Uma jornalista, cabeça a mil. Vontade de debater o mundo que me rodeia, comentar o dia-a-dia, trocar ideias livremente. A busca por um espaço democrático onde pudesse exercer minha criatividade e mostrar minha visão da vida resultou em "Crônicas de Saias".

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

RIR 2011

EU FUI E VOU DE NOVO!!AMEI!!!!!!!!!!!!

Ufa!

Muito cansaço, dor excepcional na barriga (por conta do pedregulho que se instalou nos meus rins), pés inchados, cabeça latejando. É uma pessoa ou um doente em fase termina? Deus do Céu! Pretendia fazer um post mais positivo, mas com a quantidade de coisas que sonatizei no meu corpitcho nem Jesus salva...

Homem primata

Sou do tempo do homem primata citado pelo glorioso Titãs, na época em que eles ainda não pensavam em cantar gospel. "Planeta dos Macacos - A Origem" conta um pouco desta saga. Nada a ver com as duas versões anteriores. Aliás, esqueça tudo aquilo. Parece amador mesmo, embora não seja para a época.
Sim, é verdade: vivemos no mundo do capitalismo selvagem, como diria nossos "cabeças dinossauro". Todos os dias, o dinheiro faz mais parte da nossa vida e muitos fazem o que for preciso para garantir seu quinhão. Fazer o quê? A película pretende mostrar que tudo tem limite e te faz sair do cinema com esta sensação. Será que tudo isso é necessário realmente??
O mundo cor de rosa para os ambientalistas de plantão, é fato. O filme faz apologia contra o uso de cobaias animais. E é isso aí mesmo! Sou totalmente a favor. Depois do filme, até eu queria um macaco em casa. Afinal, o tratamento dado aos bichos são de emocionar...
Os efeitos especiais são um espetáculo à parte. Os macacos são trazidos para o mundo humano de uma forma impensável. Tem de tudo e para todos os gostos. Gestos e expressões foram inspiradas em seres humanos e cuidadosamente tratados. São quase pessoas, com um olhar cativante.
Destaque para a sequência da ponte, quando os bichos invadem a cidade. Leozinho, meu companheiro de cinema às quartas, não parava de comentar qeu este era o filme do ano. Eu tinha quase certeza até q um detalhe na reta final me fez desistir da ideia. Achei um certo exagero... Para se comparar a um ser humano, não era necessário chegar tão longe.
Mas vale a pena... Para mim, o bonequinho aplaude de pé.

Cowboys e aliens

Vc já viu um filme ruim? Agora já pode dizer que sim...

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Você tem inveja de quem?

Cacete... fiquei com inveja da minha amiga Renata Victal no seu Vida incoerente (confiram o blog) e copiei este texto. Nãopoderia ser melhor. Mais uma do Ivan Martins.

