes (The Descendants)", de Matt King, que concorre aos Oscar. Gosto de como o filme começa, com o personagem de George Clooney afirmando que todos os seus amigos acham que, só porque ele vive no Havaí, sua vida é uma alegria só, regada a surfe, bebidas e hula-hula. “Eles são loucos? Acham que somos imunes à vida?”, ele pergunta. Gosto do ator, que além de lindo mostra nesta película que estava absolutamente iluminado nesta atuação. E só.
Sou cinéfila e, como tal, me coço toda todos os anos para assistir a todos so filmes que concorrem a estatueta maior do cinema mundial, mas ou ando bem desanimada ou realmente comecei mal a minha saga entre os concorrentes. Não que "Os Descendentes" seja ruim. Além do citado acima, há uma fotografia interessante, outros bons atores, um roteiro interessante, mas a maneira como a história é contada é muito devagar, c ansativa, beirando até a chatice.
Minha expectativa não era de um dramalhaõ mexicano, embora tudo leve a crer que é disso q se trata o filme. Afinal, a esposa de Matt, Elizabeth, sofreu um acidente de barco e está em coma somente esperando pela morte. Sua família está às voltas com a venda de um imenso terreno que vale uma verdadeira fortuna, herança de um parente distante na árvore genealógica, e Matt é o responsável por escolher o comprador ideal. Sua filha mais velha é uma garota problemática no colégio em que estuda, enquanto Scottie - a mais nova - é uma menina precoce, que solta palavrões com uma facilidade incrível. Para piorar a situação, ele descobre que a esposa tinha um caso no qual estava apixonada, pensando inclusive em divórcio.
Bom roteiro, não? Não. É aquele tipo de filme em que vc passa o tempo todo esperando a grande virada do protagonista, que nunca vem. Rubens Ewald Filho disse que é um filme bom, sem ser excepcional... Não sei, tenho minhas dúvidas. Mas vale por Clooney, que consegue simplesmente nos fazer esquecer do galã que é... Vale o Oscar.



Os Descendentes é um belo filme, em que, mais do que a trama, que poderia muito bem ser a de um dramalhão mexicano, tem todo o seu destaque focado nos atores. George Clooney entrega sua melhor performance, em uma atuação cuja sinceridade comove e, se o mundo for justo, vai ganhar o Oscar. As meninas Shailene Woodley e Amara Miller dão show, apesar da pouca experiência em tela. E Judy Greer, que tem apenas três cenas como a esposa do amante de Elizabeth, brilha como nunca.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Um dia, um adeus...

Não, não sou boa de despedidas. Isso já sei há tempos. Talvez seja o meu legado na morte repentina do meu pai. Sou chorona, penso e repenso, personalidade totalmente em dúvida. Sempre. Hoje, por absoluta falta de vontade de continuar pensando, analisando, avaliando a minha vida e os caminhos q ela tomou tive coragem de bancar um abandono. Um abandono vindo de mim: dei um tempo da terapia.
Eu sei que já vinha cogitando esta possibilidade há meses, mas a coragem vinha e voltava. Cada dia uma novidade me fazia pensar melhor. Uma novidade e a certeza de que é muito difícil encarar a vida de frente sozinha. Absolutamente só. Sem ter a quem pedir uma opinião, sem ter aquela hora semanal para desabafar até cansar, sem ter certeza de que a estrada pode ser proveitosa.
Você vai pensar, nobre leitor, que a gente acaba criando uma dependência e que não há conselho terapêutico que seja certeiro, até porque analistas não são deuses. Mas aprendi que ter uma pessoa ao nosso lado que nos conhece muito e que estudou a psicologia por anos a fio, no mínimo, nos garante que mesmo se render uma grande merda em algum momento vc vai sair lucrando. Pelo menos é um alento...
Com o tempo, a terapeuta ganha uma importância monstruosa na vida de qualquer reles mortal. A minha se transformou numa amiga, numa confidente, numa quase-mãe - embora a minha ainda exista e eu a ame muito. Tudo isso num pacote embrulhado com os laços de fita do conhecimento. Ou seja, tristeza por deixá-la, alívio por parar de me deparar comigo mesmo.
Sim, a terapia é este momento. E cada um sabe "a delícia e a dor de ser o que é". Eu, absolutamente exausta dos meus questionamentos, jogo a toalha. Não aguento mais me olhar, não aguento mais buscar novos caminhos. Quero descansar um pouco. Eu sei: é um adeus temporário, mas necessário. Ao fim de sete anos, preciso simplesmente ser um barco à deriva e parar de me debater contra as ondas.