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Por Ivan Martins

A constatação é inevitável: há sempre alguém mais alto, mais bonito ou mais inteligente do que cada um de nós.
Na infância a gente descobre, sem prazer nenhum, que a criança ao lado parece atrair todas as atenções. Na adolescência há o cara, ou a menina, por quem metade da escola é apaixonada. Mesmo na vida adulta – quando a racionalidade deveria nos ajudar – o drama continua e se amplia. O terreno da competição (e da dor) tornou-se maior: aquele sujeito é promovido todo ano, aquela outra arruma um namorado por mês, fulano é adorado por todo mundo, sicrana viaja todo ano para lugares incríveis… A coisa não para. Sempre haverá um motivo, sempre haverá alguém para nos causar inveja.
Dentro dos relacionamentos não é diferente. Eu consigo pensar, com base nos meus próprios e mesquinhos sentimentos, em pelo menos duas maneiras pelas quais a inveja pode se meter na vida dos casais – uma externa, bem óbvia, e outra interna, na qual se presta menos atenção.
A situação óbvia é a inveja pelo parceiro do outro.
Você está lá, em paz com o seu quinhão, mas o seu amigo ou amiga aparece com uma pessoa nova, extremamente atraente e sedutora. Você fica feliz por ele ou por ela? Talvez. Mas é possível que você reaja humanamente, passando a olhar de forma crítica o seu próprio parceiro ou parceira, que, até ontem, fazia você feliz. De tanto desejar o namorado ou a namorada do outro – que pernas, que sorriso, que jeito gostoso – você acaba achando a sua ou o seu sem graça. Sente impulsos de arrumar para você mesmo alguém igualmente atraente, charmoso ou inteligente.
Isso se chama inveja. Detona a relação, estraga a sua cabeça e, rigorosamente, não tem solução: sempre vai aparecer alguém acompanhado de uma pessoa encantadora. Mais bonita, mais jovem ou mais bem sucedida do que aquela ao seu lado. Se você não aprender a ficar sereno com as suas escolhas, vai competir (e perder), o tempo inteiro.
A situação que eu descrevi acima é muito comum entre os homens. Não apenas por que somos competitivos – e, potencialmente, mais superficiais que as mulheres –, mas por sermos grandes mentirosos. Os homens exageram muito a própria felicidade para impressionar o resto do bando. Sobretudo quando se trata de sexo. O sujeito começa a sair com uma nova mulher e “reclama”, repetidamente, que não consegue mais dormir de tanto transar. Para o cara ao lado, que está num relacionamento estável e esqueceu como ele mesmo costumava exagerar essas histórias, fica a impressão, dolorosa e falsa, de que todos vivem como faunos e apenas ele tem vida sexual ou afetiva medíocre. Há que tomar cuidado com as palavras dos outros.
A outra situação em que a inveja atrapalha é quando ocorre no interior dos casais.
Às vezes é duro aceitar o sucesso ou as virtudes da pessoa de quem a gente gosta. De alguma forma, eles nos ofendem e nos inferiorizam. Em vez de celebrar as realizações da pessoa de quem estamos próximos, nos ressentimos delas. Sem admitir. Isso acontece em vários terrenos.
É muito comum ver homens magoados com o sucesso da mulher deles. A vida dele não andou como ele gostaria, a da namorada vai de vento em popa, o sujeito fica infeliz. Vai se tornando amargo, ressentido, às vezes até agressivo. Começa a detonar a parceira, como se não houvesse mérito – apenas sorte e privilégio – no que ela obteve. Isso é comum sobretudo entre casais que se formam no trabalho. Uma carreira decola, a outra não. O bode vem morar na sala.
Outras vezes, a inveja no interior do casal é provocada por coisas subjetivas. Nós podemos ter inveja do temperamento, do caráter ou da inteligência do outro – mesmo que eles não se transformem em dinheiro ou reconhecimento material. Algumas pessoas têm uma nobreza que outras não têm. Coragem para agir ou sentir de forma intensa, por exemplo. Traços de personalidade são muito perceptíveis quando estamos próximos de alguém. São eles que verdadeiramente definem uma pessoa, para além da aparência ou das circunstâncias sociais.
No início, essas qualidades (ou mesmo defeitos) atraem de maneira inequívoca. Mas, depois algum tempo, se não desenvolvermos em nós mesmos traços que nos despertem admiração, se não crescemos,sobrevém certo cansaço das virtudes do outro, uma impaciência crescente com aquilo que sabemos ser admirável. Disciplina vira chatice. Honestidade parece grosseria. Integridade não passa de teimosia. Inteligência se transforma em pedantismo. Dignidade é apenas soberba. Humor nos parece frivolidade. Leveza? Irresponsabilidade. No fundo, podemos estar tomados pela inveja do que o outro é e nós gostaríamos, inutilmente, de ser.
Minha impressão, em resumo, é que a inveja não tem limites e seus efeitos são extremamente subestimados nas relações íntimas.
A gente pode ter inveja da beleza ou da juventude do parceiro. Pode ter inveja da desenvoltura sexual dele ou dela. Seres humanos têm inveja (que se confunde com ciúme) do passado das pessoas de quem gostam. Podemos ter inveja do futuro dele ou dela, um sentimento esquisito e doloroso. Quem não sentiu inveja da família do outro, do sono profundo do outro, do filho ou filha linda que ele tem? Eu já. Suponho que vocês também. A inveja faz parte da vida. Está no ar como o amor. Enxergá-la e lidar conscientemente com ela – em vez de ser movido por ela sem perceber – faz parte do nosso aprendizado. Aquele aprendizado que começou na infância, quando o garoto da carteira da frente, e não você, recebeu um afago da professora.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Coldplay e eu

Passo a tarde perdida na obra do Coldplay. Sim, eu escolhi ir vê-los embora ache-os extremamente melancólicos. Nada muito além do que venho me sentindo... Tem dias em que acordo nova. Tem dias que quero sumir.
É preciso coragem para sentir e falar de amor, de saudade, de arrependimento, de dor. Tudo tão melancólico. Tudo tão Coldplay. Coisa para poucos...
Choro disfarçadamente na mesa de trabalho mesmo, ouvindo "Warning sign". Sim, "I miss you so"... Já perdi a vergonha disso. Já perdi a conta de quantas vezes a ouvi e chorei. Me vejo numa praia longe, andando a esmo em direção ao nada. Mas andando...
As pessoas devem me achar louca. E talvez eu esteja... Não me incomodo com mais nada. Minhas forças se esvaíram. Não caibo mais nas minhas roupas, não caibo mais nos meus pensamentos, não caibo mais nos meus sonhos. Tudo é tão pequeno. Tudo é tão grandioso... Tão longe do que me vejo hoje.
É verdade, eu tô me refazendo. Detesto a associação com as borboletas, mas a imagem me vem a cabeça. O que me adianta voar se nunca deixarei de ser uma lagarta??... rsrs... Sinto falta do casulo. Só isso.
"Green Eyes" toca no meu ouvido. "You're the one that i wanted to find anyone who tried to deny you must be out of their mind"... Ninguém sabe o que é isso, se não passou por situação similar. Tb não desejo a ninguém, embora tenha plena consciência que faz parte da vida, faz parte do aprendizado. Cansaço.
Só quero ir... Deixe-me ir.